Lição da Escola Sabatina - 2º Trimestre de 2006
O Espírito Santo
Lição
2 – Símbolos do Espírito Santo nas Escrituras
ACONTECEU NO SÁBADO
PASSADO...
Antes de entrar no assunto desta
semana, permitam-me comentar algo curioso que percebi no momento que a
lição nº.1 estava sendo recapitulada na classe que
participei (01/04/06).
Notei que nem todos estavam se
sentindo a vontade de discutir o assunto (inclusive o professor). Poucos se
evidenciavam categóricos em afirmar que o Espírito Santo é,
pela Bíblia, de forma irrefutável, a terceira pessoa da Trindade.
No entanto, com o desenrolar das discussões, notou-se a tendência
de minimizar a necessidade de concluir se o Espírito Santo é um
Deus pessoal ou se é simplesmente uma forma bíblica de referir-se
a atuação do próprio Deus Pai e de Seu Filho Jesus Cristo.
Foi dito: “Não é importante definirmos o que é o Espírito
Santo, pois isto não é ponto de salvação. As
verdades básicas e claras dos evangelhos não mudarão caso
o Espírito Santo seja uma coisa ou outra”.
Bem, aquelas pessoas estavam em
outras palavras dizendo que a Trindade (Crença Fundamental nº.2) e
o Deus Espírito Santo (Crença Fundamental nº.5) podem ser Crenças
Fundamentais para a Igreja que freqüentam, mas não são para
elas.
Será que elas sabem que um
dos “maiores” teólogos da IASD no Brasil, Dr.Alberto Timm,
afirmou em uma palestra feita no UNASP campus 2 em 25/09/05 que: “dentre
as muitas doutrinas adventistas, a da Trindade é a principal”?
(ver www.unasp.br/diario/campus349_280905.htm)
Acho que não! Porém se sabem, estão rebelando-se contra a
autoridade eclesiástica da IASD da mesma forma que aqueles que afirmam
taxativamente que a trindade não existe.
É interessante perceber
que mesmo querendo se dizer indiferentes neste ponto se tornam tão
errados perante sua igreja como aqueles que abertamente tomam uma posição
contrária às crenças oficialmente estabelecidas.
Meus irmãos, entendam que nesta
questão ficar em cima do muro é tão errado para a atual
IASD quanto assumir uma posição contrária. Não
adianta fingir que isto não é importante e tanto faz como tanto
fez crer numa coisa ou outra. Na igreja que freqüentamos a “doutrina”
da Trindade e do Deus Espírito Santo são crenças tão
fundamentais quanto à verdade do sábado do 7º dia, da
mortalidade da alma, e da Bíblia como nossa única regra de fé
e de prática. Para fazer parte dela, não basta declarar que
aceita a Jesus como seu salvador pessoal (ponto de salvação), mas
também é necessário declarar que aceita todas as demais
crenças, inclusive a Trindade e “até” mesmo Ellen
White (crença 17).
Acho que foi por estas complicações oriundas
do dogmatismo que alguns pioneiros viam no estabelecimento de um credo oficial o
primeiro passo para a apostasia. Acompanhem o relato de George Knight em seu
artigo “Mudanças no Adventismo”:
“A possibilidade de posterior desenvolvimento
da verdade presente foi uma razão pela qual Tiago White e outros
primeiros crentes adventistas se opuseram ao estabelecimento de credos.
Ademais, não tinham muitos dos adventistas sido expulsos de suas
denominações anteriores, justamente por causa da descoberta de
novas verdades bíblicas, a respeito das quais não puderam calar-se?
Em virtude dessa experiência, os primeiros
adventistas estabeleceram que seu único credo seria
a Bíblia.
Em 1861 numa reunião em que os primeiros
sabatistas organizaram sua primeira Associação estadual, John
Loughborough enfatizou o problema que os pioneiros viam no credo. De acordo com ele, ‘o primeiro passo para a
apostasia é estabelecer um credo e dizer que devemos crer nele. O
segundo é fazer desse credo um teste de discipulado. O terceiro
é provar os membros por esse credo. O quarto passo é
denunciar como heréticos aqueles que não crêem no credo. E,
quinto, persegui-los por isso’.
Tiago White então falou, mostrando que ‘estabelecer um credo é fazer estacas e
levantar barreiras ao futuro desenvolvimento’. Ele se queixou de
algumas pessoas que através de seus credos ‘delimitaram um caminho
para o Todo-poderoso. Elas dizem virtualmente que o Senhor não deve
fazer qualquer coisa no futuro, além daquilo que está marcado no
credo. ... A Bíblia é
nosso credo. Rejeitamos qualquer
coisa na forma de um credo humano’, ele concluiu. Depois de uma
animada discussão, a Associação unanimemente votou adotar
um ‘Compromisso de Igreja’, que continha uma curta declaração de crenças fundamentais,
sobre a base de que a Igreja tem a responsabilidade de dizer alguma coisa do
que crê a seus membros e interessados, mesmo evitando um credo
inflexível. (KNIGHT, George. Revista Ministério.
As Mudanças do Adventismo. Edição única.
Tatuí – SP, CPB, janeiro/fevereiro
1994. p. 21.).
A IASD mudou! Hoje temos um credo
inflexível quando a modificações naquilo que já foi
votado e sacramentado. Se você pensa que não é bem assim,
tente dizer para o seu pastor que, com base no que pesquisou na Bíblia,
a Trindade não existe. Você irá sentir na prática o
4º e 5º passos de John Loughborough.
Este assunto é mais sério
que alguns querem admitir, e nós precisamos nos conscientizar que
precisamos saber muito bem naquilo que cremos e porque cremos. Estudar a Bíblia
por nós mesmos de forma séria, honesta, sincera e com oração
é fundamental. Porém, aprender a conviver com aquilo que iremos
descobrir pode ser ainda mais fundamental.
Passemos a
lição desta semana:
1 - POMBA
A lição desta semana tenta fazer um comparativo entre a terceira pessoa da trindade, o Deus Espírito Santo, e uma ave (“pomba”) através de uma intrigante pergunta:
“1. Que qualidades das pombas representam o Espírito Santo? Por que esse pássaro – e não um corvo, um abutre ou falcão – foi usado como símbolo do Espírito Santo?” (pág.17)
Esta pergunta é estranha! Tal comparação distorce completamente a narração bíblica. João Batista não está comparando o Espírito de Deus a uma pomba, mas apenas tentando descrever em linguagem humana algo completamente incomum. É muito diferente de sua afirmação: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, pois neste caso ele está explicitamente comparando Jesus a um cordeiro com base no serviço do santuário. Neste caso específico, até caberia a pergunta do por que Deus ter escolhido um cordeiro como símbolo do Messias. Mas este não é o caso ao João Batista tentar descrever aquilo que viu como algo semelhante a uma pomba. Tal comparação tem finalidade apenas descritiva, e não didática. Aquilo que para João Batista parecia como uma pomba foi visto na descrição do Pentecostes no livro de Atos como algo parecido a línguas de fogo.
A pergunta a seguir é ainda mais esquisita:
“2 – Que qualidades do Espírito podem ser nossas, dentro do símbolo de uma pomba?”
Pior que ela, só os versos que relacionaram na seqüência. O que estes versos tem haver com pombas?
2 - ÁGUA
O texto bíblico utilizado como base é João 7:37 onde Jesus convida a todos que estão com sede vir até Ele e beber. A água que Ele oferece é a mesma que foi oferecida à mulher samaritana (João 4:10), a “água viva” que produz naquele que dela bebe, uma fonte de água que jorre para a vida eterna (João 4:14).
Em João 7:38 Jesus esclarece que esta água é Ele mesmo, pois diz: “Quem crê em mim, como diz a escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. Portanto neste contexto, a água é a própria vida e ensinamentos do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Jesus é a água da vida!
Na seqüência (João 7:39) o evangelista explica que ao Jesus mencionar a fonte interior jorrando para a vida eterna, estava referindo-se à promessa do Espírito que estaria sendo cumprida na vida de todo aquele que cresse nEle. Jesus é a água da vida e o Seu Espírito é o poder que transforma a todos aqueles que nEle crêem em fontes a jorrar para a vida eterna.
Exegeticamente falando, o símbolo da água está mais relacionado a Jesus do que ao Espírito, porém, se entendermos que o Espírito de Cristo é Ele mesmo, e não um terceiro Deus, mesmo aplicando a simbologia ao Espírito, ela continuará simbolizando o próprio Senhor Jesus.
Jesus extraiu esta figura de linguagem das Escrituras,
pois em Isa.44:3-
3 - ÓLEO
A lição apresenta Zac.4:1-6 como base bíblica para a aplicação da simbologia do óleo ao Espírito de Deus:
“Tornou o anjo
que falava comigo e me despertou, como a um homem que é despertado do
seu sono, e me perguntou: Que vês? Respondi: olho, e eis um
candelabro todo de ouro e um vaso de azeite em cima com as suas sete
lâmpadas e sete tubos, um para cada uma das lâmpadas que
estão em cima do candelabro. Junto a este, duas oliveiras, uma à
direita do vaso de azeite, e a outra à sua esquerda. Então,
perguntei ao anjo que falava comigo: meu senhor, que é
isto? Respondeu-me o anjo que falava comigo: Não sabes tu que
é isto? Respondi: não, meu senhor. Prosseguiu ele e me
disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por
força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos
Exércitos.”
Zacarias viu a “Menorá” (candelabro de
sete pontas) que é o símbolo judaico mais antigo e mais imponente
de que se tem relato, e representa, desde os tempos mosaicos, Israel e o povo
judeu.
Alguns sábios judeus da idade média
afirmaram que a Menorá representa a Árvore da Vida, e que suas
sete hastes representam as sete palavras que compõe o primeiro
versículo de Gênesis.
No texto de Zacarias, onde o profeta vê um
candelabro de sete pontas, sendo abastecido por duas oliveiras, que
estão ao lado de uma grande bacia de azeite, alguns identificam as sete
pontas do candelabro como sendo “os
olhos do Senhor que percorrem toda a terra” (verso 10). Em Apocalipse
5:6 encontramos uma passagem semelhante a essa: “Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre
os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete
chifres (pontas), bem como sete olhos, que são os sete Espíritos
de Deus enviados por toda a terra.” Neste texto vemos os
sete olhos como sendo os sete espíritos de Deus, os quais percorrem toda
a terra. Outros entendem que o profeta Isaías vai mais longe, e
profetiza que os sete espíritos de Deus representam o próprio
Jesus, o qual manifestaria em carne, as sete características do servo do
Senhor: “Do tronco de Jessé
sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará
sobre ele o (1)Espírito do Senhor, o (2)Espírito de sabedoria e
de (3)entendimento, o (4)Espírito de conselho e de (5)fortaleza, o
(6)Espírito de conhecimento e de (7)temor do Senhor.” (Isa.
11:1-2).
Mas é em Apocalipse 1:12-20 que
realmente entenderemos o verdadeiro significado da Menorá e suas sete
hastes: “Voltei-me para ver quem
falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros,
um semelhante a homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito,
com uma cinta de ouro. (...) Escreve, pois, as coisas que viste, e as que
são, e as que hão de acontecer depois destas. (...) Os sete
candeeiros são as sete igrejas.” Aqui Jesus diz que os
castiçais, ou a Menorá, representa as sete igrejas.
Juntando tudo que lemos até aqui e voltando ao
texto de Zacarias podemos concluir que visão foi dada com a finalidade
de mostrar o cuidado de Deus pelo seu povo. O povo de Deus estava encontrando
muita oposição dos inimigos na reconstrução do
Templo, e por isto estavam desolados. O Senhor então procura
animá-los com a mensagem de Ele estava vendo tudo, e que ainda estava
cuidando pessoalmente deles derramando todos os recursos necessários
para serem finalmente bem sucedidos. Eles deveriam esperar unicamente no
Senhor, e não depender de sua força e poder humano.
Assim como o azeite que fluía das duas oliveiras
era canalizado para o candelabro a fim de mantê-lo acesso, da mesma forma
o Espírito proveniente do Senhor Deus manteria acessa entre seu povo a
chama da verdadeira adoração centralizada no Templo. Esta era uma
obra do Senhor que Ele próprio (“Meu Espírito”)
estaria levando avante. Eles não tinham porque temer ou ficar
preocupados.
O óleo (azeite) é uma bela simbologia
bíblica que representa todo o cuidado, proteção e
direção que o próprio Deus Eterno concede de forma pessoal
ao Seu povo.
4 – SELO E PENHOR
O texto bíblico apresentado na lição é II Coríntios 1:20-22:
“Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele
[em Cristo] o sim; porquanto também por ele [por Cristo] é o
amém para glória de Deus, por nosso intermédio. Mas aquele que nos confirma
convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou
e nos deu o penhor do Espírito
em nosso coração.”
Veja abaixo alguns outros textos de Paulo sobre o assunto:
“Ora, foi o próprio Deus quem nos
preparou para isto, outorgando-nos o penhor
do Espírito.” II Cor. 5:5
“Em quem também vós, depois que
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação,
tendo nele também crido, fostes selados
com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança,
até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.”
Efésios 1:13-14
“E não entristeçais o
Espírito de Deus, no qual fostes selados
para o dia da redenção.” Efésios 4:30
Um dicionário bíblico assim define as
palavras “Selo” e “Penhor”:
SELO: os
selos eram geralmente usados como os anéis, ou no dedo, ou presos ao
pescoço por um cordão. Outros eram na forma de cilindros furados
em todo o seu comprimento, sendo passados por cima do gesso ou outra
substância para ficarem impressos. Geralmente eram feitos de pedra dura,
ou preciosa, mas algumas vezes de louça ou de simples barro cozido.
Exemplares de antigos selos e anéis-selos da Palestina claramente deixam
ver que a arte de gravar em pedra havia passado provavelmente dos
fenícios para os hebreus, numa primitiva data. A maior parte dos
anéis-selos são simplesmente pedras ovais. Acontecia, muitas
vezes, que o anel tinha simplesmente gravado nele o nome do possuidor. Existe um exemplar muito antigo que deve ter
pertencido a um hebreu, por causa da antigüidade dos caracteres. Tem
esculpidas estas palavras: ‘Pertencente a obadias, servo do rei.’ A
respeito do uso dos selos nos tempos do A.T., vejam-se estas passagens: 1 Rs
21.8 - Et 8.8 - Jr 32.10 - Dn 6.17. o N. T. emprega muitas vezes a
metáfora de ser o selo um sinal
de validade e de determinação. *veja Jo 3.33 - 6.27 - Rm 4.11
- 1 Co 9.2 - 2 Co 1.22 - Ef 1.13 - 4.30 - 2 Tm 2.19 - Ap
PENHOR:
i. Uma segurança para a
realização de um contrato - ou garantia do pagamento de uma dívida (Dt
Antes de afirmarmos que o Espírito com o qual Deus
nos sela e que se torna a garantia de nossa redenção é a
terceira pessoa da Trindade, devemos ver como o próprio Paulo entendia
esta realidade:
“O
próprio Espírito testifica
com o nosso espírito que somos
filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus
e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos
glorificados.” Romanos 8:16-17
Esta certeza e garantia vem direto de Deus para o crente,
pois no verso 11 do mesmo capítulo 8 de Romanos lemos que este
Espírito é “o
Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus”, ou
seja, o próprio Espírito do Pai (Rom. 6:4; I Cor. 6:14). Em
outras palavras, é o próprio Pai quem testifica diretamente a
nós (nosso espírito). É interessante perceber que os
adventistas trinitarianos interpretam o Espírito como um outro ser
divino (o Deus Espírito Santo), e não o próprio Pai, mas
contraditoriamente interpretam o espírito a quem é testificado,
como o próprio crente, e não uma outra entidade consciente fora
dele.
O que os leva a interpretar o Espírito de Deus como
um outro Deus, e o espírito do homem como o próprio homem?
Sinceramente, não sei!
5 – LUZ E FOGO
Eu não estou entendo o que está acontecendo
com os nossos teólogos. Interpretações simples das
Escrituras estão sendo distorcidas ou reinterpretadas de forma estranha.
Um exemplo disto está na lição querer nos ensinar que a
Luz é um símbolo do Espírito Santo com base em João
1:9: “A luz verdadeira que ilumina
a todos os homens estava vindo ao mundo.”
De acordo com o contexto deste capítulo quem
é a Luz? A Luz que estava vindo ao mundo era o Verbo que se fez carne e
habitou entre nós, e nós vimos a Sua glória como a
glória do unigênito do Pai (João 1:14), Jesus Cristo, o
Filho de Deus.
De acordo com o contexto do evangelho de João e das
próprias palavras de Cristo, quem é a Luz? “Jesus continuou a dizer à
multidão: Eu Sou a Luz do mundo” (João 8:12).
De acordo com outros escritores bíblicos que
é a Luz? “Desperta tu que
dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará”
(Efésios 5:14).
Se está tão claro e evidente que a
simbologia da luz refere-se a Jesus, por que querem que entendamos que ela
simboliza a terceira pessoa da trindade?
Bem, vamos à simbologia do Fogo.
Podemos encontrar na Bíblia diferente significados
para o Fogo:
1) O Fogo como resposta divina: Lv.9:24; I
Rs.18:38; I Cr.21:26; II Cr.7:1.
2) O Fogo como instrumento do juízo divino:
Gn.19:24; Lv.10:2; Nm.11:1; 16:35; II Rs. 1:10; II Ts.1:7; II Pe.3:10.
3) O Fogo como elemento purificador: Nm.31:23;
Ez.22:20; Zc.13:9; Ml.3:2; I Co.3:13; I Pe.1:7.
4) O Fogo como símbolo da presença e do
poder de Deus: Dt.4:36; I Rs.19:12; Sl.50:3; 97:3; Is.66:15; At.2:3; 7:30;
Hb.12:29.
João Batista havia dito que Jesus batizaria com o
“Espírito Santo e com fogo”
(Mat. 3:11), e no dia do pentecostes os discípulos receberam a promessa
do derramamento do Espírito quando “línguas repartidas como que de fogo pousaram sobre cada um deles”
(Atos 2:3).
Enquanto que para os trinitarianos o Fogo simboliza a terceira pessoa da Trindade (o Deus Espírito Santo), para os não trinitarianos é apenas mais um símbolo bíblico da presença e do poder do próprio Deus.
ESTUDO ADICIONAL
A
lição também menciona o Vento como um outro exemplo que
descreve a forma de atuação do Espírito de Deus
(invisível, mas de efeitos perceptíveis). Na seqüência
explica:
“Mas o próprio
Espírito é um mistério. Das três pessoas da
Divindade, Ele é menos conhecido da humanidade. Jesus veio revelar o
Pai, ou torna-lo conhecido (veja João 1:18), e a humanidade viu Jesus em
forma humana. Mas ninguém viu o Espírito, e ninguém O
revelou a nós.” (pág.22)
Se o Espírito é um mistério e não existe revelação a respeito de sua natureza, por que a atual IASD desobedeceu deliberadamente as orientações de Ellen White?
“Não
é essencial que sejamos capazes de definir exatamente o que seja o
Espírito Santo. Cristo nos diz que o Espírito é o
Consolador, o ‘Espírito da verdade, que procede do Pai’
(João 15:26). Declara-se positivamente, a respeito do Espírito
Santo, que em sua obra de guiar os homens em toda a verdade ‘não
falará de si mesmo’ (João 16:13).
A natureza do Espírito Santo é um mistério. Os homens não a podem explicar, porque o Senhor não lho revelou. Com fantasiosos pontos de vista, podem-se reunir passagens da Escritura e dar-lhes um significado humano; mas a aceitação desses pontos de vista não fortalecerá a igreja. Com relação a tais mistérios – demasiadamente profundos para o entendimento humano – o silêncio é ouro.” Atos dos Apóstolos, pág. 52.
Ellen White está dizendo claramente aqui que a 2ª e a 5ª Crença Fundamental da atual IASD, que define a natureza do Espírito Santo, é constituída de fantasiosos pontos de vista onde passagens foram agrupadas na tentativa de se dar uma explicação humana. Tudo o que conseguiram com estas crenças foi desunir e enfraquecer a igreja, conforme ela mesma já havia predito. E agora, o pior de tudo, é que a atual IASD, não reconhecendo seu terrível equívoco, comissiona “doutores” (teólogos de patrimônio) como Alberto Timm e José Carlos Ramos, na tentativa de explicar o inexplicável.
Nas próximas lições os assuntos tratados estarão mais relacionados aos aspectos bíblicos da obra e atuação do Espírito de Deus, e bem pouco a sua natureza específica. Portanto, não estaremos muito preocupados em comentar cada lição tópico por tópico, pois para isto existem muitos bons comentários disponíveis. Nosso objetivo continuará sendo chamar atenção para distorções, meias-verdades, mentiras, manipulações e erros que os demais comentários denominacionais passam por alto.