CRISTIANISMO É
RIDICULARIZADO PELOS ATEUS POR CAUSA DA CRENÇA NA TRINDADE
O texto que segue logo abaixo foi copiado de um site (http://fernandosilva.multiply.com/) que promove o ateísmo. Embora discorde de praticamente tudo o que está escrito lá, achei interessante encontrar este artigo sobre a Trindade juntamente com outros que possuem o propósito de rejeitar e ridicularizar as religiões cristãs.
Na opinião do autor do artigo, quando os cristãos criaram o dogma da Trindade, atestaram que a Bíblia “não” é “a palavra perfeita e infalível de Deus”. Isto deveria fazer todo cristão trinitariano pensar (principalmente os Adventistas do Sétimo Dia), pois, assim como a crença na existência de um inferno onde os pecadores sofrerão por toda a eternidade, desvirtua o caráter de Deus e fornece munição para os inimigos da Bíblia nos atacarem, assim também acontece com a crença na Trindade.
Irmão X
Demolindo o Dogma da Santíssima Trindade
Mike McClellan
http://www.anzwers.org/free/jesuschrist/index.html
Sempre tive problemas com o conceito e a doutrina da Santíssima Trindade. Mesmo depois 20 anos como “cristão renascido”, eu continuava a não entender a coisa. Outros cristãos afirmavam que entendiam mas que era muito difícil expressar em palavras. Robert Ingersoll fez os seguintes comentários em “Ingersoll's Works”, vol. 4, p. 266-67:
“Cristo, de acordo com a
doutrina, é a segunda pessoa da Santíssima Trindade, com o Pai sendo a primeira
e o Espírito Santo a terceira. Cada uma dessas pessoas é Deus. Cristo é seu
próprio pai e seu próprio filho. O Espírito Santo não é nem pai nem filho, mas
ambos. O filho foi gerado pelo pai, mas já existia antes de ser gerado,
exatamente o mesmo antes e depois. Cristo é tão velho quanto seu pai e o pai é
tão jovem quanto seu filho. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, mas já
era igual a eles antes de proceder, ou seja, antes de existir, mas mesmo assim
ele tem a mesma idade que os outros dois.
Deste modo, se afirma que o
Pai é Deus, que o Filho é Deus e que o Espírito Santo é Deus e que esses três
deuses fazem um só deus. De acordo com a tabela de multiplicação celestial, um
é três e três vezes um é um, e de acordo com a regra de subtração do céu, se
diminuirmos dois de três, sobram três. A regra da adição também é estranha: se
somamos dois a um temos apenas um. Cada um é igual a si mesmo e aos outros
dois. Nunca houve nem nunca haverá algo mais completamente idiota e absurdo que
o dogma da Santíssima Trindade.”
Os cristãos estão diante de um dilema. A Bíblia diz
no Antigo Testamento que “Eu, eu sou Javé, e fora de mim não há nenhum
Salvador” (Isaías 43:11). “A Salvação vem de Javé” (Salmos 3:9), “Pois eu sou o
Senhor teu Deus, o Santo de Israel, teu salvador” (Isaías 43:3). De acordo com
o Antigo Testamento, só Deus pode ser o Salvador. Para que Jesus Cristo possa
ser o Salvador, ele também tem que ser Deus.
Os defensores da Santíssima Trindade citam:
“Para que sejam um, como nós somos um” (João
17:22)
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1)
“Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti” (João
17:21)
“Eu e o Pai somos um” (João 10:30)
“Quem me vê, vê o Pai” (João 14:9)
“Crede-me: eu estou no Pai e o Pai em mim” (João
14:11)
“Pai santo, guarda-os em teu nome que me
deste, para que sejam um como nós” (João 17:11)
“Pois nele habita corporalmente toda a
plenitude da divindade.” (Colossenses 2:9).
A Bíblia tem muito mais versículos negando a Trindade que a confirmando:
“Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão
só Deus” (Lucas 18:19)
“Porque meu Pai é maior do que eu” (João
14:28)
“Minha doutrina não é minha, mas daquele que
me enviou” (João 7:16)
“Meu Pai, se possível, afasta de mim este
cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mateus 26:39)
“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
(Mateus 27:46)
“Daquele dia e da hora, ninguém sabe, nem os
anjos no céu, nem o Filho, somente o Pai” (Marcos 13:32)
“Que, tendo subido aos céus, está à direita de
Deus” (Pedro 3:22)
E ainda há outros trechos, mas os que foram citados
mostram bem as contradições. Eis o dilema. Os cristãos sabem que, para Jesus
ser o salvador da humanidade, ele tem que ser Deus também. É a Bíblia que diz.
Se ele não é Deus, então ele não pode ser o salvador. Sua morte não teria
sentido. Portanto, os cristãos inventaram a Santíssima Trindade para explicar a
divindade de Cristo. Ele é homem. Ele é Deus. Ele é ambos. Ele tem que ser,
para poder ser o salvador. Infelizmente, ele é, no melhor dos casos, indeciso.
Às vezes ele diz que ele e Deus são um só. Às vezes ele admite que Deus sabe de
coisas que ele ignora e faz coisas que ele não pode fazer. Os cristãos apelam
para as coisas mais estranhas para provar o dogma da Santíssima Trindade,
inclusive declarar que ele é um “mistério” e que “nós somos muito limitados
para entender”. A Bíblia é a palavra perfeita e infalível de Deus? A doutrina
da Santíssima Trindade que os cristãos criaram e as contradições em que ela implica
gritam que “Não” ! Mas então como foi que o dogma veio a existir?
As origens da doutrina da Santíssima Trindade são
chocantes. Como no caso da maioria das questões históricas relativas à cristandade,
houve muita fraude e derramamento de sangue. Muitas vidas foram perdidas antes
que o Trinitarianismo fosse enfim adotado. Como muitos cristãos sabem, a
palavra “trindade” não aparece na Bíblia. E não aparece porque é uma doutrina
que evoluiu aos poucos no início do cristianismo. Foi um processo manipulado,
sangrento e mortal até que finalmente se tornou uma doutrina “aceita” da
Igreja.
CONSTANTINO - COMEÇA A CRIAÇÃO DA TRINDADE
Flavius Valerius Constantius (c. 285-337 AD),
Constantino o Grande, era filho do imperador Constâncio I. Quando seu pai
morreu em 306 AD, Constantino tornou-se imperador da Bretanha, Gália (atual
França) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo o controle de todo o império
romano. Divergências teológicas relativas a Jesus Cristo começaram a se
manifestar no império de Constantino quando dois oponentes principais se
destacaram dos outros e discutiram sobre se Cristo era um ser criado (doutrina
de Arius) ou não criado, e sim igual e eterno como Deus seu pai (doutrina de
Atanásio).
A guerra teológica entre os adeptos de Arius e
Atanásio tornou-se acirrada. Constantino percebeu que seu império estava sendo
ameaçado por esta divisão doutrinal. Constantino começou a pressionar a Igreja
para que as partes chegassem a um acordo antes que a unidade de seu império
ficasse ameaçada. Finalmente, o imperador convocou um concílio em Nicéia, em
325 AD, para resolver a disputa.
Apenas 318 bispos compareceram, o que equivalia a
apenas uns 18% de todos os bispos do império. Dos 318, apenas uns 10% eram da
parte ocidental do império de Constantino, tornando a votação tendenciosa, no
mínimo. O imperador manipulou, pressionou e ameaçou o concílio para garantir
que votariam no que ele acreditava, não em algum consenso a que os bispos
chegassem.
As igrejas cristãs hoje em dia dizem que Constantino
foi o primeiro imperador cristão, mas seu “cristianismo” tinha motivação apenas
politica. É altamente duvidoso que ele realmente aceitasse a doutrina cristã.
Ele mandou matar um de seus filhos, além de um sobrinho, seu cunhado e
possivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu título de alto sacerdote de
uma religião pagã até o fim da vida e só foi batizado em seu leito de morte.
OS DOIS PRIMEIROS TERÇOS DA TRINDADE - O CONCÍLIO DE NICÉIA
A maioria dos bispos, pressionada por Constantino,
votou a favor da doutrina de Atanásio. Foi adotado um credo que favorecia a
teologia de Atanásio. Arius foi condenado e exilado. Vários bispos foram embora
antes da votação para evitar a controvérsia. Jesus Cristo foi aprovado como
sendo “uma única substância” com Deus Pai. É significativo que até hoje as
igrejas ortodoxas do leste e do oeste discordem entre si quanto a esta
doutrina, ainda consequência das igrejas do oeste não terem tido nenhuma
influência na “votação”.
Dois dos bispos que votaram a favor de Arius também
foram exilados e os escritos de Arius foram destruídos. Constantino decretou
que qualquer um que fosse apanhado com documentos arianistas estaria sujeito à
pena de morte. O credo de Nicéia declara:
“Creio em Um só Deus, Pai Onipotente, Criador do céu e da terra e de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em Um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus, gerado do Pai antes de todas as coisas. Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem todas as coisas foram feitas ...”
Mesmo com a adoção do Credo de Nicéia, os problemas
continuaram e, em poucos anos, a facção arianista começou a recuperar o
controle. Tornaram-se tão poderosos que Constantino os reabilitou e denunciou o
grupo de Atanásio. Arius e os bispos que o apoiavam voltaram do exílio. Agora,
Atanásio é que foi banido. Quando Constantino morreu (depois de ser batizado
por um bispo arianista), seu filho restaurou a filosofia arianista e seus
bispos e condenou o grupo de Atanásio.
Nos anos seguintes, a disputa política continuou,
até que os arianistas abusaram de seu poder e foram derrubados. A controvérsia
político/religiosa causou violência e morte generalizadas. Em 381 AD, o
imperador Teodósio (um trinitarista) convocou um concílio em Constantinopla.
Apenas os bispos trinitaristas foram convidados a participar. 150 bispos
compareceram e votaram uma alteração no Credo de Nicéia para incluir o Espírito
Santo como parte da divindade. A doutrina da Trindade era agora oficial para a
Igreja e também para o Estado. Os bispos dissidentes foram expulsos da Igreja e
excomungados.
O CREDO DE ATANÁSIO COMPLETA A DIVINDADE TRINA
O Credo (trinitário) de Atanásio foi finalmente
estabelecido (provavelmente) no século V. Não foi escrito por Atanásio mas
recebeu seu nome. Este é um trecho:
“Adoramos um só Deus em Trindade ... O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus; e contudo eles não são três deuses, mas um só Deus.”
Por volta do século IX, o credo já estava
estabelecido na Espanha, França e Alemanha. Tinha levado séculos desde o tempo
de Cristo para que a doutrina da Trindade “pegasse”. A política do governo e da
Igreja foram as razões que levaram a Trindade a existir e se tornar a doutrina
oficial da Igreja.
Como vocês viram, a doutrina trinitária resultou da
mistura de fraude, política, um imperador pagão e facções em guerra que
causaram mortes e derramamento de sangue.
A TRINDADE CRISTÃ - MAIS UMA NO DESFILE DE TRINDADES
Por que surgiu esse clamor para elevar Jesus e o
Espírito Santo a posições iguais à do deus judeu/cristão? Simplesmente porque o
mundo pagão estava habituado a ter “três deuses” ou “trindades” como
divindades. A trindade satisfazia à maioria de cristãos que tinha vindo de
culturas pagãs. O cristianismo não se livrou das trindades pagãs, ele as adotou
assim como adotou tantas outras tradições pagãs.
OUTRAS TRINDADES
O hinduísmo abraçou a divindade trina de Brahma,
deus da criação; Vishnu, deus da manutenção, e Siva, deus da destruição. Uma
das muitas trindades do Egito era Hórus, Ísis e Osíris. Os fundadores da
primitiva igreja cristã não tinham idéia de que o conceito de Trindade iria
surgir, ser votado por políticos, imposto por imperadores e um dia se tornaria
parte integral do cristianismo moderno. Não é nenhuma surpresa que tal conceito
seja “difícil” de explicar.
Há um deus cristão ou três em um? A maioria das
igrejas cristãs apóia a doutrina da Trindade mas ainda há algumas que rejeitam
o ensinamento. Hoje em dia, temos a liberdade de acreditar em uma
possibibilidade ou outra, mas corremos o risco de sermos ridicularizados se
negarmos a crença na Trindade.
Como num supermercado, você escolhe a sua religião.