Irmão X versus
Irmão 7
O assunto
agora é SACUDIDURA
Que relação
existe entre Trindade, os Diversos Grupos Leigos e a Sacudidura?
Irmão
X,
Este artigo do Irmão Jairo Carvalho, apesar de enfocar MUITOS
temas e em alguns ter opinião diferente da minha, sinaliza para a questão da
sacudidura.
Na realidade ela teria se iniciado no tempo de EGW e a
indrodução de falsos ensinamentos é a chave.
No final ele insinua que PERMANECERÃO apenas os fiéis...
Pelo que sempre noto, não há idéia de divisão. Dois grupos
estarão dentro da IASD. Como a verdade não se fraciona, apenas um grupo estará
com a verdade (mas ambos não saem da Igreja...)
Veja:
Mais de 120
Anos de Sacudidura na IASD
1.5 – A
sacudidura na história da IASD –quando começou e onde estamos?
Na primeira
seção deste material, lemos uma descrição de uma visão que foi dada à
mensageira do Senhor sobre o processo de sacudidura. Lá vimos que a sacudidura
era provocada pelo conselho da Testemunha Fiel aos laodiceanos:
“Perguntei a significação da
sacudidura que eu vira, e foi-me mostrado que era determinada pelo testemunho
direto contido no conselho da Testemunha Verdadeira à igreja de Laodicéia.”
Vida e Ensinos, pág. 174.
Abordaremos
agora o processo de sacudidura ao longo da história da Igreja Adventista
do Sétimo Dia de acordo com os testemunhos, a fim de verificarmos em que parte
deste processo nos encontramos. Primeiramente, temos que compreender quando foi
que se iniciou o processo de sacudidura. Ao buscarmos informação nos
testemunhos, encontramos declarações bastante reveladoras:
“Começou
a forte sacudidura e continuará, e todos os que não estiverem dispostos a
assumir uma posição ousada e tenaz em prol da verdade, e a sacrificar-se por
Deus e por Sua causa, serão joeirados.” Primeiros Escritos, pág. 50.
“Estamos
no tempo da sacudidura, tempo em que cada coisa que pode ser sacudida,
sacudir-se-á. O Senhor não desculpará os que conhecem a verdade, se não
obedecem a Seus mandamentos por palavra e ação.” Testemunhos Seletos,
vol. 2, pág. 547.
Ellen G.
White afirmava que, na sua época, os adventistas já estavam no tempo da
sacudidura. O primeiro texto que apresentamos foi extraído do livro “Primeiros
Escritos”, que foi publicado em 1882. Assim, temos evidências seguras de que o
processo de sacudidura já havia se iniciado desde 1882.
1.5.1 –
Como se iniciaria a sacudidura?
“O Espírito de Deus tem iluminado
cada página dos Escritos Sagrados, mas há aqueles sobre os quais pouca impressão
eles fazem, por serem imperfeitamente compreendidos. Ao vir a sacudidura,
pela introdução de falsas teorias, esse leitores superficiais não ancorados
em parte alguma, são como a areia movediça. Escorregam para qualquer posição
para agradar a tendência de seus sentimentos de amargura.” Testemunhos para
Ministros, pág. 112.
Segundo
Ellen G. White, a sacudidura viria pela introdução de falsas teorias, ou seja,
falsas doutrinas. À luz do que vimos até agora, percebemos então que, ao menos
desde 1882, a IASD vem sendo acossada por ventos de doutrina que têm provocado
uma sacudidura entre os adventistas. Os que são levados por estes ventos de
doutrinas e sacudidos para fora das fileiras de Cristo são os leitores
superficiais da Bíblia, ou seja, aqueles que não procuram estudá-la com
profundidade buscando nela encontrar as preciosas gemas da verdade.
O fato de alguém estar com seu nome
inscrito nos livros da IASD, não significa que este não poderá ser sacudido para
fora das fileiras de Cristo. Damos apenas um exemplo que ilustra isto. Dentro
da IASD, existem muitos membros e ministros que defendem que Cristo, quando
viveu como homem na Terra, assumiu a natureza de Adão após o pecado, segundo
afirma o Espírito de Profecia:
“Que amor! Que extraordinária
condescendência! O Rei da glória Se prontificou a humilhar-Se a Si mesmo
pela humanidade caída! Seguiria os passos de Adão. Tomaria a natureza caída
do homem e Se empenharia na luta contra o forte inimigo que triunfara sobre
Adão.” Deserto da Tentação, pág. 22
Outros
defendem que Ele assumiu a natureza de Adão antes de sua queda. Atualmente, os
dois grupos coexistem dentro da IASD, mas é um fato que na Palavra de Deus não
há duas verdades. Apenas um dos grupos está correto. Assim, o grupo que está
equivocado está sendo levado de fato por um vento de doutrina, e portanto sendo
sacudido para fora das fileiras de Cristo, mesmo permanecendo em total comunhão
com a IASD.
Não é difícil notar que o processo de
sacudidura pela introdução de falsas doutrinas que se iniciou já por volta de
1882, segundo vimos, não se interrompeu desde então e perdura até os dias de
hoje. Prova disso são os ventos de doutrina que sopraram desde então nas
fileiras do povo adventista do sétimo dia:
• Anti-perfeccionismo (1888)
• Panteísmo do Dr. Kellogs (1905)
• Crença no Espírito Santo como Deus -
Trindade (1931)
• Crença na primeira vinda de Cristo
em carne com natureza pré lapsariana (1957)
• Crença na expiação sumária de Cristo
na cruz (1957)
• Oficialização da crença na trindade
(1980)
• Rejeição do ministério profético da
Sra. White por Walter Rea (1980)
• Rejeição do sábado e da necessidade
de obediência à lei por Robert Brinsmead (1980)
• Negação da doutrina do santuário por
Desmond Ford (1980-1990)
• Outros ventos de doutrina:
onisciência aberta (Deus não conhece o futuro, apenas possibilidades),
celebracionismo, carismatismo adventista, rejeição do sábado, apoio ao
homossexualismo, idolatria na sede da AG, aproximação com Roma, papado já não é
o anticristo, defesa do evolucionismo, etc.
Citamos acima apenas alguns exemplos
de ventos de doutrina que sopraram nas fileiras adventistas do sétimo dia. O
pesquisador mais cuidadoso da história da igreja encontrará muitos outros.
Alguns desses ventos continuam soprando até os dias de hoje.
1.5.2 – Em
que ponto do processo de sacudidura nos encontramos atualmente (2003)?
Vimos na
seção anterior que o processo de sacudidura se iniciaria pela introdução de falsas
teorias. Constatamos que este processo se havia iniciado já em 1882 e permanece
até os dias de hoje. Segundo vimos na visão de Ellen G. White sobre a
sacudidura que trouxemos à lume no início deste material, após este processo de
sacudidura, os fiéis receberiam a Chuva Serôdia. Precisamos saber então em que
ponto deste processo nos encontramos, até mesmo para saber se estamos já no
tempo da descida do Espírito Santo. Isto porque a Bíblia mesmo nos aconselha a
ora pela Chuva Serôdia no tempo determinado por Deus para que ela caia:
“Pedi ao SENHOR chuva no tempo
das chuvas serôdias, ao SENHOR, que faz as nuvens de chuva, dá aos homens
aguaceiro e a cada um, erva no campo.” Zacarias 10:1
Ao
analisarmos mais detidamente os testemunhos que tratam do tema da sacudidura,
encontramos preciosas gemas de verdades que podem nos posicionar no tempo.
Apresentamos abaixo um destes textos esclarecedores:
“Introduzir-se-ão divisões na
igreja. Desenvolver-se-ão dois partidos. O trigo e o joio crescerão juntos
para a ceifa.” Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 114.
Quando um
vento de doutrina sopra nas fileiras dos adventistas do sétimo dia, sempre há
aqueles que são “levados” pela falsa teoria, e aqueles que permanecem firmes ao
lado da verdade. Já vimos na seção anterior que nem sempre aqueles que foram
levados pela falsa teoria saem da comunhão de membros. Embora na grande maioria
das vezes aqueles que são levados pelas falsas teorias afastam-se logo da fé e
separam-se rapidamente de seus antigos irmãos que continuam a advogar a
verdade, existem casos nos quais os dois grupos, os fiéis e os que foram
levados pelas falsas teorias permanecem juntos. Quando isto ocorre, vemos o
cumprimento do testemunho que apresentamos acima, isto é, desenvolvem-se dois
partidos antagônicos (os fiéis e os que creram na falsa doutrina) que
permanecem na igreja. Assim, o trigo e o joio literalmente crescem juntos
dentro da igreja, cumprindo o que foi profetizado pelo testemunho acima.
Permanecer e crescer na igreja, neste caso, significa continuar a sustentar o
nome de adventista do sétimo dia.
Ao
analisarmos os principais ventos de doutrina que surgiram ao longo da história
da IASD, percebemos que na maioria dos casos os dissidentes se afastaram do
corpo de membros. Temos como exemplo o Dr. Kellogs, que afastou-se da comunhão
de membros e levou consigo um grande grupo de pastores e leigos adventistas do
sétimo dia. O mesmo ocorreu com Brinsmead e Walter Rea há poucos anos atrás,
que levaram muitos pastores e leigos para fora da comunhão dos adventistas do
sétimo dia.
Entretanto,
de todos os ventos de doutrina que sopraram até os dias de hoje, um deles
caracteriza-se especialmente por polarizar os adventistas do sétimo dia em dois
grupos claramente distintos e que permanecem sustentando o nome de adventistas
do sétimo dia. Trata-se da doutrina da Trindade. Desde que este vento de
doutrina soprou na igreja, foi trazendo divisão em suas fileiras e levando ao
longo de anos milhões de professos adventistas para o caminho do erro. De forma
mais exaltada nestes últimos anos, temos percebido cada vez mais divisão no
estudo deste tema. Uma pequena minoria de adventistas se apóia na declaração
feita pelo Deus Pai, o Rei do Universo sobre este tema:
“O Rei do
Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em sua presença,
apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a relação que Este
mantinha para com todos os seres criados. O Filho de Deus partilhava do
trono do Pai, e a glória do Ser eterno, existente por Si mesmo, rodeava a ambos.
Em redor do trono reuniam-se os santos anjos, em uma multidão vasta, inumerável
- "milhões de milhões, e milhares de milhares" (Apoc. 5:11), estando
os mais exaltados anjos, como ministros e súditos, a regozijar-se na luz que,
da presença da Divindade, caía sobre eles. Perante os habitantes do
Céu, reunidos, O REI DECLAROU QUE NINGUÉM, A NÃO SER CRISTO, O UNIGÊNITO DE
DEUS, PODERIA PENETRAR INTEIRAMENTE EM SEUS PROPÓSITOS, e a Ele foi confiado
executar os poderosos conselhos de Sua vontade. O Filho de Deus executara a
vontade do Pai na criação de todos os exércitos do Céu; e a Ele, bem como a
Deus, eram devidas as homenagens e fidelidade daqueles. Cristo ia ainda exercer
o poder divino na criação da Terra e de seus habitantes.” Patriarcas e
Profetas, pág. 36.
A vasta
maioria questiona as palavras acima, proferidas pela boca de Jeová, e atreve-se
a dizer que outros textos dão a entender que existe um terceiro Deus – Espírito
Santo, colocando-se em contraposição às palavras claras de Deus, considerando
que ele tivesse “esquecido” de mencionar um outro Deus perante o concílio
celestial. Desta forma, aceitam a falsa teoria introduzida por Satanás e
posicionam-se como “joio” no processo de sacudidura. Esquecem-se de que Deus
não mente e não muda:
“Para que, mediante duas coisas
imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos
nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta;”
Hebreus 6:18
“Toda boa
dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em
quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” Tiago 1:17
Contrariando
também o que Jesus disse, confirmando as palavras do Pai: “Eu e o Pai somos um”
(João 10:30), insistem em dizer que existe mais um Deus, formando uma Trindade.
A estes que endurecem o coração para não ouvir verdades tão claras como estas,
proferidas pela própria boca do Deus Pai e do Deus Filho, se aplica claramante
a palavra divina:
“Este
povo maligno, que se recusa a ouvir as minhas palavras, que caminha segundo
a dureza do seu coração e anda após outros deuses para os servir e adorar, será
tal como este cinto, que para nada presta.” Jeremias 13:10
O próprio
Deus Pai disse que Jesus era um com Ele, e somente Cristo poderia penetrar em
seus propósitos secretos, sendo portanto um Deus onisciente. A grande maioria
dos professos adventistas infelizmente se contrapõe a isto, unindo-se em
perseguição daqueles que procuram defender a verdade bíblica sobre a Divindade.
Desta forma, a doutrina da Trindade divide atualmente as fileiras do adventismo
em dois grandes blocos. Ambos os grupos permanecem nas fileiras do adventismo
porque crêem ser este o povo do advento levantado por Deus para concluir
a obra de pregação do evangelho a todo o mundo. Desta forma, “crescem” juntos,
nas fileiras do povo adventista, cumprindo-se então o testemunho: “o trigo e o
joio crescerão juntos até a ceifa”.
Vemos que
isto está acontecendo atualmente em âmbito mundial entre os professos
adventistas do sétimo dia, ou seja, os dois grupos estão se polarizando ao lado
da verdade ou do erro no mundo todo, no tocante à teoria da Trindade, nos dias
de hoje. Isto mostra que estamos exatamente vivendo a fase da sacudidura onde
dois grupos se polarizam. É interessante notar que aqueles que se posicionam ao
lado da verdade no tocante a este assunto, isto é, rejeitam esta falsa teoria,
são em geral aqueles que já estavam atendendo ao conselho da Testemunha Fiel no
tocante às reformas de saúde e educação, e por fim aceitaram a mensagem da
Justificação pela Fé dada pelo Senhor aos pastores Waggoner e Jones, que também
é o conselho da Testemunha Fiel aos laodiceanos, descobrindo então que é
impossível aceitar esta mensagem e continuar crendo na teoria da Trindade. Isto
porque a mensagem da Justificação pela Fé e a doutrina da Trindade são
completamente antagônicas.
1.5.3 Qual
é a etapa da sacudidura que está exatamente diante de nós?
Após os
adventistas serem claramente divididos em dois grupos distintos, ocorrerá o
evento que dará início ao final do processo de sacudidura. Dois testemunhos
claros da mensageira do Senhor esclarecem este ponto:
“A grande questão que está tão
próxima [o cumprimento da lei dominical] eliminará aqueles a quem Deus não designou,
e Ele terá um ministério puro, leal, santificado e preparado para a chuva
serôdia.” Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 385.
“Ao
aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem professado fé na
mensagem do terceiro anjo, mas não tem sido santificada pela obediência à
verdade, abandona sua posição, passando para as fileiras do adversário.
Unindo-se ao mundo e participando de seu espírito, chegaram a ver as coisas
quase sob a mesma luz; e, em vindo a prova, estão prontos a escolher o lado fácil,
popular. Homens de talento e maneiras agradáveis, que se haviam já regozijado
na verdade, empregam sua capacidade em enganar e transviar as almas. Tornam-se
os piores inimigos de seus antigos irmãos. Quando os observadores do sábado
forem levados perante os tribunais para responder por sua fé, estes apóstatas
serão os mais ativos agentes de Satanás para representá-los falsamente e os
acusar e, por meio de falsos boatos e insinuações, incitar os governantes
contra eles.
Neste tempo
de perseguição provar-se-á a fé dos servos do Senhor. Deram fielmente a
advertência, seguindo tão-somente a Deus e Sua Palavra.” O Grande Conflito,
pág. 608
A crise que
se iniciará após a lei dominical nos EUA com a conseqüente perseguição
aos fiéis guardadores do sábado finalizará o processo da sacudidura,
restando ao lado do estandarte do Senhor somente aqueles que pela Sua graça
advogaram fielmente a verdade bíblica mesmo em face da mais ferrenha oposição
dos incrédulos e de seus antigos irmãos que, uma vez levados por ventos de
doutrina, se afastaram da verdade e passaram a persegui-los. Este será um tempo
de prova terrível para os fiéis servos do Senhor. -- Jairo Carvalho
Irmão7
Irmão7,
Acabei de ler aquele material sobre Sacudidura e achei
muito interessante.
Ficou bem claro
que os ensinos de uma sacudidura futura (por ocasião do decreto
dominical) exclui a idéia de divisão e formação de novos grupos. Estou
contigo! E lhe agradeço por ajudar-me a entender algo que estava me
martirizando.
O Pr.Osvair
Munhoz acabou de me encaminhar um artigo de sua autoria (ver link abaixo), mas
percebo que ele nas conclusões finais está defendendo a idéia de uma separação.
“Sai dela povo meu”, ele acha que é para os adventistas sinceros sairem da
atual IASD. Estou escrevendo a ele e mandando o artigo do Jairo sobre a
Sacudidura.
O que me preocupa agora é que o conhecimento de determinadas verdades, atualmente desprezadas ou rejeitadas pela atual IASD, nos torna enormemente responsáveis diante de Deus por nossa família e amigos. Como preparar nossas esposas e filhos para que não sejam lançados para fora junto com outros na sacudidura? Como fazer eles entenderem a verdade bíblica sem se escandalizarem com uma igreja que está se apostatando? E os nossos amigos? E se durante este processo de procurar ajudá-los formos mal interpretados e disciplinados? Calar ou Falar, eis a questão!
Para ler o artigo do Pr.Munhoz clique
no link a seguir:
http://www.adventistas.ws/o_homem_espiritual.htm
Irmão X
Caro Irmão X,
Terminei de
ler o livro do Ricardo Nicotra “Eu e o Pai Somos Um”. Muito bem escrito e
claríssimo. Impossível não ver a questão de outra forma após esta leitura.
Encaminhei a ele
(Nicotra) um pedido de opinião a respeito do assunto Sacudidura, vamos
aguardar. Passarei cópia para você.
Como conversar
estes assuntos com a nossa família? Não é tão difícil. Com os amigos, talvez...
Quanto ao
assunto do Pastor Munhoz: ele considera a IASD como sendo Babilônia?
Não tive
tempo de ler o artigo e voltaremos ao assunto.
Até logo
mais.
Irmão7
[Questionamentos
do Irmão X ao Pr.Munhoz]
Estimado Pr.Munhoz
Li seu artigo e gostaria de entender
como conciliar sua idéia de separação
da atual IASD com a idéia de uma Sacudidura como é apresentada por Ellen
White.
Leia por exemplo este artigo do Jairo Carvalho onde ele apresenta escritos
de EGW que falam do trigo e joio crescendo juntos, sendo que por ocasião do
decreto dominical, todos aqueles que foram desviados por falsas doutrinas e
ensinamentos sairão e unir-se-ão ao mundo.
Abraços,
Irmão X
[Resposta do
Pr.Munhoz ao irmão X]
Prezado irmão X,
Graça e paz da parte de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo.
Tenho certeza que Deus ainda tem um plano para com o povo
adventista, mas estou
certo de que a IASD na maioria não volta mais. Eles estão com uma nova visão de
administrar os novos membros, talvez teria ficado melhor que a IASD estava
prestes a ser vomitada para não desfocar o assunto.
Obrigado pela sua observação!
Um forte abraço
com carinho
Pr. Osvair Munhoz
[Questionamentos
do Irmão7 ao Irmão Ricardo Nicotra]
Caro Irmão,
Ontem terminei a leitura do seu livro "Eu e o Pai
Somos Um". Livro de leitura fácil, conteúdo consistente.
Conforme já citei ao irmão, anteriormente, sou advogado em
São Paulo, mas fiz a faculdade de Teologia (concluí em ... ), na
mesma turma do ... .
Na realidade não lhe escrevo para desenvolver diálogo a
respeito do seu livro. Nem vou entrar no mérito do assunto.
Estou, junto com alguns amigos, estudando o tema da
sacudidura e algumas dúvidas estão surgindo.
Mas a questão básica é a seguinte: na minha maneira de ver,
até o momento, os irmãos sinceros que entendam algumas doutrinas de forma
diferente, deveriam permanecer juntos. Mesmo que pensem diferente!
Exemplo: os irmãos que entendam a Natureza de Cristo de
forma diferente. Irmãos que não aceitam a doutrina da Trindade e irmãos que a
aceitam.
Considerando que os dois grupos estão buscando a verdade e
apesar da sinceridade não chegaram ao mesmo entendimento...
Por que devem permanecer juntos?
Num estudo inicial a respeito da Sacudidura pude entender
(posso estar errado):
1) que de forma diferente do Reformismo, quando os bons
sairam para o movimento de reforma, na Sacudidura os bons NÃO sairão. Os
apostatados é que cairão da peneira...
2) pensando assim eu entendo que apesar das maneiras
diferentes de interpretar algumas doutrinas, TODOS deverão permanecer no seio
da Igreja Remanescente. A Sacudidura excluirá os impuros.
De forma bem simples (não pude estudar com profundidade), a
Igreja deverá aceitar e conviver com pontos de vista divergentes. Não seria uma
negligência, mas um exercício de cristianismo e compreensão. Sabemos que apenas
um grupo estará com a verdade, no final.
Muitas pessoas sinceras, no momento oportuno, terão a
verdade de forma claríssima.
Na minha maneira de ver, dois erros estão sendo cometidos:
1) a IASD não está sendo paciente ao excluir membros sinceros
e que pensam diferente da forma estabelecida. São membros que desejam estudar
profundamente a Bíblia. Membros que aceitarão a verdade, seja qual for a
conclusão!
2) irmãos que saem da IASD para formar novos grupos: será
que este é o único meio?
Sei que é desagradável ficar num ambiente em que não se é
desejável. Passei por situação similar...
Mesmo sendo excluído da membresia, será que convém fundar
uma nova Igreja? Isto não seria uma reforma? Não contraria a idéia da
Sacudidura?
Como disse inicialmente: é apenas um ensaio, não me
aprofundei, mas é um ponto de partida.
Eu apreciaria a sua opinião.
Abraços fraternos.
Irmão7
[Resposta do
Irmão Ricardo Nicotra ao irmão7]
Olá Amado irmão7,
Que a paz do Senhor Jesus esteja contigo.
A Palavra de Deus diz que dois não
andarão juntos se não estiverem de acordo. De fato, como um crente que não crê
na Trindade poderia num sábado levantar-se e cantar a doxologia da IASD?
“Oh adorai ao Deus Triuno, pois ele é
Deus onipotente... etc.. etc..” essa é uma das muitas doxologias que invocam um
Deus Triuno, Deus Conjunto de Três.
Se no início do culto invoca-se um
Deus que não existe, toda adoração dai em diante está comprometida.
Após ser excluído em 1999, eu ainda
frequentei a IASD por mais de um ano. Não podia mais tocar para o coral, não
participava de mais nada dentro da igreja, mas continuava dando estudos
bíblicos para interessados nas casas, até o momento em que começaram a
questionar a validade dos estudos e isto prejudicava quem queria ser batizado.
Eu estava me tornando um inútil e essa não era a vontade de Deus.
Concluí que a Palavra de Deus tem
razão. Não há como conviver juntos se pensam diferente. A questão que fica é:
Pode a igreja verdadeira pregar a mentira? O que define se uma igreja é
verdadeira ou não? Qual denominação representa a verdadeira igreja de Cristo?
Por quê?
Que o Senhor lhe abençoe e lhe guarde.
Ricardo
Irmão7,
Obrigado por partilhar comigo sua
conversa com o Nicotra. Percebo que ele analisou a questão por uma perspectiva
muito pessoal, e não levou em consideração os conceitos teológicos que envolvem
a sacudidura.
Por outro lado, sua experiência de
rejeição por parte da IASD é algo tremendamente desumano. É como enterrar
alguém vivo! Acho que ele até que aguentou muito (mais de um ano). Ele até que
tentou permanecer, mas foi a IASD que o rejeitou. Acredito que casos
semelhantes ao dele devem ser analisados separadamente com uma excessão à
regra.
A sacudidura nos ensina que o ideal é
tentarmos permanecer dentro, assim como Jesus tentou permanecer dentro do
sistema religioso, visitando as sinagogas e sempre que possível pregando nelas.
Porém, chegou um momento em que expulsaram Jesus e o proibiram de pregar.
Paulo, por exemplo, frequentava todos os sábados as sinagogas tentando
ensinar os judeus a respeito de Jesus, até eles o colocarem para correr. Porém
compreendo que talvez estes exemplos não sejam o melhores, pois a realidade que
Jesus e os discípulos viviam não era a mesma que vive a última igreja. Os
judeus foram definitivamente rejeitados como povo de Deus e substituídos pela
igreja cristã, mas não encontramos nenhuma outra igreja depois de Laodicéia.
Entendo
(posso estar errado) a situação do Nicotra e de alguns outros escurraçados
pela IASD como casos particulares que fogem a regra geral, e que não podem
servir como exemplo para os demais que continuam dentro. Vejo o Nicotra
como um Elias moderno que foi declarado pelos atuais líderes da IASD como o
“pertubador de Israel”. Sei que ele está construindo uma igreja juntamente com
os irmãos excluídos no caso Poá. Mas o que poderiam eles fazer diferente
se já foram declarados “leprosos espirituais” por sua igreja?
O que me preocupa hoje, não é a
postura do Nicotra. O caso dele já está definido e não há nada que se possa
fazer. Estou preocupado com a situação indefinida como a nossa. Até que ponto
prudência não se confundirá conivência? Até que ponto o silêncio não se
confundirá com comodismo e covardia? Como ajudar nossos irmãos sem colocarmos
nossa cabeça a prêmio para a “santa” inquisição da IASD? Vamos simplesmente nos
esconder e aguardar o decreto dominical quando então os verdadeiros
pertubadores cairão fora? Mas quando sair o decreto qual será a necessidade de
se manter uma igreja institucional pura, se na verdade ela está com os dias
contados? A sacudidura não poderia estar se referindo ao processo de
purificação da igreja invisível?
Abraços,
Irmão X
Irmão
X,
Pensei muito no que o Ricardo Nicotra me escreveu. Tenho
refletido também acerca de muitos assuntos.
Minhas perguntas lapidares:
1) quando estamos na IASD, participando da liturgia,
estaríamos cometendo algum pecado, caso alguma doutrina esteja conspirando
contra a Verdade Bíblica? Já assisti a missas católicas e no momento das
orações eu me portava com o devido respeito. Isto não significava aceitação à
doxologia católica.
2) Sei que este argumento não serve como desculpa, mas será
que existe alguma igreja, grupo novo ou grupo em formação que seja possuidor da
verdade plena?
3) você notou que a IASD é diferente dos irmãos bereanos,
que são diferentes dos adventistas leigos? Será que o Nicotra pensa igual ao
pastor Munhoz?
Esta é a questão: as pessoas que saem da IASD formam vários
grupos. Todos diferentes entre eles. Não é um absurdo?
Sair da IASD e ir para qual delas? Sabemos que uma ou outra
tem uma linha doutrinária parecida com a nossa. Mas em todos os pontos?
Entre sair da IASD e ir para um grupo que pense diferente de
minha forma de crer, prefiro ficar no lugar onde estou. Parece-me fugir do
espeto para cair na brasa.
De fato o caso do Nicotra é terrível. Mas precisamos
entender que a decisão não partiu do colegiado central da IASD.
Veja o meu caso: se o pastor ... ainda estivesse no ... (na
época), eu teria permanecido e os outros teriam sido mandados embora. Na mina
situação específica a liderança local preferiu usar o caminho aparentemente
mais simples (corporativismo). Devo concluir que a IASD esteja administrativamente
corrompida apenas pelo que ocorreu comigo? Quer dizer então que se minha
história terminasse diferente a IASD seria 100% pura?
A grande realidade é que buscamos um meio religioso que
mais se aproxime de nossas convicções pessoais (sinceras). Sei que a mistura de
uma doutrina falsa com muitas verdadeiras, torna o corpo doutrinário
imperfeito. Mas será que não é possível reter apenas o que há de bom?
Repito: qual o grupo, igreja (hoje) que seja melhor que a
IASD, para abrigo de nossa família?
Deveremos sair ou tentar mudanças de forma amorosa e
inteligente?
Não é confuso?
Abraços.
Irmão7
Irmão7,
Acho
que o Ennis Meier é que está certo na sua decisão de continuar freqüentando a
IASD enquanto diz: “Não sou que mudei qualquer coisa, foram eles que mudaram!”
Se alguém tem que sair da IASD, não
somos nós que continuamos crendo exatamente nas mesmas verdades que deram
origem a este movimento profético. Se alguém tem que sair, que sejam aqueles
que mudaram as verdades que nossos pioneiros criam para as mentiras que a
Igreja Cristã Apostatada (para não dizer ICAR) inventou sob inspiração do
anticristo (o problema é que eles é quem detêm o poder e acreditam ter a chave
para nos ligar ou desligar da igreja que amamos).
Quando você menciona o aspecto local
de certas decisões radicais (exclusão de adventistas sinceros) como algo que
não envolveu o “colegiado central da IASD”, eu me lembro da capa de Acã. O erro
não havia sido cometido por Moisés ou Arão, mas teve repercussões trágicas
sobre todo o povo de Deus. Tudo bem, o erro ou o acerto de um pastor local ou
administrador regional não deveria ser entendido como uma corrupção
ou perfeição generalizada, mas com certeza estes erros ou acertos, se
não forem corrigidos, acabarão de uma forma ou outra afetando o conjunto.
A coisa se torna ainda mais grave quando estamos falando de erros sendo
cometidos com o conhecimento e aval da Conferência Geral. Ou será que eles não
sabem o que está se passando com os adventistas aqui no Brasil?
E tem mais! A mudança da nossa doutrina
foi algo que aconteceu de cima para baixo. Foi a Conferência Geral na pessoa de
Neal Wilson que provocou aquilo que o Ennis chama de “Estelionato
Denominacional”. Será que temos que orar para que assuma um presidente geral
que reverta o processo e nos traga de volta para as veredas antigas? Você crê
que isto um dia possa ocorrer?
Irmão X
[Correção: Fiquei sabendo ultimamente que, apesar de continuar como membro batizado da IASD, o Ennis Meier já não tem mais congregado na igreja, fazendo do seu lar sua igreja]
Irmão
X,
Quanto ao que escreveu o pastor Munhoz eu não entendi e a
partir daí exponho preocupações adicionais:
1) notou que as pessoas que saem da IASD formam grupos
distintos, mesmo possuindo ideologias similares?
2) basta ver a quantidade de novos grupos que vão se
formando. É um fenônemo evangélico geral, não apenas na IASD. Quantas igrejas
temos hoje no Brasil? Basta uma revolta política ou teológica para que ocorra
uma cisão.
3) o mesmo ocorre em nosso meio. Alguns não aceitam a
Trindade, mas são favoráveis a EGW. Outros são contra os dois. Alguns não
questionam a natureza do Espírito Santo, mas aceitam a Natureza de Cristo de
forma pós lapso e por aí vai...
4) o Nicotra ao que me parece é o mais consistente. Mesmo
assim eu ainda não li o material dele a respeito do dízimo. Talvez ali esteja o
grande problema dele com a IASD. Ele pode ter tocado na "menina dos
olhos" do braço administrativo (vulgo político religioso).
5) o pastor Munhoz NÃO respondeu ao seu questionamento de
forma objetiva. Por quê?
São questões temerárias. Não é possível “praticar” a boa
religião se existirem sentimentos bons e ruins misturados.
De que adianta ter um corpo doutrinário ideal se junto com
este fator existirem rancor, mágoa, etc?
Estive pensando em algo que o Nicotra
citou: existem apenas dois grupos: um que está certo e outro que não está.
Isto posto eu questiono? Por que os membros “rebeldes” ao
sairem da igreja não formam um grupo único?
Na realidade teríamos que ter apenas a
IASD atual + uma nova Igreja.
Existem os Beranos, ABA-LEI, pastor
Munhoz, etc...
Por quê?
Você me fez uma pergunta: será que haverá alguma mudança no
corpo administrativo? A adminstração da IASD (como a de todas as entidades
religiosas) é muito parecida com o perfil do País. Havendo ética na Nação as
igrejas mudam. Outro dia ouvi um pastor dizer: os administradores da IASD são
iguais aos do governo! Corrupção e falta de idealismo.
Deveria ser diferente, com o universo religioso servindo de
paradigma para o mundo, mas isto é pura ilusão.
Quando dizemos que o joio crescerá junto com o trigo, vale
para o campo individual e também o da instituição.
Na verdade os segmentos religiosos sempre tiveram uma
mescla: a visão pastoral X visão financeira. Enquanto o braço evangelístico for
forte, há expansão da Igreja (eis o primeiro amor). Quando o braço
administrativo sobrepuja o religioso, temos a IGREJA MONUMENTO. Sempre vi a
parte financeira de todas as igrejas como um fenômeno impressionante: sempre
começa com bom propósito e pessoas idôneas. Com o tempo vira um monstro uma
terrível eminência parda! O pastor Modesto sempre teve razão ao enfatizar a
existência da IASD Máquina e a IASD Povo de Deus. No momento quem manda é a turma do dinheiro. Um pessoal
sem o temor de Deus e desprovido de qualquer conhecimento teológico. O que
significa a doutrina geral da IASD para esta turma?
Já lhe ocorreu que a liderança administrativa (IASD
Máquina) é quem inclui e exclui? Que os pastores medrosos são mãos executoras
da vontade deste grupo? Que os pastores corajosos sofrem, em nome da irmandade?
Por que será que existem tantos pastores com estafa?
Tempo do fim?
Por este motivo eu sempre me pergunto: estamos no período
laodiceano? Se estamos, como efetivamente interpretar a expressão “vomitar da
boca”? É uma condicional? Está no bojo da nossa interpretação da SACUDIDURA?
Mistérios!
Abraços.
Irmão7
[Contribuição
do irmão S.J.]
Irmão X,
Sobre o assunto da sacudidaura,
encontrei alguns versos interessantes:
1.1 Separação no Final dos Tempos
“É uma solene declaração que faço à
Igreja, de que nem um entre vinte dos nomes que se acham registrados nos livros
da Igreja, está preparado para finalizar sua história terrestre, e achar-se-ia
tão verdadeiramente sem Deus e sem esperança no mundo como o pecador comum. Os
que pretendem ser cristãos e querem confessar Cristo devem sair dentre eles e
não tocar nada imundo, e separar-se.” - Serviço Cristão, pág. 41.
1.2 Sair das Corporações Religiosas
“Servos de Deus, dotados de poder do
alto, com rosto iluminado e resplandecendo com santa consagração, saíram para
proclamar a mensagem provinda do Céu. Pessoas que estavam espalhadas por
todas as corporações religiosas responderam à chamada, e os que eram preciosos
retiraram-se apressadamente das igrejas condenadas, assim como fora Ló
retirado às pressas de Sodoma antes de sua destruição. O povo de Deus foi fortalecido
pela excelente glória que sobre ele repousava em grande abundância e o preparou
para suportar a hora da tentação. Vi, por toda parte, uma multidão de vozes a
dizer: "Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os
mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” - História
da Redenção, pág. 401
1.3 Deus NÃO Trabalhará mais pelas
Igrejas
“Vi que Deus tem filhos honestos entre
os adventistas nominais e as igrejas caídas, e antes que as pragas sejam
derramadas, ministros e povo serão chamados a sair dessas igrejas e
alegremente receberão a verdade.
Satanás sabe disto, e antes que o alto clamor da terceira mensagem angélica
seja ouvido, ele suscitará um excitamento nessas corporações religiosas, a fim
de que os que rejeitaram a verdade pensem que Deus está com eles. Ele espera enganar
os honestos e levá-los a pensar que Deus ainda está trabalhando pelas igrejas.
Mas a luz brilhará, e todos os honestos deixarão as igrejas caídas, e
tomarão posição ao lado dos remanescentes.” - Primeiros Escritos, pág.261
1.4 Separar-se para Despojar-se de
erros dos Pagãos
“Muitos levantavam a voz para clamar: ‘Aí
vem o Esposo!’ (Mat. 25:6) e deixavam seus irmãos que não amavam o
aparecimento de Jesus, e não toleravam ouvi-los falar sobre Sua segunda vinda.
Vi Jesus voltar Sua face dos que rejeitaram e desprezaram Sua vinda,
ordenando, então aos anjos que levassem o Seu povo a afastar-se dos impuros,
para que não fossem contaminados.
Os que foram obedientes à mensagem
ficaram fora livres e unidos. Uma santa luz brilhou sobre eles. Haviam
renunciado ao mundo, sacrificado seus interesses terrenos, abandonado seus
tesouros terrestres, e dirigido seu ansioso olhar para o céu, esperando ver seu
amado Libertador. Uma santa luz brilhava em seus semblantes, denunciando a paz
e felicidade que lhes ia no íntimo. Jesus ordenou a Seus anjos que fossem e os
fortalecessem, pois a hora de sua prova se aproximava. Vi que esses expectantes
não tinham ainda sido provados como deviam ser. Não estavam livres de erros. E
vi a misericórdia e a bondade de Deus em enviar uma advertência ao povo da
Terra, bem comorepetidas mensagens para levá-los a diligente exame de coração,
ao estudo das Escrituras, a fim de poderem despojar-se de erros que haviam sido
recebidos de pagãos e outros religiosos. Por meio dessas mensagens Deus tem
estado a conduzir o Seu povo para onde Ele possa operar por eles com maior
poder, e aonde eles possam guardar
todos os Seus mandamentos.” - Primeiros Escritos, pág. 249-250
“Os que não receberam o sinal da besta
e da sua imagem quando sair o decreto, terão que estar decididos a dizer agora:
Não, não mostraremos estima pela instituição da besta.” - Primeiros Escritos Pág. 67
(CPB – 1988)
S.J.
Irmão X,
................
Quanto ao
comentário do irmão (logo acima), EGW está se referindo a irmãos de outras
Igrejas. Não me parece que ela tenha se referido a IASD. Não acha?
................
Temos um sério
problema com a nossa Teologia Sistemática. Por este motivo surgiram muitas
idéias diferentes...
Observe os
novos grupos que estão surgindo. Não há harmonia teológica entre eles. Não
existe uniformidade.
Se a IASD
está com problemas, o natural seria surgir apenas UM novo movimento, com um
corpo doutrinário diferente da IASD, apenas nos pontos divergentes. Mas cada
grupo tem um ponto divergente diferenciado (ou pontos)!
Pergunto,
novamente: sair e ir para qual deles?
Abraços.
Irmão7
Irmão7,
Quando li estes estes textos enviados
pelo Silas, foi esta a primeira impressão tive. Mas lendo-os com mais cuidado
não pude deixar de notar a menção de adventistas, como no texto abaixo:
“Vi que Deus tem filhos honestos entre
os adventistas nominais e as igrejas
caídas, e antes que as pragas sejam derramadas, ministros e povo serão chamados a sair dessas igrejas e alegremente
receberão a verdade.”
Interessante que ela fala de pessoas
alegremente recebendo a verdade e saindo, mas nada comenta deles estarem vindo
para dentro da IASD institucional. Ela fala que eles se unirão ao povo
remanescente:
“Mas a luz brilhará, e todos os
honestos deixarão as igrejas caídas, e tomarão posição ao lado dos remanescentes.”
Quem eram os remanescentes no tempo de
EGW? A IASD com seus 6 mil membros, sem dúvida! Mas e nos últimos dias? Será
que poderíamos dizer com absoluta certeza que o remanescente continua sendo a
IASD com seus 12 milhões de membros espalhados por todo o mundo? O remanescente
de antes é o mesmo que o remanescente de hoje?
Outro texto diz:
“E vi a misericórdia e a bondade de
Deus em enviar uma advertência ao povo da Terra, bem como repetidas mensagens
para levá-los a diligente exame de coração, ao estudo das Escrituras, a fim de
poderem despojar-se de erros que
haviam sido recebidos de pagãos e outros religiosos.”
Será que entre estes erros não
poderíamos facilmente incluir a crença num Deus Triúno? Como faremos para
trazer as pessoas para dentro de uma igreja que batiza em nome de uma trindade?
Como diremos: “Saia de Babilônia e venha para o remanescente!”, se este suposto
remanescente insiste em participar do vinho de Babilônia? EGW afirmou:
“Os que não receberam o sinal da besta
e da sua imagem quando sair o decreto, terão que estar decididos a dizer agora:
Não, não mostraremos estima pela
instituição da besta.”
Estamos, como IASD, dizendo agora
NÃO a Babilônia e não demonstrando nenhuma estima por sua instituição ou
doutrinas? Ou será que estamos vendo uma tendência de amenizar o discurso e
evitar mostrar a verdadeira cara de Babilônia?
O que você acha da idéia de um
remanescente dentro de um remanescente sem constituir uma nova igreja? Seria
possível?
Se a sacudidura é algo que acontece
dentro da Igreja Remanescente, não poderia ela indicar que como resultado
teremos a permanecência do povo de Deus dentro do verdadeiro remanescente (a
igreja invisível)?
Eu acho que Sacudidura no remanescente
só faz sentido se este remanescente, em sua maioria, apostatou. E se a igreja
que apostatou, ao ponto de necessitar uma sacudidura, é a igreja de Laodicéia,
então este processo não criará uma nova igreja, e sim um povo identificado como
a igreja invisível ou o verdadeiro remanescente dos últimos dias.
Confuso? Eu também?
Irmão X
Irmão X,
Eis o grande
dilema. Na realidade não podemos precisar se EGW estava se referindo a um
futuro distante ou fazendo menção ao crescimento da IASD. Estaria ela sugerindo
que em momento oportuno deveríamos sair da IASD? Ou estaria se referindo aos
povos de outras Igrejas que vinham para a IASD de então?
Mister se
faz um estudo bem contextuado. Mas não podemos fugir da realidade, seja de que
forma esta se apresente. É pegar ou largar!
O
agravamento da situação se dá pelo seguinte raciocínio: Suponhamos que a IASD
esteja apostatada e que devamos sair dela, pergunto: sair para qual Igreja ou
Grupo? Desenvolver uma religião, sem freqüentar qualquer espécie de comunidade?
Por que
então, na formação do remancescente “renovado” estão surgindo diversos grupos,
cada um com um identidade diferente?
Acredito no
conceito de Igreja invisível. Que ela é composta por pessoas sinceras e que na
medida em que agregam novos conhecimentos, passam a agir de conformidade com a
nova luz que é acrescida.
Mas não me
constranjo em afirmar que sair da IASD para ir para um novo grupo (sem estudar
e orar) seja a solução.
Quero ver um
novo grupo, que com o passar do tempo não esteja com o seu objetivo principal
desvirtuado! Como foi que a IASD começou? Como está hoje?
Não seria o
caso de migrar para a IASD da reforma? Qual a diferença entre uma e outra?
Qual a
diferença entre a IASD e os novos grupos que se formam? Qual a diferença de um
grupo para o outro?
Será que
teremos centenas de cisões? Com objetivos administrativos diferentes, liturgia
diferente, corpo doutrinário diferente, cultura diferente (...)?
A nossa fé
será provada constantemente. Haverá confusão em nossa mente. Precisamos estudar
com zelo. Mas até que se tenha um convicção a respeito de como proceder,
precisamos nos servir da prudência.
Muitos
poderão insinuar que esta situação de "neutralidade" não é correta.
Mas seria correto sair por aí abraçando posições motivadas por sinceridade, mas
em alguns casos por mágoa, rancor, etc?
Na realidade
não se está sendo neutro, mas tentando entender os ensinamentos proféticos para
os últimos dias. E posso assegurar que surpresas virão.
Estamos
deixando de contar com o apoio de Deus e a ação do Seu Espírito. O que nos
parece difícil poderá ser resolvido num piscar de olhos.
Ele nos dirá como
agir. Basta que O busquemos em oração e confiemos na Sua resposta. Na ação
divina poderemos nos surpreender!
Um forte
abraço.
Irmão7
Irmão7,
Apreciei
muito suas colocações.
Prudência e
Confiança em Deus, eis o segredo para estes tempos conturbados que estamos
atravessando.
Agir por impulso motivado por sentimentos de rancor poderá
desencadear uma tragédia.
Precisamos
aprofundar este assunto com muito estudo e oração.
Irmão X
[O Irmão7 faz uma
pausa no assunto Sacudidura para comentar a Lição 10 da E.S.]
Irmão X,
Notou na
lição desta semana, a questão do pré-advento? Página 121, Lição do Professor,
Tópico 3, embaixo:
“Finalmente, através do juízo pré-advento, a justiça e a misericórdia
de Deus serão proclamadas diante do Universo (Apoc. 15:3 e 4). Assim, o caráter
de Deus, que tem estado em disputa e controvérsia com Satanás, será vindicado
(Rom. 3:4).”
Se a
vindicação será proclamada no pré-advento, durante o Milênio teremos apenas uma
verificação das vidas, certo? Qual o propósito de tal verificação?
Não se fala
em Tribunal (julgamento) no pós-advento...
Deduzimos
que o propósito do Tribunal do Milênio NÃO será o de julgar!
Abraços,
Irmão7
[O Irmão X
responde às ponderações que o Irmão7 fez sobre a Lição 10 da E.S.]
Irmão7,
Raciocine comigo: Imagine você lá no
céu sendo surpreendido com o fato de que algumas pessoas que você tinha
convicção que as encontraria lá, não estão. Quando no milênio o nome desta
pessoa for verificado e então você entender o porque ela não está lá, de certa
forma, neste momento o caráter de Deus não será mais uma vez vindicado diante
da sua pessoa?
Desta perspectiva, também na fase
pós-advento o nome de Deus será vindicado. Se pensarmos bem o caráter de
Deus foi também vindicado quando Seu único Filho morreu em nosso lugar. Lá
todos os anjos não tiveram mais dúvidas do verdadeiro caráter de Lúcifer e o
nome de Deus foi vindicado diante deles pela maneira que Deus estava lidando
com o pecado.
Sem dúvida, na fase pré advento o nome
de Deus está sendo mais uma vez vindicado diante de todos outros seres que não
caíram em pecado. Mas por que não continuaria sendo vindicado diante dos salvos
no milênio?
Vejo o juízo como um grande e
indivisível dia de expiação que começou em 1844 e só terminará na destruição de
Satanás e o pecado. Entendo que o nome de Deus estará sendo vindicado durante
todo este processo, inclusive no último ato com a destruição de Satanás.
Abraços,
Irmão X
Irmão X,
Concordo com você
e por este motivo enviei este e-mail. Na realidade houve um avanço no
entendimento adventista.
Escrevi para
valorizar tal entendimento. bem melhor do que ocorreu em uma semana passada.
Irmão7
[Editor de
site Leigo entra na discusão sobre a Sacudidura]
Irmão X,
Este seu material sobre a Sacudidura
está muito bom! Realmente a ordem de Cristo é que o joio e o trigo devam
crescer juntos e que caberia à Ele a separação... Porém o que se tem visto é
que a igreja (líderes) não tem seguido esta ordem! Eles tem nos colhidos como
joio. Tenho feito uma comparação: Quando peneiramos areia, qual é a parte que
interessa? A que fica na peneira ou a que cai fora da peneira? Lembre-se que na
peneira (IASD?) fica toda espécie de sujeiras, inclusive muitas ficam
incrustadas de tal forma que mesmo batendo com energia a peneira, estas não
caem... Com tanta “mordomia” e privilégios (leia o material do Nicotra sobre o
dízimo), realmente fica difícil optar pela verdade se para isto tenho que
abandonar tudo, uma vez que o meu emprego esteja condicionada às regras da
corporação.
Portanto só nosa resta o último
conselho de Jesus: “Saia dela , povo Meu!” E note que o verso não termina
aí; tem mais: “...para que não sejas
participante dos seus pecados, e para que não incorras
nas suas pragas!” Apoc 18:4.
NOTA: Tomei a
liberdade de publicar este material (Sacudidura) em meu site: http://tempodofim.tripod.com
assim como tenho mantido um link para os seus comentários sobre a Lição Oficial
em meu outro site: http://mensagensfinais.tripod.com
Editor dos sites
MensagensFinais e TempoDoFim