Sábado 27/11/2004
O estudo de Daniel
capítulo 8 será abordado pela lição em 2 partes, sendo que nesta semana o foco
principal será o ataque do Chifre Pequeno ao Santuário, ficando para a próxima
lição o importante tema da Purificação do Santuário.
Antes de qualquer
coisa, vamos posicionar cronologicamente a 3ª visão de Daniel, relatada no
capítulo 8 (a 1ª está no cap.2 e a 2ª está no cap.7). De acordo com o verso 1
de Daniel 8 sabemos que esta visão se deu no terceiro ano do rei co-regente
Belsazar, ou seja, cerca de dois anos após a visão do capítulo 7. Temos então
que a cronologia dos capítulos 1 a 8 pode ser assim definida em datas
aproximadas:
Ano a.C. |
605 |
602 |
594 |
569 |
553 |
551 |
539 |
538 |
Capítulo |
1 |
2 |
3 |
4 |
7 |
8 |
5 |
6 |
Evento |
Cativeiro |
1ª Visão de Daniel |
Fornalha Ardente |
Doença de Nabuco-donosor |
2ª Visão de Daniel |
3ª Visão de Daniel |
Banquete e Queda de Babilônia |
Cova dos Leões |
Idade de Daniel |
17 |
20 |
28 |
53 |
69 |
71 |
83 |
84 |
Como podemos ver a
visão de Daniel relatada no capítulo 8 aconteceu quando Babilônia tinha ainda
cerca de 12 anos de vida. Nesta ocasião o rei Nabonidus estava em Temã,
enquanto seu filho co-regente Belsazar estava em Babilônia conduzindo a
economia da capital ao colapso.
Paralelismo Progressivo
O Princípio do
Paralelismo Progressivo é fundamental para a correta interpretação das
profecias de Daniel. Com base neste princípio verificado entre os capítulos 2,
7 e 8, nós entendemos que estas visões são paralelas, porém a medida que se
repetem, ampliam as informações de um determinado período particularmente
importante para o povo de Deus. Desprezar o evidente e natural paralelismo
destes capítulos significa cometer um gravíssimo erro de interpretação, distorcendo
completamente seu real significado, e desvirtuando um outro princípio
fundamental de interpretação da Bíblia: a Bíblia explica-se a si mesma.
O quadro abaixo
demonstra a lógica e perfeição desta estrutura paralela:
Capítulo 2 |
Capítulo 7 |
Capítulo 8 |
Interpretação |
Cabeça de Ouro |
Leão com asas de Águia |
|
Império Babilônico |
Peito e Braços de Prata |
Urso que se levanta de um lado |
Carneiro com dois chifres |
Império Medo-Persa |
Quadris e Coxas de Bronze |
Leopardo com 4 cabeças e 4 asas |
Bode com um chifre que dá lugar para outros 4 chifres |
Império Greco-Macedônico |
Pernas de Ferro |
Animal terrível e espantoso |
Chifre Pequeno que cresce muito e se engrandece especialmente no aspecto espiritual |
Império Romano (Roma Pagã) |
Pés em partes de Ferro e Barro |
10 chifres sobre o 4º animal |
Nações da Europa |
|
|
Chifre Pequeno |
Papado (Roma Cristã) |
|
|
Tribunal Celestial |
Santuário Purificado |
Juízo Pré-advento |
Pedra destrói a Estátua |
Animais são destruídos |
|
2ª Vinda de Jesus |
Pedra transforma-se num grande monte que enche a terra |
Os santos do Altíssimo recebem o Reino |
|
Eternidade dos salvos no Reino de Deus |
O fato de o
Império Babilônico estar em franca decadência e em fase de extinção, explica o
motivo da visão do capítulo 8 começar com o símbolo do Império Medo-Persa. Babilônia
foi simplesmente desconsiderada em razão de restar-lhe apenas uns poucos anos
mais de existência.
A forma explícita
e direta como os símbolos do carneiro e do bode são identificados (versos 20 a
22) confirma de forma inquestionável a interpretação dos mesmos reinos
simbolizados nas visões anteriores. Está bem claro de que não existe outra
possibilidade de relaciona-los com as duas visões anteriores, que não seja
através do evidente paralelo acima
É impossível não
percebermos a relação que existe entre o urso que se levantou de um dos lados
com o carneiro com dois chifres onde o chifre que se levantou por último se
tornou o mais proeminente. A história nos conta que Ciro era neto de Astíages,
rei da Média. Este concedeu ao seu neto Ciro o governo da Pérsia que até então
era apenas uma província da Média. No ano de 553 a.C. Ciro rebela-se e subjuga
a Média tornando-se maior que o poder que antes o subjugava. Ao conquistar
Babilônia no ano 539 a.C. a Pérsia estabelece seu império mundial, de forma que
o poder que havia se levantado por último (Pérsia) acabou se tornando maior que
a Média.
É igualmente
notória a relação existente entre o Leopardo com quatro cabeças e o Bode com um
chifre notável que ao seu tempo é arrancado e substituído por outros quatro.
Assim como os detalhes dos dois chifres do Carneiro continha informações
adicionais que se encaixariam perfeitamente no reino por ele simbolizado, assim
também os detalhes do chifre entre os olhos do Bode sendo arrancado no auge de
sua força e substituído por outros quatro sem a mesma força que o primeiro,
encaixam-se minuciosamente com os detalhes da história do reino helenístico. A
história conta que o primeiro e grande rei do império grego, Alexandre o
Grande, no auge de suas conquistas acabou morrendo. Como não havia indicado
sucessor, sua morte foi precedida por 22 anos de sangrentos
conflitos que só vieram a termo no ano de 301 a.C. na batalha de Ipsus. Nesta
batalha, não somente os esforços de Antígono em estabelecer um império mundial
consolidado foram destruídos, como
também ficou definida a divisão do império greco-macedônico entre seus quatro
principais generais: Cassandro, Lissímaco, Seleuco e Ptolomeu.
Até aqui existe
consenso entre a maior parte dos estudiosos da Bíblia. É a partir do verso 9
que começam as divergências de interpretação entre os Adventista e as demais
denominações cristãs. De acordo com o princípio do paralelismo entre os
capítulos 2, 7 e 8, os Adventistas reconhecem abertamente o Chifre Pequeno de
Daniel 8 como sendo Roma em suas fases pagã e cristã apostatada, porém com
ênfase na segunda fase. As demais denominações cristãs pretendem identificar o
Chifre Pequeno com o insignificante Antíoco Epifânio, que foi o oitavo rei da
dinastia selêucida (175 a 164 a.C.).
Na tentativa de
forçar a interpretação do Chifre Pequeno como Antíoco Epifânio, cometem um erro
grave de gramática hebraica ao relacionar a expressão “de um deles” do verso 9
com os quatro chifres (existem até algumas versões bíblicas que perpetuaram
este erro ao traduzirem tendenciosamente “de um deles” como “de um dos quatro
chifres”). Na gramática hebraica a palavra “chifre” do verso 8 é uma palavra
feminina, e a palavra “ventos” pode ser tanto masculina como feminina. Como o
pronome pessoal “eles” (de + eles = deles) deve concordar com o substantivo que
o antecede, este pronome deveria ser feminino caso ele realmente se referisse
aos chifres. Porém, o que acontece é que na língua hebraica o “deles” do verso
9 é uma palavra masculina, sendo completamente inviável que ela esteja
relacionada com a palavra chifres. O correto é a palavra masculina “deles” do
verso 9 estar relacionada com a palavra “vento” que pode ser tanto masculina
como feminina. A lição de terça-feira (23/11) apresenta outras quatro
interessantes evidências que indicam o Chifre Pequeno como originário de um dos
quatro ventos , e não de um dos quatro chifres.
Mas na minha
maneira de ver, o princípio do paralelismo que aponta o poder que sucedeu ao
Bode do capítulo 8, como o mesmo poder que sucedeu o Leopardo do capítulo 7, e
o mesmo poder que sucedeu a parte de bronze do capítulo 2, ou seja, Roma, é
ainda a principal evidência de que o Chifre Pequeno jamais poderia ser um rei
tão geograficamente restrito e de tão pouco destaque como foi Antíoco Epifânio.
O Chifre Pequeno
As peripécias do
Carneiro e do Bode identificados pelo próprio anjo que recebe a ordem para
explicar a visão para Daniel, como o rei (reino) da Média e da Pérsia e o rei
(reino) da Grécia, preparam o cenário para a parte mais impressionante da
visão: o surgimento de um Chifre muito pequeno que cresceu muito para o sul,
para o oriente e para a terra formosa.
Estas indicações
políticas confirmam sua identificação como sendo o Império Romano, pois
destacam sua expansão rumo a África (sul), Grécia, Ásia Menor e Síria
(oriente), e Palestina (terra formosa). Entretanto, estas características
políticas são apresentadas de forma bem sucinta e limitada, em comparação com
as demais características de caráter espiritual. Fica evidente que o objetivo
do capítulo 8 é apresentar o engrandecimento do Chifre Pequeno em termos
espirituais, destacando a natureza espiritual ofensiva de suas atividades.
Como já vimos no
capítulo 7, Roma Pagã teve sua continuação na Roma Cristã, onde o Bispo de Roma
acaba substituindo em poder e influência o imperador Romano. O título pagão Pontifex
Maximus (Sumo Sacerdote) utilizado pelos imperadores romanos passou a ser
um título cristão que identificava o Bispo de Roma, de forma que o império
romano tornou-se na igreja cristã apostatada, melhor identificada hoje como
Igreja Católica Apostólica Romana.
Vamos comparar as
atividades espirituais do Chifre Pequeno do capítulo 7 com o do capítulo 8:
Capítulo 7 |
Capítulo 8 |
Havia olhos como os olhos de homem (v.8) |
Um rei feroz de semblante e entendido em enigmas (v.23) |
Uma boca que falava com vanglória (v.8) |
Engrandeceu-se (v.10,11) No seu coração se engrandecerá (v.25) |
Parecia ser mais robusto do que os seus companheiros (v.20) |
Grande será a sua força, mas não de si mesmo (v.24) |
Fazia guerra contra os santos e os vencia (v.21) |
Alguns do exército do céu deitou por terra e os pisou (v.10) Prosperou em tudo o que fez (v.12) Destruirá terrivelmente e prosperará (v.24) |
Proferirá palavras contra o Altíssimo (v.25) |
Engrandeceu-se até o Príncipe do exército, tirou dele o
contínuo e lançou o santuário por terra
(v.11) Se levantará contra o Príncipe dos príncipes (v.25) |
Destruirá os santos do Altíssimo (v.25) |
Destruirá os poderosos e o povo santo (v.24) Destruirá a muitos que vivem em segurança (v.25) |
Eles serão entregues nas suas mãos (v.25) |
O exército lhe foi entregue (v.12) |
Cuidará em mudar os tempos e a lei (v.25) |
Lançou a verdade por terra (v.12) Fará prosperar o engano (v.25) |
Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o seu
domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim (v.26) |
Mas sem esforço de mãos humanas será quebrado (v.25) |
Como vimos, muitas
são as semelhanças entre as perniciosas atividades do Chifre Pequeno do
capítulo 7 e seu correspondente no capítulo 8.
O Cristianismo
Apostatado
O apóstolo Paulo
em II Tessalonicenses 2:3 e 4 também fez menção a este terrível período de
apostasia e engano que sobreviria sobre a igreja cristã:
“Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem
que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho
da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou
se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo
parecer Deus.”
O discípulo amado João menciona esta apostasia como resultado de
um poder denominado em suas epístolas como o anticristo:
“Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o
anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos
que é a última hora.” I João 2:18
“Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
Esse mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho.” I João 2:22
“E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em
carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já
ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo.” I João 4:3
“Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não
confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo.”
II João 7
Mais tarde, em Apocalipse,
o apóstolo João descreverá este mesmo poder apóstata de várias maneiras:
Como o próprio trono de Satanás (Apoc.3:13)
Como o dragão que persegue a mulher e faz
guerra contra os seus descendentes (Apoc.12)
Como a arrogante Besta que sobe do mar cheio
de blasfêmias (Apoc.13)
Como uma grande prostituta cheia de nomes de
blasfêmia tendo na mão um cálice cheio de vinho embriagantemente apóstata, e
embriagada com o sangue dos santos (Apoc.17)
Como a grande Babilônia, mãe das prostituições
e das abominações da terra, cujo seio serve como morada dos demônios e
esconderijo dos anjos caídos, mas que tem sua queda como decretada pelo céu
(Apoc.17:5 e 18)
Compare com as
características do Chifre Pequeno no quadro acima e veja por si mesmo como estamos
falando do mesmo poder apóstata.
Recapitulando, Daniel 8 menciona este poder como:
Guerreando, vencendo, pisando e destruindo o
povo santo (o exército do céu)
Afrontando o Príncipe dos príncipes (o
Príncipe do exército do céu)
Tirando do Príncipe o contínuo (a intercessão
diária) e lançando o Seu santuário por terra
Lançando a verdade por terra e fazendo
prosperar o engano
Quem é o Príncipe?
Leia os textos
abaixo e verifique se tratar de Jesus:
“E disse ele: Não, mas venho agora como Príncipe do
exército do SENHOR. Então Josué se prostrou com o seu rosto em terra e o
adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo?” Josué 5:14
“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para
edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e
sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos
angustiosos.” Daniel 9:25
“Mas eu te declararei o que está registrado na escritura da
verdade; e ninguém há que me anime contra aqueles, senão Miguel, vosso Príncipe.”
Daniel 10:21
“E Naquele tempo se levantará Miguel, o grande Príncipe,
que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia,
qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo
livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.” Daniel
12:1
O que é o
contínuo?
A maioria das
traduções bíblicas apresenta a expressão “sacrifício contínuo”, porém no texto
hebraico existe apenas uma única palavra, TAMID, que significa
“contínuo” (ver Ezeq.39:14, Sal.38:17, Sal.71:14). Esta palavra é usada com
destaque em referência ao serviço diário do santuário terrestre que deveria
ser, de forma geral, mantido em contínuo funcionamento:
Números 28:3 – Contínuo holocausto (Sacrifício
contínuo)
I Crônicas 16:40 – Holocaustos continuamente
oferecidos pela manhã e pela tarde
Levíticos 24:2 – Lâmpadas mantidas
continuamente acessas
II Crônicas 2:4 – O pão contínuo da proposição
Êxodo 28:29 – O peitoral sacerdotal para
memória contínua diante do Senhor
I Crônicas 23:31 – Contínuo serviço do
santuário
O contínuo serviço
do santuário celestial era uma sombra que apontava para a realidade do contínuo
ministério intercessório de Cristo no santuário celestial em nosso favor:
“Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o
Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de
Melquisedeque), de tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador. E, na verdade,
aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram
impedidos de permanecer, mas este, porque permanece eternamente, tem um
sacerdócio perpétuo [contínuo]. Portanto, pode também salvar
perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre [continuamente]
para interceder por eles.” Hebreus 7:21-25
Foi este sagrado e
vital ministério realizado por Cristo em benefício de nossa eterna salvação que
este poder apóstata tirou e lançou por terra.
Como este poder
alcançou este objetivo?
Ano* |
Heresias |
113 |
O Papa Alexandre
I ordena o uso da água benta (costume pagão) |
140 |
Institui-se o
jejum da quaresma (salvação pelas obras) |
160 |
Orações pelos
mortos (imortalidade da alma) |
170 |
Teófilo de
Antioquia usa pela primeira vez o termo “Trindade” (deturpação do
conhecimento do Deus Eterno e de Seu Filho unigênito Jesus Cristo) |
220 |
Tertuliano e
Hipólito lançam as bases filosóficas para o estabelecimento do dogma da
Santíssima Trindade (deturpação do conhecimento do Deus Eterno e de Seu Filho
unigênito Jesus Cristo) |
257 |
Consagração de
ornamentos religiosos e vestes sacerdotais (origem pagã) |
260 |
Começam as
primeiras comunidades monásticas (salvação pelas obras) |
320 |
Uso de velas e
círios (costume pagão) |
381 |
A igreja cristã
oficializada pelo estado recebe o nome de “Católica” (pretensão) |
321 |
O dia do Senhor
é mudado do sábado bíblico para o domingo (mudança na lei de Deus) |
416 |
Começa-se a
praticar o batismo de crianças recém-nascidas (tradição acima das verdades
bíblicas) |
431 |
O Concílio de
Éfeso decreta a adoração de Maria como a Mãe de Deus (violação do exclusivo
ministério intercessório de Cristo conforme Atos 4:12 e II Tim.2:5) |
593 |
É instituída
pelo Papa Gregório Magno a doutrina
do purgatório (salvação pelas obras e imortalidade da alma) |
600 |
O latim é
instituído como o idioma oficial de oração e culto sagrado (impossibilitar os
mais humildes do acesso a vida religiosa) |
610 |
O título de Papa
é instituído pela primeira vez pelo Bispo de Roma Bonifácio III
(hierarquização da estrutura religiosa) |
709 |
É instituído o
costume de beijar o anel e os pés do Papa (idolatria) |
788 |
Veneração (para
não dizer adoração) de imagens, relíquias e cruz (idolatria) |
860 |
O Papa Nicolau,
o grande, declara ter poder para mudar os tempos e ab-rogar as leis, bem como
dispor de todas as coisas, até os preceitos de Cristo (blasfêmia e
arrogância) |
995 |
A Canonização
dos santos é instituída pelo Papa João XV (imortalidade da alma e violação do
exclusivo ministério intercessório de Cristo conforme Atos 4:12 e II Tim.2:5) |
998 |
A missa é
instituída como sacrifício (desvirtuamento do plano da salvação e da
verdadeira adoração) |
1073 |
O Papa Bonifácio
VII Impõe o celibato aos sacerdotes e monges (salvação pelas obras) |
1080 |
O Papa Gregório
VII declara que a igreja romana nunca errou, nem errará jamais
(infalibilidade da igreja dirigida por homens) |
1184 |
Estabelece-se as
bases para a Inquisição (intolerância religiosa) |
1190 |
Institui-se a
venda de Indulgências, que é o pagamento à igreja com a finalidade de obter o
perdão dos pecados (salvação pelas obras) |
1200 |
A hóstia
substitui a ceia (tradição acima da bíblia) |
1215 |
No IV Concílio
de Latrão o Papa Inocêncio III em sua bula “Eu te absolvo”, introduziu o
sacramento da confissão ou confessionário (violação do exclusivo ministério
intercessório de Cristo conforme Atos 4:12 e II Tim.2:5) |
1250 |
Segundo a
tradição, São Domingo de Gusmão recebe a revelação da devoção do Rosário
direto da santíssima virgem (salvação pelas obras) |
1300 |
O Papa Bonifácio
VIII declara que a submissão à autoridade papal é indispensável para a
salvação (arrogância humana em querer ser como Deus) |
1322 |
O Papa João XXII
institui o escapulário como uma forma de indulgência (salvação pelas obras) |
1546 |
Os livros
apócrifos (não inspirados por Deus) são introduzidos na Bíblia (tradição
acima da Bíblia) |
1550 |
O Concílio de
Trento estabelece o dogma da Transubstanciação (mistificação do sacrifício de
Cristo) |
1854 |
O Papa Pio IX em
sua bula “Ineffabilis Deo” estabelece o dogma da imaculada conceição de Maria
(desvirtuamento da natureza humana de Cristo) |
1869 |
O Concílio Vaticano
I declara como anátema todo aquele que não reconhece no Papa um legítimo
sucessor de Pedro divinamente instituído (tradição acima da verdade bíblica) |
1870 |
O Papa Pio IX
declara a infalibilidade papal (idolatria e arrogância humana em querer ser
como Deus) |
1894 |
O Papa Leão XIII
declara numa encíclica que o Papa ocupa nesta terra o lugar do Deus
Onipotente (idolatria e arrogância humana em querer ser como Deus) |
1950 |
O Papa Pio XII
declara o dogma da assunção da Virgem Maria (idolatria) |
1965 |
O Concílio
Vaticano II proclama Maria como a mãe universal da igreja (idolatria) |
* As datas são
aproximadas
Precisamos falar
mais sobre como este arrogante, blasfemo e perseguidor poder tirou de Jesus o
ministério intercessório no santuário celestial e fez muito mal ao povo de
Deus?
É profundamente
lamentável ter que reconhecer que a IASD de forma oficiosa tenha incluído em
suas crenças fundamentais o herético dogma da trindade, oficializando este
absurdo na Assembléia da Conferência Geral de Dallas em 1980. Com isto a IASD
que surgiu de um movimento divinamente orientado onde seus pioneiros combatiam
abertamente esta heresia, acaba negando suas origens e iniciando um assustador
caminho de apostasia.
A inclusão desta
heresia católica está aos poucos transformando uma igreja que era reconhecida
como o povo remanescente, os reparadores de brechas, o povo da Bíblia, em mais
uma das filhas de Babilônia a sorver seu embriagante vinho de prostituição.
“Não! De forma
alguma isto irá acontecer!” – pode protestar um fiel membro da IASD – “Temos a
verdade do sábado e da mortalidade da alma! Não iremos nunca nos unir as demais
filhas de Babilônia que observam o sábado espúrio (domingo) e crêem na mentira
espírita da imortalidade da alma”. Mas não tinham os judeus também estas mesmas
verdades? Mesmo assim não acabaram negando o Filho de Deus e o condenando à
morte? Tudo começou porque os judeus adotaram uma falsa concepção de Deus
(legalismo) e do Messias (conquistador político). Tudo porque foram
“orgulhosos” e não quiseram mudar os seus errôneos conceitos quando
confrontados com a irrefutável verdade.
Para aqueles que
ainda acreditam que a atual IASD nunca irá tornar-se como uma das filhas de
Babilônia, basta prestar um pouco de atenção nas tendências ecumênicas que
estão tomando conta da liderança e dos demais membros. Vejam por exemplo o
título do mais recente lançamento daquele que já foi um dos mais tradicionais
quartetos da IASD:
Arautos do Rei
Fogo Divino
Contagem regressiva para o lançamento mais aguardado de
2004!
Arautos do Rei, o quarteto gospel mais
conhecido do Brasil,
lança em breve seu mais novo CD:
Fogo Divino.
Fogo divino? Não é
esta uma expressão tipicamente “pentecostal” usada e abusada nas mensagens e
músicas deste segmento cristão espiritualista? Esta não é e nem nunca foi uma
expressão comum no meio adventista! Se me recordo bem, quando nós adventistas
nos referimos a fogo do céu estamos quase sempre querendo falar do fogo e
enxofre que cairá do céu e destruirá para sempre todo o pecado juntamente com
os pecadores (será que é disto que trata as letras das músicas deste CD?). Tal
expressão não expressa nem de longe a verdade da tríplice mensagem angélica que
deveria ser nossa prioridade proclamar. Pelo contrário, a assimilação desta
expressão tipicamente pentecostal só tende a confundir a missão de um povo que
deveria ser separado destas tendências diabólicas, fazendo com que sejamos
vistos como mais uma igreja “igualzinha” as demais que já existem e se
proliferam a cada dia.
Não sei que tipo
de música contém este CD, mas pelo título já começo a imaginar. Será que quando
ouvir o CD verei que estou redondamente enganado? Assim espero! Mas acho muito
improvável. Está na cara que tal título foi escolhido basicamente com fins
comerciais, pois querem vender não só para o seu público cativo entre os
adventistas, mas também para todos os demais evangélicos. Que tipo de música o
povo evangélico pentecostal gosta de ouvir? Música sacra na verdadeira acepção
da palavra ou uma mistura de ritmo profano com letra pseudo-sacra? Mas vamos
esperar e ouvir este CD com este estranho título para ver onde isto vai dar...
Na semana que vem
continuaremos o estudo do capítulo 8 procurando entender o diálogo entre
aqueles dois santos mencionados no verso 13.
Até lá!
Irmão X