Reflexões Leigas sobre a Lição 10 da Escola Sabatina

Sábado 04/12/2004

 

O SANTUÁRIO PURIFICADO – DANIEL 8 (2ª parte)

 

 

No comentário anterior, interrompemos o estudo da visão de Daniel relatada no capítulo 8, no momento em que dois santos começaram a conversar.

 

Um perguntou ao outro: “Até quando durará a visão do contínuo, e da transgressão assoladora para que seja entregue o santuário, e o exército, a fim de serem pisados?” (verso 13).

 

E a resposta do outro foi: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário será purificado” (verso 14).

 

Daniel estava vendo estes dois seres santos conversarem e ficava tentando imaginar o que significava tudo aquilo. Neste momento, ainda em visão, um outro ser (semelhante a um homem) aparece diante dele, e recebe a ordem de explicar a visão para Daniel: “Gabriel, dá a entender a este a visão” (verso 16).

 

Agora Daniel já sabia o nome daquele glorioso ser que estava incumbido de lhe explicar aquela intrigante visão: Gabriel (ver Lucas 1:19 e 26). A aproximação deste anjo deixou Daniel assustado a ponto de cair com o rosto em terra. Antes porém de perder os sentidos, Daniel ouviu o anjo falar: “Entende, filho do homem, porque esta visão se realizará no fim do tempo” (verso 17).

 

O já ancião Daniel, com cerca de 70 anos, não podendo mais suportar tanta emoção perde os sentidos e desmaia. O anjo então o toca, reanimando-o, e cuidadosamente ajuda-o a se levantar. A última informação é repetida de forma mais enfática: “Eu te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira, porque ela se exercerá no determinado tempo do fim” (verso 19).

 

Gabriel continua explicando-lhe a visão mencionando explicitamente que o carneiro simbolizava a Média e a Pérsia, e o bode a Grécia, que por sua vez se dividirá em quatro reinos. No fim do reinado destes reis surgiria o poder simbolizado pelo Chifre Pequeno que cresceria e se fortaleceria muito (“mas não de si mesmo”). Este soberbo e arrogante poder faria prosperar a mentira, destruiria o povo de Deus, arrasaria o Santuário, e afrontaria o Príncipe dos príncipes (Jesus). Mas ao final, “sem esforço de mão humanas” seria quebrado (verso 25).

 

Vamos recapitular a estrutura paralela dos capítulos 2, 7 e 8 de Daniel, que é a chave para a sua interpretação:

 

Capítulo 2

Capítulo 7

Capítulo 8

Interpretação

Cabeça de Ouro

Leão com asas de Águia

 

Império Babilônico

Peito e Braços de Prata

Urso que se levanta de um lado

Carneiro com dois chifres

Império Medo-Persa

Quadris e Coxas de Bronze

Leopardo com 4 cabeças e 4 asas

Bode com um chifre que dá lugar para outros 4 chifres

Império Greco-Macedônico

Pernas de Ferro

Animal terrível e espantoso

Chifre Pequeno que cresce muito e se engrandece  especialmente no aspecto espiritual

Império Romano (Roma Pagã)

Pés em partes de Ferro e Barro

10 chifres sobre o 4º animal

Nações da Europa

 

Chifre Pequeno

Papado

(Roma Cristã)

 

Tribunal Celestial

Santuário Purificado

Juízo Pré-advento

Pedra (sem auxílio de mãos) destrói a Estátua

Animais são destruídos

Sem esforço de mãos será quebrado

2ª Vinda de Jesus

Pedra transforma-se num grande monte que enche a terra

Os santos do Altíssimo recebem o Reino

 

Eternidade dos salvos no Reino de Deus

 

A compreensão deste paralelismo nos ajuda facilmente a compreender que a Purificação do Santuário do capítulo 8, corresponde ao mesmo período onde é estabelecido o Tribunal Celestial, ou Juízo pré-advento. Caso forcemos encaixar Antíoco Epifânio nas ações do Chifre Pequeno, estaremos destruindo esta estrutura paralela fazendo com que a ligação entre o capítulo 7 e o 8 fique completamente sem sentido.

 

 

A Purificação do Santuário

 

É notório o foco do capítulo 8 sobre o Santuário, a começar pelos próprios símbolos que o Senhor escolheu: dois animais típicos do ritual do santuário (carneiro e bode). Este foco fechasse ainda mais e aponta para o Dia da Expiação, pois é neste dia que o Santuário era purificado, e também o bode tinha uma participação bem destacada.

 

De acordo com Levíticos 23, o Senhor havia designado para Seu povo, sete festas cerimoniais:

 

Ordem

Nome da Cerimônia

Dia em que era Comemorado

Páscoa

14º dia do Primeiro Mês

Pães Asmos

15º ao 21º dia do Primeiro Mês

Primícias

16º dia do Primeiro Mês

Pentecostes

6º dia do Terceiro Mês (50º dia após Primícias)

Festa das Trombetas

1º dia do Sétimo Mês (Rosh Hashanah)

Dia da Expiação

10º dia do Sétimo Mês (Yom Kippur)

Festa dos Tabernáculos

15º dia do Sétimo Mês

 

O Dia da Expiação era o dia em que o Santuário era Purificado, e é exatamente este dia que é mencionado na visão de Daniel 8.

 

Sabemos pela Bíblia que estas festas eram símbolos de realidades futuras que definem importantes marcos no Plano da Salvação:

 

“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Col. 2:16-17

 

O Dia da Expiação ou o Dia da Purificação do Santuário era considerado pelo povo judeu como um dia de juízo, e aqui mais uma vez é demonstrado o perfeito paralelismo entre os capítulos 7 e 8, que mostra que o Tribunal Celestial no capítulo 7 equivale ao dia em que o Santuário é purificado no capítulo 8. Como um Dia de Juízo, esta festa era para o povo de Deus, a mais solene de todas:

 

a)    A 5ª festa foi dada por Deus para justamente anunciar com 10 dias de antecedência a proximidade da chegada do importante e soleníssimo Dia da Expiação. Nenhuma outra festa tinha sua chegada anunciada por uma festa específica. Somente o Dia da Expiação tinha este destaque. O Senhor estava com isso mostrando que a realidade do Dia da Expiação não se cumpriria no futuro sem que antes tenha sido devidamente anunciada e proclamada.

b)   Expressões repetidas como “afligireis as vossas almas” (versos 27 e 32) demonstram que esta festa era marcada por uma solenidade e gravidade maior do que em qualquer outra festa cerimonial.

c)    Percebemos também que uma atmosfera de vida ou morte pairava sobre este dia através das palavras de advertência do verso 29 e 30: “Toda pessoa  que nesse dia não se afligir, será eliminada do seu povo. Toda pessoa que nesse dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo”. Apesar de outras festas serem igualmente dia de descanso solene (exceção feita ao Dia das Primícias), somente o Dia da Expiação era marcado com esta terrível advertência.

 

Agora vamos para Levíticos 16 para vermos o que acontecia neste dia onde o Santuário era Purificado:

 

1º) O Sumo Sacerdote se banhava e vestia suas roupas sacerdotais exclusivas.

2º) O Sumo Sacerdote trazia um novilho para oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto que seriam oferecidos por si e por sua família.

3º) Dois bodes para oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto eram escolhidos da Congregação dos filhos de Israel.

4º) Sortes eram lançadas para designar entre os dois bodes, qual seria o bode do Senhor e qual seria o bode emissário.

5º) O Sumo Sacerdote sacrificava o seu novilho como oferta pelo seu próprio pecado e de sua família.

6º) O Sumo Sacerdote pegava um incensário com uma medida dobrada de incenso e o colocava para dentro do véu que separava o lugar santo do santíssimo, para que a fumaça cobrisse o propiciatório (tampa da arca do concerto) onde se manifestava a glória do Senhor. Isto era necessário para que ele não morresse perante o Senhor.

7º) O Sumo Sacerdote levava o sangue do seu novilho para dentro do véu e com seu dedo o aspergia sete vezes (expiação perfeita) diante do propiciatório.

8º) O Sumo Sacerdote sacrificava pelo pecado do povo, o bode que havia sido sorteado para ser do Senhor.

9º) O Sumo Sacerdote levava o sangue deste bode para dentro do véu o aspergia da mesma maneira como havia feito com o sangue de seu novilho.

10º) Desta maneira o lugar santíssimo do Santuário era purificado de todas impurezas, rebeldias e pecados dos filhos de Israel.

11º) O Sumo Sacerdote saía do lugar santíssimo com o sangue do novilho e do bode, e os colocava nas quatro pontas do altar de incenso, bem como os espargia sete vezes sobre este altar.

12º) Desta forma era purificado também o lugar santo, completando a purificação total do Santuário ou Tenda da Congregação (lugar santíssimo e santo).

13º) Terminada a purificação do Santuário por completo, o Sumo Sacerdote colocava ambas as mãos sobre o bode emissário e confessando todas as iniqüidades dos filhos de Israel, fazia com que eles caíssem sobre a cabeça do bode vivo.

14º) Um homem previamente designado, conduzia o bode vivo para o deserto onde era ali abandonado. Desta forma os pecados eram conduzidos para a terra solitária, bem longe do arraial do povo de Deus.

15º) O Sumo Sacerdote, no lugar santo, se banhava e tirava suas roupas sumo sacerdotais exclusivas, trocando-as por outras vestes.

16º) O Sumo Sacerdote saía e preparava o holocausto do carneiro seu e do povo, fazendo expiação por si e pelo povo.

 

Deste cerimonial destacamos alguns pontos importantes:

 

1-   Este cerimonial era importantíssimo, pois significava a eliminação definitiva de todos os pecados que, depois de perdoados, foram transferidos para o santuário mediante a aspersão do sangue das ofertas diante do véu.

2-   Somente o Sumo Sacerdote poderia fazer a purificação do Santuário.

3-   A purificação do Santuário começava pelo lugar santíssimo onde estava a arca da aliança com seu propiciatório, símbolos do trono de Deus no céu.

4-   O Santuário era completamente purificado antes que o bode azazel entrasse em cena.

5-   O bode emissário levava sobre si todos os pecados, mas não era sacrificado. Ele era abandonado vivo no deserto e deixado à sua própria sorte (fatalmente morreria debaixo do escaldante sol do deserto). Por este motivo, o bode emissário jamais pode simbolizar a Cristo, pois Ele foi morto pelos nossos pecados.

6-   Como sem sangue (morte) não pode existir remissão dos pecados (Heb. 9:22), o fato de o bode levar toda a culpa final e ser abandonado vivo para morrer sozinho no deserto, faz dele um símbolo perfeito de Satanás (o culpado final por tudo).

7-   O Dia da Expiação começava com os preparativos para a purificação do santuário, e só terminava depois que o bode azazel fosse levado para a terra solitária. A realidade do dia de juízo simbolizado por esta festa deve obrigatoriamente compreender um período que só terminará com a extirpação definitiva do pecado do universo.

 

Esta cerimônia simboliza de forma precisa o grande Dia do Juízo que foi visto iniciando na visão do capítulo 7. Será durante este Tribunal Celestial que o Santuário será purificado e o pecado será definitivamente extirpado do meio do povo de Deus.

 

Como já vimos no estudo do capítulo 7, é durante o período de atividades do Tribunal Celestial que estará sendo:

 

1-   Vindicado o caráter de justiça e amor de Deus o Pai perante todo o universo

2-   Vindicado o nome do unigênito Filho de Deus como digno de receber do Pai todo o poder e autoridade

3-    Vindicados todos aqueles que confiaram na salvação oferecida pelo Pai mediante Seu Filho unigênito como herdeiros juntamente com Cristo

4-    Definido de forma inequívoca quem é o verdadeiro culpado pelo pecado, fazendo com que este receba a punição definitiva e final

5-    Evidenciado que a destruição de todos aqueles que recusaram tão grande salvação é não somente um ato de justiça, mas também de amor

 

Estes são os cincos pontos principais que resultarão da Purificação do Santuário Celestial mencionado no capítulo 8.

 

O Tribunal Celestial em paralelo com a Purificação do Santuário aponta para um processo que está sendo realizado no céu, e não na terra (muito embora seus efeitos sejam sentidos aqui). A Bíblia confirma esta conclusão ao ensinar claramente que:

 

1) Existe um verdadeiro Santuário no céu:

 

“Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” Hebreus 8:1-2

 

2) O Santuário terrestre era apenas uma sombra (um símbolo) desta realidade celestial:

 

“Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.” Hebreus 8:5

 

3) O dia cerimonial da expiação apontava para a verdadeira purificação do santuário celestial:

 

“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus.” Hebreus 9:22-24

 

Pelas informações do capítulo 7 e 8 sabemos que este Julgamento ocorre depois de iniciadas as terríveis ações do Chifre Pequeno, que simboliza em sua fase inicial, Roma Pagã, e continua de forma destacada por sua substituta imediata, Roma Cristã ou Papal. Aqui está mais uma forte evidência de que o Chifre Pequeno jamais poderia ser o 8º rei da dinastia selêucida, Antíoco Epifânio. Um rei de influência extremamente limitada que viveu e morreu antes que Jesus nascesse, e bem antes que surgisse o poder da Roma Papal. Entender erroneamente o Chifre Pequeno como Antíoco Epifânio só serve para desviar a atenção das atrocidades cometidas pela Igreja Romana, bem como para satisfazer os demais evangélicos que, por acreditarem na imortalidade da alma e por descrerem na vigência atual dos dez mandamentos, não querem admitir um juízo pré-advento.

 

 

Daniel 8:14

 

Este texto é um dos mais importantes para a IASD, pois foi através do estudo dele que o movimento do advento teve sua origem.

 

Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário será purificado.

 

Tardes e manhãs: A maioria dos cristãos que confundem o Chifre Pequeno como Antíoco Epifânio, fazem um verdadeiro malabarismo gramatical e cronológico na tentativa de adequar as informações deste verso às suas interpretações. Eles querem entender que a expressão “tarde e manhã” se trata de uma expressão idiomática abreviada aplicada aos sacrifícios diários realizados pela manhã e pela tarde. Como são dois sacrifícios contínuos por dia, então, concluem eles, 2.300 sacrifícios equivalem a 1.150 dias literais. Por que esta conclusão não corresponde àquilo que está claramente revelado na Bíblia? Acompanhe abaixo as explicações que encontramos no livro “Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel” de C.M.Maxwell (pág.182 e 183):

 

1-    A expressão “tardes e manhãs” (literalmente “tardes-manhãs”) nunca foi usada em relação aos sacrifícios contínuos. A Bíblia sempre quando menciona tais sacrifícios diz que eram efetuados  “pela manhã e pela tarde” (ver Num.28:4, II Cron.2:4, 13:11, 31:3). Portanto, é um tanto quanto “forçado” tentar dizer que “tardes-manhãs” é o equivalente ao ciclo de dois sacrifícios diários. Tal argumento poderia até ser considerado se tivéssemos claramente na Bíblia: “Até 2.300 sacrifícios realizados um pela manhã e outro pela tarde”. Mas não é isto que o anjo disse!

2-    A expressão “tardes e manhãs” é encontrada na Bíblia sempre se referindo a um período de um dia (ver na narração da criação os textos de Gen.1:5, 8, 13, 18, 23, 31). Mais claro e direto que isso impossível! E vejam, sem precisar forçar nada. Na Bíblia o dia sempre começa e termina com o pôr-do-sol (ver Lev.23:32 e Mar. 1:32), ou seja, primeiro vem a parte escura (tarde) e depois a clara (manhã).

3-    Nenhum erudito judeu que preparou as antigas versões gregas do antigo testamento entendeu 2.300 tardes e manhãs como 2.300 sacrifícios. Todos entenderam como 2.300 dias, ou como eles mesmos traduziram: “dias de tardes e manhãs, dois mil e trezentos”. O comentarista bíblico Carl F.Keil em seu comentário sobre Daniel (pág.303 e 304) disse claramente:

 

Quando os hebreus desejavam expressar separadamente dia e noite, as porções componentes de um dia da semana, então expressavam o número de ambos. Eles diziam, por exemplo: 40 dias e 40 noites (Gen.7:4 e 12; Exo 24:18; I Reis 19:8), 3 dias e 3 noites (Jon.1:17; Mat.12:40), mas não diziam ‘oitenta (ou seis) dias-e-noites’ quando desejavam referir-se a 40 ou 3 dias completos. Possivelmente um leitor hebreu não conseguiria entender o período de 2.300 tardes e manhãs como sendo 2.300 meio-dias ou 1.150 dias completos, uma vez que na Criação tardes e manhãs constituíram dias completos, e não meio-dias. ... Portanto, devemos tomar as palavras tais quais elas se encontram, ou seja, compreendê-las como 2.300 dias completos.

 

4-    Mesmo que fosse gramaticalmente admissível a absurda interpretação das 2.300 tardes e manhãs como 1.150 dias, nem assim este período se encaixaria cronologicamente ao tempo de 3 anos e 10 dias no qual Antíoco Epifânio profanou o templo dos judeus (15 de Chislev de 168 a.C. até 25 de Chislev de 165 a.C.).

 

Purificado: A palavra que encontramos no texto hebraico é NITSDAQ. Esta palavra só aparece em Dan.8:14. Porém, alguns eruditos sabem que ela está relacionada com  TSADAQ, uma palavra bastante comum na Bíblia (aparece cerca de 250 vezes). TSDAQ é traduzida por justiça, ser justo, tornar justo ou justificar.

 

As antigas traduções gregas deste texto hebraico traduziram NITSDAQ por “Purificado”, e também a versão latina feita por Jerônimo por volta de 400 d.C. traduz da mesma maneira.

 

Desta forma parece que não existe qualquer dúvida quanto à correta tradução de Daniel 8:14.

 

 

Quando?

 

Um anjo perguntou a outro: “Quando esta visão se cumprirá?”, e outro respondeu: “O santuário será purificado depois de 2.300 dias”.

 

Ficamos na mesma! Quando se completam os 2.300 dias? O capítulo 8 de Daniel terminará sem sabermos a resposta para esta pergunta.

 

As últimas palavras de Gabriel foram que “A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu porém, cerra a visão, porque só daqui a muitos dias se cumprirá”.

 

O verso seguinte (27) fala de Daniel enfraquecido e enfermo por alguns dias. É bem provável que o anjo Gabriel percebeu a debilidade de Daniel e concluiu que ele não teria condições físicas e psicológicas de agüentar a continuidade da explicação da profecia.

 

Daniel ficou espantado com a visão, pois sabia que pelas informações que haviam sido fornecidas até ali, ninguém teria condições de entendê-la.

 

Daniel teve que esperar 13 anos para que mais informações fossem dadas. Nós teremos que esperar só até a próxima semana.

 

Até lá!

 

Irmão X


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