O artigo logo abaixo foi
extraído da REVISTA TEOLÓGICA do SALT – IAENE do 1º semestre de 1997, e foi
escrito pelo Pr.Luiz Nunes.
É um artigo interessante
e muito bem escrito, porém, no meu entender, com um conceito um tanto
equivocado. O Pr.Luiz Nunes entende que a plena divindade de Cristo só pode
existir dentro da aceitação do conceito da Trindade. Tanto o título de seu
artigo, como o desenvolvimento das idéias ao longo do texto evidenviam isto de
forma bem clara.
Sugiro que você, antes de
continuar a leitura desta página, primeiramente leia o artigo do Pr.Luiz Nunes
na íntegra, clicando AQUI.
A seguir, você encontrará
logo abaixo a reprodução do mesmo artigo na íntegra, mas intercalado com alguns
comentários e questionamentos (em letras azuis).
A recomendação para que você leia antes apenas o artigo (sem as intercalações
que fiz), é para que possa fazer uma leitura imparcial e isenta de qualquer
tipo de influência externa.
Irmão X
Mestre em Teologia. Doutorando em Teologia
Pastoral, IAE ct., Eng, Coelho, SP.
Diretor e professor do SALT-IAENE, em
licença.
A divindade e a pré-existência de Cristo foram
aspectos doutrinários da Cristologia, que se estabeleceram, progressivamente,
no seio IASD até a primeira metade do século XX. Os unitarianos, procedentes
dos congregacionalistas, se estabeleceram, durante a história americana, na
região da Nova Inglaterra (berço do adventismo sabatista) como um movimento
anti-calvinista e contrário à ligação Igreja e Estado, por isso são chamados de
“Ala Esquerda.”1
No texto do artigo
enviado faltaram as referências que indicam as fontes pesquisadas pelo Pr.Luiz
Nunes.
Os movimentos religiosos
surgidos nessa região sofreram essa influência teológica anti-trinitariana.
Nesse contexto, emergiu entre outras seitas (Universalistas, Batistas do Livre
Arbítrio), o grupo religioso arminiano denominado de cristãos, também
conhecidos como Conexão Cristã (anti-calvinista e anti-trinitariano).2
O órgão de comunicação da
Conexão Cristã para o leste dos Estados Unidos era o The Christian Herald and
Journal. Essa publicação cedo se identificou com o movimento milerita. Em seu
número de 3 de dezembro de 1840, o editor Philemon R. Russel critica a Josias
Litch por ter posição favorável à Trindade, pois, segundo ele, (Russel), os
cristãos não são trinitarianos. Por outro lado, Guilherme Miller, a principal
figura do movimento milerita, no seu segundo artigo de fé, datado de 5 de
setembro de 1842, demonstrou crer que a Divindade era constituída de três
pessoas distintas.
Gostaria muito de ler
este artigo para saber como Guilherme Miller “demonstrou crer que a Divindade
era constituída de três pessoas distintas”. Porém cabe aqui lembrar que mesmo
que Guilherme Miller tenha se declarado abertamente trinitariano, isto
revelaria apenas sua crença em particular. Somente a Bíblia pode afirmar com
autoridade se a trindade é ou não verdade.
A origem religiosa de
outros mileritas, contudo, atesta sua posição favorável à doutrina da Trindade,
pois eram em sua maioria procedentes da Conexão Cristã.
Acho que não entendi!
Primeiramente é dito que o órgão de comunicação da Conexão Cristã para o leste
do Estados Unidos era o “The Christian Herald and Journal”, que pela crítica que
seu editor Russel fez a Josias Lictch, tinha uma linha anti-trinitariana. Pois
bem, logo em seguida é dito que “a origem religiosa de outros mileritas, atesta
sua posição favorável à doutrina da Trindade, pois eram em sua maioria
procedentes da Conexão Cristã”. Como pode ser se o texto declara que a Conexão
Cristã era anti-trinitariana? No meu entender se os mileritas eram em sua
maioria procedentes da Conexão Cristã, eles eram em sua maioria não favoráveis
à doutrina da Trindade. Certo?
Em janeiro de 1846. Tiago
White se pronunciou contra a doutrina da trindade e da eternidade divina de
Jesus Cristo. No artigo “The Seventh-day Sabbath not Abolished”, de fevereiro
de 1854, J.B. Frisbie declarou-se anti-trinitariano, por considerar tal
conceito como sendo de origem pagã. No mesmo ano, James M. Stephenson negou ser
Cristo co-existente e co-eterno com o Pai. No início de 1859. Uriah Smith
registrou sua crença de que o Espírito Santo é apenas um princípio de vida.
Três anos depois, D. Hildereth manifestou a mesma opinião. Em 1869, J. N.
Andrews declarou que só o Pai é o único ser do Universo que não tem início,
enquanto R. F. Cottrell afirmou, no mesmo ano, que a Trindade é uma perigosa
doutrina procedente do papado. O pastor D. E. Robinson, que era íntimo da
família White, afirmou, em 1871, que James White permaneceu contrário ao
trinitarianismo até a sua morte.
As declarações
acima, que comprovam que os pioneiros da IASD não criam na trindade, são
verdadeiras e inquestionáveis. O site www.arquivoxiasd.com.br apresenta o original de
várias das declarações mencionadas no artigo.
Apesar de toda rejeição
de se escrever um credo, em 1872, os adventistas sabatistas apresentaram suas
crenças no livro Fundamental Principies. Parece que houve, então, uma
disposição propositada em omitir qualquer declaração sobre a Trindade.
Como assim “parece”?
Esta muito claro que a Trindade não foi incluída nas crenças fundamentais de
1872 porque nossos pioneiros não criam nela. A sua omissão é mais que
óbvia e plenamente coerente com aquilo que criam os pioneiros da IASD.
Isto por si só permite
admitir que, possivelmente, havia uma tendência contrária ao trinitarianismo.
“Tendência contrária ao
trinitarianismo”? Aquilo que o Pr.Luiz Nunes chama de tendência, eu considero
como uma unaminidade de crença por parte dos principais e mais destacados
pioneiros. A declaração de 1872, elaborada por Urias Smith, e posteriormente
aprovada de forma unânime na mais representativa de todas as assembléias
(Battle Creek, 1894), demonstra que a descrença na trindade era muito mais que
uma tendência; era a verdade crida e ensinada pela IASD desde sua origem.
O Instituto Bíblico
reunido na primavera de 1877, em Oakland, na costa do Pacifico, deixou
transparecer, através de seus palestrantes, que o Espírito Santo é uma mera
emanação ou influência proveniente da parte de Deus.
Importantes líderes do
movimento adventista, portanto, repudiavam a doutrina trinitariana. Josué
Himes, Tiago White, José Bates, J. N. Andrews, John Loughborough, Uriah Smith,
J. H. Waggoner, D. M. Canright e outros manifestaram sua rejeição em considerar
Jesus Cristo como co-eterno e da mesma substância do Pai, igualmente negaram
que o Espírito Santo fosse um ser pessoal.
Onde estão as
declarações que comprovam que estes pioneiros não criam que Jesus era da mesma
substância do Pai? Pelo que pude ler deles, eles negavam que Jesus fosse
co-eterno, pois em um ponto muito distante na eternidade passada havia sido
gerado pelo Pai.
Veja por
exemplo esta declaração de Uriah Smith em seu livro “Looking unto Jesus”,
página 10:
“Deus unicamente é sem um começo.
Na mais remota época como um começo poderia ser, -- um período tão remoto que
para as mentes infinitas é essencialmente a eternidade, -- surgiu a Palavra.
‘No começo era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus’
João 1:1”
Ou esta outra
declaração encontrada em seu livro “Thoughts, Critical and Practical, on the
Book of Revelation”, de 1875, página 66:
“... entendendo que Cristo é o agente pelo qual Deus criou todas as
coisas, mas ele mesmo veio à existência de uma forma diferente, como é chamado
o único gerado pelo Pai. De toda forma o Pai deve ter tido uma existência anterior.”
No livro de
Uriah Smith traduzido para o português como “As profecias de Apocalipse”, na
página 82 encontramos:
“As escrituras em parte alguma falam de Cristo como um ser criado,
mas claramente afirmam que Ele foi gerado pelo Pai. (Ver comentários a
Apoc.3:14, onde demonstramos que Cristo não é um ser criado). Mas conquanto,
como Filho gerado, não possua com o Pai uma co-eternidade de existência
pretérita, o começo de sua existência é anterior a toda a obra da criação, em
relação a qual Ele foi criador juntamente com Deus, João 1:3; Heb.1:3.”
Qual seria a
declaração de nossos pioneiros que levou o Pr.Luiz Nunes a afirmar que o Filho
não é da mesma substância do Pai?
Durante o século XIX, a
maioria dos líderes e escritores adventistas era anti-trinitariana e via o
Espírito Santo como uma energia, que possibilita a presença de Deus em todo
lugar. Ao mesmo tempo, Jesus Cristo era considerado como não tendo a mesma
substância do Pai, nem sendo co-eterno e pre-existente com Ele. O Filho de Deus
era considerado como subordinado e derivado do Pai.
A mesma
observação que fiz logo acima, faço também aqui. Onde estão as evidências de
que estes líderes e escritores não criam que Cristo seria da mesma substância
que o Pai? Entendo por mesma substância o fato de Eva ter sido feita da mesma
substância de Adão, ou dos filhos dos homens serem constituídos da mesma
substância que seus pais. Com base nisto, por que não creríamos que o Filho
unigênito de Deus é da mesma substância que Seu Pai?
Havia pelo menos, sete razões
por que os primeiros adventistas rejeitavam a doutrina da Trindade, e com ela a
divindade de Cristo e a personalidade divina do Espírito Santo;
Aqui sutilmente o
Pr.Luiz Nunes mistura a rejeição da Trindade e da não personalidade divina do
Espírito Santo, com a divindade de Cristo. Tinham os pioneiros dúvidas quanto a
“plena divindade” de Cristo como o unigênito Filho de Deus? Os pontos que se
seguem são para embasar a rejeição dos pioneiros quanto à existência de uma
Trindade, e nunca quanto a não crença na plena divindade de Cristo.
para eles (1) a doutrina
da Trindade era anti-escriturística, (2) o trinitarianismo foi considerado
contrário ao bom senso (irrazoável), uma vez que confunde as pessoas da
Trindade e o número delas, (3) destruía a personalidade de Deus, porque
consideravam-nO como um ser incorpóreo. (4) subvertia a doutrina da expiação
por não crer que o divino morreu em Cristo, (5) o trinitarianismo originou-se
do paganismo, porque ensinava o politeísmo, (6) era uma herança teológica do
papado e (7) opunha-se à vida devocional. pois não via em Deus uma pessoa
definida.
Exatamente! Todos
estes sete argumentos servem ainda hoje como motivos para a rejeição do dogma
católico da Trindade, e nunca como razões para a rejeição da divindade plena de
Cristo. É um engano vincular o anti-trinitarianismo com a rejeição da plena
divindade de Cristo.
Nesta fase da crise
cristológica estava em jogo o futuro do que seria a Doutrina de Deus dos
adventistas do sétimo dia. O direito de se crer ou não em Cristo como sendo da
mesma natureza de Seu Pai envolvia a aceitação ou a rejeição da Trindade e,
portanto, da personalidade divina do Espírito Santo, além de comprometer a
finalidade missiológica dos adventistas do sétimo dia.
Estava em jogo o que
seria a doutrina de Deus para os adventistas, mas não a crença na plena
divindade de Cristo como o Filho unigênito de Deus. Como já mencionamos, a
vinculação que o Pr.Luiz Nunes faz da Trindade com a crença em Jesus sendo da
mesma natureza que o Pai é equivocada. O anti-trinitarianismo nega a
personalidade divina do Espírito Santo como a terceira pessoa da Trindade, mas
não conflita jamais com a plena divindade do unigênito Filho de Deus.
A suplantação desse
conflito doutrinário foi um processo gradativo. D.T. Boudeau é chamado por
Russel Holt de o “precursor do trinitarianismo”, pois, tão cedo quanto 1864,
ele declara Jesus como sendo igual a Deus e possuindo toda a plenitude da
divindade.
Por que D.T. Boudeau
é considerado o precursor do Trinitarianismo, se tudo o que ele fez foi
reconhecer Jesus como sendo igual a Deus e possuindo toda a plenitude da
divindade? Isto os pioneiros anti-trinitarianos também criam, bem como os
anti-trrinitarianos adventistas da atualidade também crêem.
Doze anos depois,
registra-se uma declaração de Tiago White em que a crença dos adventistas do
sétimo dia na divindade de Cristo era muito próxima do conceito trinitariano.
E aqui o próprio
Pr.Luiz Nunes comprova aquilo que acabamos de afirmar acima, ou seja, que os
pioneiros como Tiago White, apesar de não crerem na Trindade, criam na plena
divindade de Cristo como o unigênito Filho de Deus.
No mesmo ano (1876), N.
Downer declarou que a ressurreição de Cristo foi um ato próprio, de Deus Pai e
do Espírito Santo, referindo-se assim às três pessoas da Divindade.14
Essas declarações são uma
evidência que havia pessoas entre os adventistas do sétimo dia estudando o tema
da Trindade.
Como já vimos a
declaração de D.T. Boudeau e de Tiago White quanto a aceitação da divindade de
Cristo não evidenciam nada a favor da trindade. Resta portanto a declaração de
N.Downer que poderia ter convicções trinitarianas, assim como F.M. Wilcox as
tinha, a ponto de publicar na Review and Herald de 9 de outubro de 1913, sob o
título “A mensagem para hoje” (The Message for today) sua versão “pessoal” das
crenças fundamentais dos adventistas, que divergia notoriamente das crenças
fundamentais publicadas nos “Year Books” denominacionais e aceitas oficialmente
(conferir em http://www.arquivoxiasd.com.br/marco2.htm ).
A última década do século
XIX marcou o período da mudança no estabelecimento da divindade de Cristo, na
aceitação da personalidade divina do Espírito Santo e da doutrina da Trindade.
Quinze anos após a declaração de Dower (1891), Lee S. Wheeler comentando
Efésios 4:4-6, declara que, nessa passagem e em muitas outras da Escritura, é
feita uma distinção entre o Pai, o Filho e o Espírito. Um ano depois, foi
editado na Bible Student's Library dos adventistas do sétimo dia, um artigo de
Samuel T. Spear (pastor batista), sob o título de “The Bible Doctrine of the
Trinity.”
Só um detalhe! Samuel
T. Spear era um bispo da igreja episcopal do Brooklin. Que peso possuem as convicções
de um bispo episcopal para as crenças fundamentais da IASD? Mesmo que seu texto
tenha sido impresso numa gráfica denominacional adventista, o que isto prova a
favor da trindade? No meu entender, a única coisa que fica evidente com este
fato, é que Ellen White estava certa quanto começou a denunciar que os prelos
da igreja estavam imprimindo livros que divulgavam a doutrina católica (ver
livro “A Mensageira do Senhor” – CPB, páginas 363, 364 e 369).
Em 1895, Alonzo T. Jones
pregou na sessão da Conferência Geral, um sermão em que apresentou o
relacionamento pessoal entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Estaria o Pr.Luiz
Nunes afirmando que Alonzo T.Jones era trinitariano convicto, e como tal,
estaria pregando na Conferência Geral de 1895 declaradamente em defesa da
trindade? Eu duvido que ele vá assim tão longe em suas conclusões. As vezes
pode existir uma diferença entre aquilo que uma pessoa crê e ensina, e a
maneira como as pessoas querem interpretar algumas de suas palavras e frases de
forma isolada do contexto geral de seus escritos. Como eu desconheço o teor
deste sermão do Pr.Jones não posso afirmar nada. Quem sabe se fosse mencionada
a fonte onde podemos encontrar este sermão na íntegra, poderíamos avaliar por
nós mesmos o que o Pr.Jones estaria ali pregando.
No mesmo ano aparece mais
uma declaração de Ellen White sobre o assunto, quando afirmou que há “três
pessoas viventes no trio celestial”.
Quanto a esta
declaração de EGW sugiro que acesse o endereço:
http://www.arquivoxiasd.com.br/evang3.htm
Em 1898, é publicada a
primeira edição do livro Desejado de Todas as Nações onde ela declara, entre
outras coisas, que, em Cristo, há vida original, não derivada. Ellen White é o
ponto decisivo para o entendimento da Divindade para os adventistas do sétimo
dia.
Quanto a esta
declaração de EGW sugiro que acesse o endereço:
http://www.arquivoxiasd.com.br/parte6.htm
(ver em Comentários e Questionamentos, item nº 2).
Outro fator também
relevante foi o falecimento da maioria dos líderes unitarianos até o início da
primeira década do século XX.
Exato! A inclusão do
dogma da Trindade nas crenças fundamentais dos adventistas só ocorreu após a
morte dos pioneiros, inclusive Ellen White (1915). O que você me diz de uma
igreja que procede desta maneira? Tal fato é ainda mais preocupante quando
temos declarações de EGW que diziam:
“Os pontos principais da nossa
fé, tal como temos hoje, foram firmemente estabelecidos. Ponto por ponto foi
claramente definido e toda a irmandade veio em harmonia. A inteira congregação
de crentes está estabelecida na verdade. Há aqueles que vieram com estranhas
doutrinas, mas nós não tememos encontrá-los. Nossa experiência foi maravilhosa
e estabelecida pela revelação do Espírito Santo.” Ellen White - MS. 1903
“Nós não podemos aceitar as
palavras daqueles que trazem mensagens contradizendo os principais pontos da
nossa fé. Eles juntam um mundo de textos e uma pilha de provas que sustentam as
suas teorias. Isso tem acontecido sempre nos últimos 50 anos. Enquanto as
Escrituras são a Palavra de Deus e devem ser respeitadas, se o que eles mostram
altera um pilar do fundamento que Deus tem sustentado nesses passados 50 anos,
é um grande engano. Os que recebem essas explicações sabem das maravilhosas
demonstrações do Espírito Santo, que nos deu poder e força nas mensagens do
passado, que vieram ao povo de Deus.” Ellen White,
1905, Manuscript Release No. 760: The Integrity of the Sanctuary Truth, pages
18-20
“Nenhum alfinete deve ser
removido no que o Senhor estabeleceu. Nós encontraríamos segurança em menos do
que o Senhor nos tem dado nesses últimos cinqüenta anos?” Review and Herald, 05/Maio/1905
É em parte por isso que a
IASD retardou sua visão missiológica por cerca de 57 anos (1901).
O que o Pr.Luiz Nunes
quer dizer com “visão missiológica”?
As declarações de fé dos adventistas
ao longo de sua história demonstram uma clara mudança sobre o assunto. Foi,
contudo, em 1931, que os adventistas afirmaram a Divindade como três pessoas
co-eternas, onipotentes. onipresentes e oniscientes.
Novamente exato! Esta
afirmação trinitariana foi feita nas crenças fundamentais do Year Book deste
ano.
Depois, o relatório da
Conferência Bíblica de setembro de 1952 deixou confirmada a plenitude da
divindade de Cristo como aparece no livro Our Firm Foundantion.
Novamente o mesmo
equívoco já denunciado: misturar anti-trinitarianismo com a crença na plenitude
da divindade de Cristo.
Cinco anos depois (1957),
publicou-se o livro Questions on Doctrine preparado por um representativo grupo
de líderes e eruditos adventistas do sétimo dia, apresentando ao mundo
evangélico um claro perfil evangélico da doutrina adventista do sétimo dia. E,
em 1971, o pastor LeRoy E. Froom pôs na mão da igreja sua discutida análise
sobre 1888. enquanto contribuía decisivamente para o estabelecimento final do
conceito de Trindade, da plenitude da divindade de Cristo e da personalidade
divina do Espírito Santo.
Você sabe como
LeRoy E. Froom fez a sua “grande contribuição” a favor da Trindade para a
Igreja Adventista?
Caso queira
saber, acesse o endereço:
http://www.arquivoxiasd.com.br/fatos.htm
Conceitos esses
confirmados, posteriormente, pela declaração das Crenças Fundamentais, votada
na Assembléia Geral de l980, em Dallas.
Você já se
perguntou como uma mudança tão importante e significativa aconteceu sem que a
maioria dos membros da igreja tivessem conhecimento?
Caso queira
saber acesse o endereço:
http://www.arquivoxiasd.com.br/parte4.htm
Dessa forma este aspecto da crise
cristológica estava suplantado.
Crise cristológica? A
crise é em torno da trindade! Mas a intenção do Pr.Luiz Nunes durante todo o
seu artigo parece ter sido bem clara: confundir o problema trinitariano com o
conceito da divindade de Cristo, para que as pessoas entendam que qualquer
pessoa que negue a trindade estará também negando a divindade de Cristo.
(Artigo extraído da
REVISTA TEOLÓGICA do SALT - IAENE, Vol. 1, Janeiro - Junho 1997, número 1,
páginas 26 a 30)
Para reflexão:
“A mensagem do Senhor claramente nos adverte: O inimigo das almas
nos trás a impressão que uma grande reforma está tendo lugar entre os
Adventistas do Sétimo-dia, e essa reforma consistiria em abandonar as doutrinas
que são as bases da nossa fé, num processo de reorganização. Em que essa
reforma que teria lugar vai resultar? Os princípios da verdade que Deus na sua
sabedoria tem dado a igreja remanescente seriam descartados. Nossa religião
seria mudada. Os princípios fundamentais que tem sustentado a obra nos
últimos 50 anos seriam tidos como erro. Uma nova organização seria
estabelecida. Livros da nova ordem seriam escritos. Um sistema de filosofia
intelectual seria introduzido. Os fundadores desse sistema iriam às cidades e
fariam um maravilhoso trabalho. O sábado de fato seria relaxado, na forma como
ele foi criado. Nada resistiria ao novo movimento. Ele criaria dependência na
força de homens, que sem Deus não valem nada. A sua fundação seria feita na areia,
e a tempestade e o vento banirão essa estrutura.” Ellen G. White, Selected Messages,
Book 1, Páginas. 205 e 205
“Quando o homem vier mover um alfinete do nosso fundamento o qual
Deus estabeleceu pelo seu Santo Espírito, deixe os homens de idade que foram os
pioneiros no nosso trabalho falar abertamente, e os que estiverem mortos falem
também, reimprimindo os seus artigos das nossas revistas. Juntemos os raios da
divina luz que Deus tem dado, e como Ele guiou seu povo, passo a passo no
caminho da verdade. Esta verdade permanecerá pelo teste do tempo e da
experiência.” 24 de Maio de 1905 - Manuscript Release Vol.1, pág.55.
“Permita os pioneiros identificarem a verdade.- Quando o poder de
Deus testifica o que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como
verdade. Não depois de suposições, contrárias a luz que Deus tem dado para ser
recebida. Surgirão homens com interpretações das Escrituras que para eles é a
verdade, mas não é a verdade. A verdade para esse tempo Deus tem dado como um
fundamento para a nossa fé. Ele Mesmo nos falou a verdade. Um após outro vai
aparecer com uma nova luz que contradiz a luz que Deus tem dado pelo seu Santo
Espírito.” Ellen
White, 1905, Counsels to Writes and Edictores, págs. 31 e 32