Parte 2 – Nisto Críamos
1) Declarações dos Pioneiros
Para sabermos em que
criam os pioneiros teremos que pesquisar e analisar suas declarações nos
artigos que escreveram.
O principal e mais
importante periódico da Igreja Adventista do Sétimo Dia chamava-se “The Advent
Review and Sabbath Herald”, conhecido popularmente como “Review and Herald”, e
equivale a nossa Revista Adventista atual.
As declarações estão expostas
em ordem cronológica.
Analisemos uma a uma:
JOSEPH BATES - 1827
Joseph Bates
wrote regarding his conversion in 1827, “Respecting the trinity, I concluded
that it was impossible for me to believe that the Lord Jesus Christ, the Son of
the Father, was also the Almighty God, the Father, one and the same being.”
Tradução:
Joseph Bates escreveu com relação a sua conversão em 1827, “Com
respeito à Trindade eu concluí ser impossível acreditar que o Senhor Jesus Cristo,
o Filho do Pai, como também o Todo Poderoso Deus, o Pai, são um e o mesmo Ser.”
Analise o contexto de onde a declaração acima foi tirada:
“Meus pais eram
membros de muitos anos da igreja Congregacional, com quase todas as crianças
convertidas desde o inicio. E ansiosamente esperavam que eu também me unisse a
eles. Mas eles abraçaram alguns pontos na fé que eu não podia entender. Eu só
nomearei dois destes pontos: o modo de batismo por aspersão, e a doutrina da
Trindade.
Meu pai, que tinha
sido diácono por muitos anos na igreja, esforçou-se para me convencer que eles
tinham razão em seus pontos doutrinários. … Com respeito à Trindade, eu concluí
que era uma impossibilidade acreditar que o Senhor Jesus Cristo, o Filho do
Pai, também era o Deus Todo-poderoso, o Pai, um e o mesmo ser. Eu disse a meu
pai: “Se o senhor puder me convencer que nós somos a mesma pessoa dentro deste
conceito, o de que você é meu pai, e eu seu filho; e também que eu seja seu
pai, e você meu filho, então eu posso acreditar na Trindade.” Joseph Bates, 1868, A
Autobiografia do Ancião Joseph Bates (The Autobiografyhy of Elder Joseph
Bates), pág. 204.
Em uma carta que Joseph Bates escreveu para Guilherme
Miller, ele disse:
“Uma coisa mais:
Muita zombaria é feita sobre esses que estão em nossa companhia e que
participam do grupo dos Shakers. Eu digo que é primeiro uma vergonha para eles,
ter orado tão claramente e distintamente pela breve vinda pessoal
de nosso Senhor Jesus Cristo para juntar os santos - e assim mesmo
acompanham os Shakers em sua crença de que Ele (Jesus) entrou espiritualmente
na Mãe deles, Ann Lee, mais de setenta anos atrás. Isto, sem dúvida em minha
mente, é devido ao ensino prévio dado a eles, e a convicção que eles têm de uma
doutrina chamada Trindade. Como você pode achar falta na fé deles enquanto
você estiver ensinando a mesma essência disso. Esta doutrina que
nunca será entendida? Para o conforto e fé deles, e claro que para o seu
próprio, você diz ‘Cristo é Deus, e Deus é amor.’ Como você não deu nenhuma
explicação, nós entendemos que isto veio de você como uma exposição
literal da palavra; …
Nós acreditamos
que Pedro e Seu Mestre dele resolveram esta questão definitivamente, Mat.
16:13-19; e eu não posso ver por que Daniel e João não tem
completamente confirmado que Cristo é o Filho, e nem Deus o Pai. Como
pode então Daniel explicar a visão dele do 7º capítulo de seu livro, se
‘Cristo era Deus.’ Aqui ele vê um ‘como o Filho (e não pode ser provado que
era outra pessoa) do homem, e havia determinado e foi dado
Ele Domínio, e Glória, e um Reino;’ pelo Ancião de Dias. O mesmo
Ancião João descreve sentado em um trono com um livro na mão direita dele, e
ele viu a Jesus distintamente diante do trono, e tirou o livro da mão dele que
assentado estava no trono. Agora se é possível fazer estas duas transações
completamente diferentes aparecer em uma pessoa, então eu poderia acreditar que
Deus morreu e foi enterrado em vez de Jesus, e Paulo estava enganado
quando ele disse, ‘Agora o Deus de paz que trouxe novamente da morte o
Senhor Jesus que é o grande pastor da ovelha’; e que Jesus também não quis
dizer o que ele disse quando ele afirmou que ele veio de Deus, e ia para Deus,
etc; e muito mais, se necessário, para provar o absoluto absurdo de
tal fé.” -
Uma carta escrita por Joseph Bates a William Miller, 1848, Experiência Passada
e Presente (A letter written by Joseph Bates to William Miller, Past and
Present Experience) Página 187. Tradução: Davi Souto.
JAMES WHITE
– 24 de janeiro de 1846
Tradução:
A forma
espiritualista pela qual negam a Deus como o único Senhor, e Jesus Cristo está
numa primeira posição, constitui um antigo credo trinitariano, fora das
escrituras; que Jesus é Deus eterno. No entanto não existe passagem das
escrituras que dê suporte isso. Temos testemunhos bíblicos em abundância que
ele é Filho do Eterno Pai.
J.N. ANDREWS
– 05 de agosto de 1852
Tradução:
“... está
tão longe da verdade como a velha e absurda doutrina trinitariana na
qual diz que Jesus é verdadeiramente o Deus eterno”
J.B.
FRISBIE – 04 de abril de 1854
Tradução:
“Razões Católicas
Para Guardar o Domingo”
1. Porque também é chamado na antiga denominação Romana o “Dies Solis”, o dia
do sol o qual era sagrado.
2. Porque é em
louvor à santíssima Virgem Maria.
3. Porque é o dia
dedicado pelos apóstolos em louvor à Santa Trindade.
4. Porque Jesus
nasceu num domingo.
5. Porque
Jesus ressuscitou dos mortos num domingo.
J.N.
ANDREWS – 06 de março de 1855
Tradução:
A doutrina da Trindade
foi estabelecida na igreja pelo concílio de Nicéia 325 AD. Essa doutrina
destrói a personalidade de Deus e seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. A forma
infame como foi imposta à igreja, aparece nas páginas da história eclesiástica,
que causa aos que acreditam na doutrina corar de vergonha.
JAMES WHITE
– 11 de dezembro de 1855
tradução:
“Mas, a fábula
Pagã e Papal da natural imortalidade, fez do maior inimigo do homem, a morte, a
porta para a felicidade eterna, e deixa a ressurreição como uma coisa de
pequena significação. É a base do espiritualismo moderno.
Aqui nos devemos
mencionar a Trindade que acaba com a personalidade de Deus, e de seu
Filho Jesus Cristo, e o batismo por aspersão que em vez de sepultar em Cristo
no batismo, em significado da sua morte. Mas nós saímos destas fábulas para
encontrar outra, que é sagrada para quase todos os cristãos, católicos e
protestantes. É a, (5.) a mudança do sábado do quarto mandamento, do sétimo
para o primeiro dia da semana. O festival pagão do domingo ... ”
JAMES WHITE
– 07 de fevereiro de 1856
Tradução:
“A grande falta da
Reforma foi que os reformadores pararam de reformar. Se tivessem levado
avante, não teriam deixado nenhum vestígio do papado atrás, tal como a natural
imortalidade, batismo por aspersão, a trindade, a guarda do domingo, e a
igreja agora estaria livre de erros escriturísticos.”
Esta é uma publicação
bem do início da Igreja Adventista. Trata-se de uma seção de perguntas e
respostas e no final da resposta está a sigla J.W.
O redator da Revista era Urias
Smith e os editores correspondentes: J.N.Andrews, James White, J.H.Waggoner,
R.F.Cottrell e Stephen Pierce. A sede da publicadora era em Battle Creek,
Michigam. A pergunta formulada pelo leitor é a seguinte:
“M.H. Porque a igreja caiu
em muitos erros depois dos dias dos apóstolos? Não é porque ela não andou na
luz da palavra? Certamente não é porque a Bíblia ou seus autores mudaram.
...”
D.W. Hull – 10 de
novembro de 1859
Tradução:
“A inconsistente posição mantida em relação à
Trindade, sem dívida é a causa de muitos outros erros. Errôneos pontos
de vista da divindade de Cristo, levam a erros quanto à expiação. Vendo a
expiação num quadro arbitrário, (e todos devem acreditar assim, os que
acreditam que Jesus é Deus eterno) levam a conclusões arbitrárias a uma ou duas
classes de pessoas: Os que crêem na predestinação e universalismo, (e
correlatos).
A doutrina que
propomos examinar foi estabelecida pelo concílio de Nicéia, 325 AD. e desde
esse período, as pessoas que não acreditam nela são denunciadas pelos
sacerdotes e papas como perigosos heréticos. Isso para tornar anátema os
chamados arianos. (os que acreditavam na doutrina de Ário) AD 513.
Nós não
conseguidos seguir para trás essa doutrina, que teve origem no “Homem do
Pecado” e nós encontramos esse dogma estabelecido através da força, ao
contrário do direito de investigar nas Escrituras esse assunto.
Aqui encontramos
uma pergunta que é freqüentemente feita: Você acredita na divindade de Cristo?
Inquestionavelmente, a maioria de nós acredita. Mas nós não acreditamos como
a igreja M. E. que ensina, que Cristo é verdadeiramente o Deus eterno, e ao
mesmo tempo homem; ...”
Observe o termo “Homem
do Pecado” tirado de II Tessalonicenses capítulo 2 e verso 3 usado em relação à
invenção da doutrina da trindade.
J.N. Lougborough –
05 de novembro de 1861
Tradução:
“Esta doutrina da Trindade
foi trazida para a igreja no mesmo tempo em que a adoração de imagens, e a
guarda do domingo e não é mais do que a doutrina dos persas remodelada.”
JAMES WHITE
– 10 de novembro de 1863
Tradução:
A Doutrina da Trindade Degrada a Expiação
O grande equívoco dos trinitarianos, ao argumentarem esse assunto, parece ser
esse: Eles não fazem diferença entre negar a Trindade e negar a divindade de
Cristo. Eles só vêem os dois extremos em que está a verdade; tomam cada
expressão referente à preexistência de Cristo como uma prova da Trindade. As
Escrituras ensinam abundantemente a preexistência de Cristo e a sua divindade,
mas são inteiramente silenciosas quando à Trindade. A declaração que o divino
Filho de Deus não morre, está tão longe dos ensinamentos da Bíblia como as
trevas da luz. Eu perguntaria aos trinitarianos: A qual das duas naturezas
devemos a redenção? A resposta seria obviamente a natureza que morre e que
derramou seu sangue por nós; “pela qual tivemos redenção pelo seu
sangue”. Então fica evidente que unicamente a natureza humana morre, e o
nosso redentor é unicamente humano. O divino Filho de Deus não teve parte na
nossa salvação, pela qual não morreu e nem sofreu. Eu estava certo, quando
disse que a doutrina da Trindade degrada a expiação, trazendo o
sacrifício, o sangue pelo qual fomos comprados, para baixo num padrão de
comprometimento.
R.F. Cottrell – 06 de julho de 1869
Tradução:
“Sustentar a
doutrina da Trindade, não é mais que uma evidência da intoxicação pelo vinho
que todas as nações beberam. O fato dessa ser uma das principais doutrinas,
senão a principal, pela qual o bispo de Roma foi exaltado ao papado, não
recomenda muito em seu favor. Isto deveria fazer alguém investigar por si
mesmo, como quando os demônios fazem milagres para provar a imortalidade da
alma. Se eu nunca duvidei antes, agora eu tenho que ir até o fundo para provar
.... ”
O Pastor Cotrell era
redator da Revista Adventista e era quem preparava as primeiras lições da
escola sabatina.
JAMES WHITE
– 06 de julho de 1869
Tradução:
“Que uma
pessoa seja três pessoas, e que três pessoas sejam uma só pessoa, é uma doutrina
que nós podemos proclamar ser um doutrina contrária à razão e ao senso comum.”
Não parece que existe algo de estranho?
Ellen
White fez uma guerra contra o livro do Dr. Kelloggs, por descaracterizar Deus
pelo panteísmo, e nunca disse uma palavra sequer reprovando esses pioneiros que
combatiam a Trindade?
Supondo
a Trindade como uma concepção correta sobre Deus, por que ela nunca procurou
corrigir o pensamento destes homens, entre eles seu esposo, que eram tão
enfáticos em denunciar a Trindade como uma mentira inventada pelo papado?
Mas o
que encontramos de Ellen G. White são estas orientações:
“Deus me tem dado luz acerca dos nossos
periódicos. O que é isto? Ele falou que os mortos hão de falar; como? As suas
obras os seguirão. Nós estamos repetindo as palavras dos pioneiros em nosso
trabalho; de quem sabe quanto custa procurar pela verdade como um tesouro
escondido. Eles avançaram passo por
passo sob a influência do Espírito de Deus. Um por um desses
pioneiros já morreu. A palavra que me foi dada é: Faça com que, o que esses
homens escreveram no passado, torne a ser escrito.”
“Quando o homem
vier mover um alfinete do nosso fundamento o qual Deus estabeleceu pelo seu Santo
Espírito, deixe os homens de idade que foram os pioneiros no nosso trabalho
falar abertamente, e os que estiverem mortos falem também, reimprimindo os seus
artigos das nossas revistas. Juntemos os raios da divina luz que Deus tem dado,
e como Ele guiou seu povo, passo a passo no caminho da verdade. Esta verdade
permanecerá pelo teste do tempo e da experiência.”
24 de Maio de 1905 - Manuscript
Release Vol. 1 pág. 55.
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