Parte 3 – Começam as mudanças
O marco inicial da
doutrina da trindade na Igreja Adventista está estabelecido no ano de 1892
(Dois anos antes daquela famosa Assembléia da Conferência Geral em Battle Creek
que aprovou oficialmente as principais crenças dos adventistas e um ano depois
que Ellen White havia partido de mudança para a Austrália).
Em fevereiro deste ano
foi publicado um folheto contendo a transcrição de um artigo escrito para o
jornal “New York Independent” em 14 de novembro de 1889, de autoria de um Bispo
Episcopal (Episcopal Priest) do Brooklin (Notem! Um Bispo Episcopal!)
chamado Samuel T. Spear.
Este Bispo Episcopal
tinha conquistado a simpatia da administração adventista ao escrever um livro
defendendo a separação da religião do estado intitulado “Religion and the
State”; assunto de grande interesse para os adventistas que mantinham uma seção
permanente na Review and Herald (Revista Adventista) tratando dele.
Este folheto tinha 13
páginas e fazia parte de uma série de folhetos mensais vendidos para os membros
da igreja, com um assunto diferente a cada mês. Não se tratava de folhetos
distribuídos gratuitamente para evangelização, mas de folhetos vendidos 2 cents
de dólar cada um.
Apesar do título ser “A
Doutrina Bíblica da Trindade”, seu conteúdo apresenta claramente Jesus Cristo
como subordinado ao Pai, não sendo desta forma exatamente a doutrina da
trindade como ensinada pela igreja católica, mas com um título que apresenta a
doutrina da trindade como bíblica.
Poderíamos comparar
este episódio em nossa igreja no passado, com a recente publicação do livro
“Confesions of a Nomad” publicado pela Pacific Press (Editora Adventista), que
faz apologia ao domingo.
Não sabemos o que levou
os administradores naquela época a publicarem tal folheto. Talvez uma forma de
demonstrarem gratidão e homenagearem a alguém que havia contribuído de certa
forma com a causa adventista (quando o folheto foi impresso, Samuel Spear já
era falecido). Mas também hoje não sabemos o que levou os administradores da
Pacific Press a publicarem recentemente um livro que fere nossas convicções de
fé (interesses financeiros?).
Obs.: O livro “Trindade” admite este marco inicial, mas
esconde o fato de se tratar de pensamentos de um Bispo da igreja Episcopal.
Conforme comentários no
livro “A Mensageira do Senhor”, Ellen White censurou especificamente as
publicações da igreja que traziam doutrinas católicas.
As citações abaixo
foram extraídas deste livro (pág.364 e 363):
Nos textos que acabamos de ver, comentam-se os
problemas havidos na principal editora adventista na década que antecedeu ao
incêndio que a destruiu completamente como castigo divino.
Traz também a
data do incêndio (30/12/1902) e a informação de que Deus os advertira por dez
anos: 1902 - 10 = 1892, o ano da publicação do tal folheto sobre a Trindade!
Note que no final do segundo parágrafo, há uma referência
(nº 16) para o fato de a Sra. White havê-los alertado para “manter a editora
dentro de seu propósito pretendido”.
Agora, observe o texto abaixo (pág.369) e terá a
comprovação de que o incêndio também ocorreu porque eles, entre outras coisas,
estavam publicando “livros que divulgam as doutrinas católicas”.