TRINITARIANISMO

 

A mais predominante de muitas falsas doutrinas referentes à unidade de Deus é o trinitarianismo. Este erro se insinuou para dentro da Igreja pelo paganismo e manteve seu lugar na teologia através do governo totalitário dos imperadores romanos e da Igreja Católica Romana. Os reformadores Protestantes saíram da igreja papal mas trouxeram consigo algumas doutrinas pagãs. Juntamente com falsas doutrinas como imortalidade da alma, batismo infantil, aspersão, eles também retiveram o falso ensino da trindade. A reforma foi boa até o ponto em que mais uma vez chamou a atenção do homem para a Palavra de Deus, e na restauração de doutrinas Bíblicas rejeitadas ao seu próprio lugar na igreja. A reforma, contudo, não foi longe o bastante. Muitos erros da Igreja Romana foram retidos. Outra reforma se faz necessária hoje, para livrar a Igreja de todos os erros pagãos e retornar às verdadeiras doutrinas da Bíblia.

 

I -DEFINIÇÃO DE TRINDADE

 

Trindade é a crença na existência de um Ser divino que subsiste em três pessoas, Pai, Filho e Espírito. O dicionário Webster define a palavra: “A união de três pessoas ou hipóstases (o Pai, o Filho, e o Espírito Santo) numa Divindade, de modo que todos os três são um Deus, com relação à substância, mas três pessoas ou hipóstases com relação à individualidade’’. (Webster’s Collegiate Dictionary, [F] 5ª edição). Trinitarianos não crêem que as três pessoas são uma pessoa ou que as três pessoas são três Deuses. Eles crêem em três pessoas que constituem um Deus.

 

II- TRÊS PROPOSTAS  ENVOLVIDAS

 

Existem três propostas primárias envolvidas na doutrina da Trindade. Estes três pontos são:

 

(1) A unidade composta de Deus.

(2) A divindade do Pai, do Filho e do Espírito.

(3) A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito.

 

O fracasso na prova de qualquer uma destas três propostas, resultará no colapso desta teoria. Para refutar a trindade, entretanto, necessita-se estabelecer apenas um dos seguintes três fatos:

 

(1) A unidade simples de Deus.

(2) Jesus não é  Deus. [Nota do Editor do Arquivo X: Entendemos que esta afirmação só é verdadeira caso a palavra “Deus” seja entendida como identificando Deus o Pai, pois, cremos na plena divindade de Cristo como o Filho de Deus, aquele que no princípio estava com “Deus” e era Deus – João 1:1]

(3) O Espírito não é uma pessoa.

 

1-      A Unidade Composta de Deus: Os trinitarianos afirmam acreditar na unidade de Deus. Caso eles não afirmassem acreditar que Deus é único, sua doutrina seria revelada como não passando de politeísmo.

 

Os trinitarianos, entretanto, não crêem na unidade de Deus como ensinada na Bíblia. Eles rejeitam a verdade bíblica de que existe apenas uma pessoa que é Deus. Negam a simples unidade de Deus, insistindo que a unidade de Deus é composta. Advogam que existe uma única substância, uma inteligência e um propósito na Divindade mas que três pessoas eternamente co-existem daquela essência única e exercitam aquela única inteligência e único propósito. Dizem eles que a unidade de Deus refere-se  à sua substância, essência ou ser.

 

2-      A Divindade do Pai, do Filho e do Espírito: O segundo ponto que os trinitarianos buscam estabelecer é que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito é Deus. Tentam mostrar que cada um é mencionado como sendo Deus e que cada um possui atributos e obras de Divindade.

 

Também afirmam que os três são iguais em todas as formas, a única diferença é que eles são distinguidos por certas propriedades individuais, a saber, o Filho é gerado pelo Pai, e o Espírito procede do Pai e do Filho.

 

3-      A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito: Como o terceiro ponto, os trinitarianos procuram provar que o Pai é uma pessoa, que o Filho é uma pessoa, e que o Espírito também o é. Cada um tem uma personalidade distinta dos outros dois.

 

Entretanto, cada pessoa é admitida como possuindo toda a essência divina e todos os divinos atributos. Cada pessoa da trindade é admitida como completamente Deus dentro de Si  mesma. As três  pessoas juntas, compartilham em comum a essência única, todos os atributos, uma substância, uma inteligência e um propósito.

 

III- ORIGEM HISTÓRICA DESSA DOUTRINA

 

1-      Não mencionada na Bíblia - O trinitarianismo não é uma doutrina Bíblica. Esta teoria não é mencionada tampouco ensinada na Bíblia. As palavras “trindade” e “triúno” jamais foram usadas pelos escritores da Palavra de Deus. A doutrina da trindade era desconhecida pelos Israelitas do Velho Testamento e pelos Cristãos do Novo Testamento. Esta teoria não foi formulada até muitos anos após a morte do último apóstolo. Não há autoridade bíblica para a trindade; o que ocorre é que os Teólogos lêem nas entrelinhas das Escrituras na busca pela trindade, torcendo os textos Escriturísticos tentando o apoio à sua teoria, mas ainda a verdade de que a doutrina da trindade não é ensinada pela Bíblia, permanece.

 

Graham Greene, um Inglês convertido ao Catolicismo, escreveu um artigo para a revista “Life” em apoio ao dogma na Igreja Católica concernente à ascensão de Maria aos céus. Neste artigo, ele admitiu não haver autoridade bíblica para a trindade:

 

“Nossos oponentes às vezes afirmam que nenhuma doutrina deve ser sustentada dogmaticamente que não esteja explicitamente exposta na Escritura (ignorando que é somente pela autoridade da Igreja que reconhecemos certos Evangelhos e não outros como verdadeiros). Mas as Igrejas Protestantes, elas mesmas, aceitam tais dogmas como a trindade, para a qual, não há uma precisa autorização nos Evangelhos.” (Graham Greene “The Catholic Church’s New Dogma: The Assumption of Mary,” Life, 30/10/50,pg.51)

 

A doutrina da trindade além de não ser bíblica é também anti- bíblica. Não somente é verdade que a Bíblia não apóia tal teoria como também o ensino da palavra de Deus é diretamente oposto à ela. A Bíblia claramente afirma a verdade da não-composta unidade de Deus, que é o Pai. Ela afirma que Jesus é o Filho de Deus, não o próprio Deus; também nos revela que o Espírito é o poder impessoal de Deus.

 

2-      Origem pagã - A doutrina da trindade é de origem pagã. A trindade, assim como a falsa doutrina da imortalidade da alma, se insinuou para dentro da teologia da Igreja gradativamente durante os primeiros séculos da era da Igreja. Pagãos que aparentemente não estavam, completamente convertidos tornaram-se membros da Igreja visível. Como esses homens assumiram lugares de liderança como professores e teólogos, a teologia da Igreja gradualmente paganizou-se. Os ensinamentos da Bíblia foram reinterpretados e ajustados para se adaptarem aos ensinamentos da filosofia pagã.

 

Tríades de divindades prevaleciam na mitologia pagã. Embora muitos deuses fossem adorados em nações politeístas, geralmente havia três divindades que eram consideradas mais importantes. O hinduísmo cria em uma essência Brâhmane expressa em três personalidades: Brahma, o Criador; Vishnu, o preservador, e Shiva, o destruidor. O Zoroastrismo Persa cria em Ahura Mazda, a divindade boa, Angra Manya, a divindade má, que eram expressões de Mitra, a primeira grande causa. Confúcio, segundo é relatado, escreveu: “Tao (Deus) é por natureza único; o primeiro gerou o segundo; ambos em conjunto deram origem ao terceiro; estes três, criaram todas as coisas.”

 

Osíris, Ísis e Neftís parecem haver formado uma tríade de divindades no Egito. Na Babilônia, havia Ea, o deus dos resíduos aquosos, Enlil, o senhor das tempestades, e Anu, o senhor dos céus. Na Grécia, as três divindades entre as muitas sobre o Monte Olimpo eram Zeus, Hera e Atena. A tríade  de divindades que os romanos adoravam sobre o monte do Capitólio era constituída de Júpiter, Juno e Minerva. As divindades mais importantes dos Germanos eram Odin, Tró e Freyr. Platão personificou três eternos princípios: Bondade, Intelecto e a Alma de tudo. A filosofia pagã de Platão que permeava o pensamento grego e romano, foi o fator principal que possibilitou a entrada de tais falsas doutrinas como a imortalidade da alma e a trindade na religião Cristã.

 

Embora a trindade do paganismo e a trindade do pseudo-cristianismo não eram idênticos em todos os precisos detalhes de definição, está aparente que uma originou-se da outra.

 

3-      Primeiro uso da palavra - O primeiro uso da palavra “trindade” em sua forma grega ‘trias’ foi de autoria de Teófilo, que tornou-se bispo de Antioquia da Síria, no oitavo ano do reinado de Marco Aurélio (168 a.C.). Ele usou a palavra no segundo dos três livros que escreveu endereçados ao seu amigo Autólico. Comentando o quarto dia da criação no Gênesis, ele escreveu: ”Da mesma maneira também os três dias que foram antes dos luminares, são tipos da trindade, de Deus, de sua palavra, e Sua sabedoria.” (Teófilo, “Para Autólico”, The Ante-Nicene Fathers)

 

Tertuliano (160-220 a.D.) foi o  primeiro à usar a palavra latina “trinitas”. Educado em Roma e presbítero em Cártago, Tertuliano lançou as bases da Teologia Latina, a qual mais tarde foi apoiada por Cipriano e Agostinho. Embora tenha denunciado Platão como filósofo herege, Tertuliano expressou sua teologia nos termos da filosofia de Platão. Ele estava entre os primeiros à ensinar a imortalidade da alma e a tortura eterna dos ímpios. A trindade e a imortalidade    da   alma   foram desenvolvidas e formuladas  dentro de um sistema de teologia por Agostinho.

 

Os escritos de Agostinho tornaram-se a teologia básica da Igreja Católica Romana. Tertuliano menciona a trindade em seu livro escrito contra Praxeas que apoiava a teoria monarquiana. Ele escreveu: “O mistério da dispensação ainda está guardada, que distribui a Unidade numa trindade, colocando em sua ordem as Três Pessoas - o Pai, o Filho e o Espírito Santo.” (Tertuliano. “Contra Praxeas,” - The Anti-Nicene Fathers)

 

IV-  CONTROVÉRSIA  ÁRIO-ATANASIANA

 

Atenção específica foi centralizada sobre a doutrina da trindade no início do quarto século como resultado de uma controvérsia entre dois líderes da Igreja em Alexandria, Ario (256-336) e Atanásio (293-373). Ario mantinha que Jesus, embora grande, era em algumas formas inferior à Deus. Atanásio, pelo contrário, afirmava que Cristo era igual à Deus em todos os modos.

 

Em 318 a.D., a controvérsia veio a tona. Ario afirmou que se Jesus era realmente Filho de Deus, então deveria ter havido um tempo em que havia um Pai, mas nenhum Filho. O Pai, portanto, era maior do que o Filho. Num Concílio da Igreja local celebrado em 321 a.D., Ario e seus colaboradores foram excomungados da Igreja por causa de sua opinião. Ario, entretanto, tinha muitos amigos e seguidores em todas as Igrejas da Cristandade. A falsa teoria da trindade não alcançou rapidamente uma posição dominante na Igreja. Pelo mesmo tempo em que a controvérsia entre Ario e Atanásio estava assolando as Igrejas, o imperador Constantino tornara-se o maior partidário do Cristianismo.

 

O imperador considerava a Igreja como uma grande força unificadora e estava ansioso para que o Cristianismo se tornasse a religião universal do Império Romano. Ele queria evitar todas as lutas internas da Igreja, arrazoando que deveria haver uma Igreja unida a fim de existir um império unificado.

 

Buscando restaurar a unidade às Igrejas, Constantino convocou uma reunião de um Concílio geral da Igreja à ser celebrado na cidade de Nicéia, em 325 a.D. Bispos e o clero de todas as Igrejas foram convidados para assistirem ao Concílio com todas as despesas pagas pelo imperador. O Concílio de Nicéia, entretanto, foi um Concílio de Igrejas na seção oriental do império. Enquanto é dito que compareceram ao Concílio 318 bispos além de oficiais eclesiásticos menores, não haviam sequer dez bispos do oeste presentes ao Concílio. O Concílio não era verdadeiramente representativo da Igreja inteira.

 

Eusébio, conhecido como o Pai da história da Igreja, no início do Concílio ofereceu um credo de acordo que usava a linguagem da Escritura em vez dos termos filosóficos usados por Atanásio. Os seguidores de Atanásio perceberam que um voto para Eusébio era realmente um voto para Ario, porque a Bíblia não confirma nada à respeito da doutrina da trindade. O compromisso de Eusébio, entretanto, foi rejeitado. O imperador Constantino, embora ignorante com relação aos fatos teológicos que estavam então em discussão, mas ansioso por alcançar unidade, apoiou Atanásio. A maioria dos bispos presentes assinaram então finalmente o credo formulado pelo grupo Atanasiano.  Aqueles que não assinaram, incluindo Ario, Eusébio de Nicomédia e Teognis de Nicéia, foram banidos e seus livros queimados publicamente.

 

Isto, entretanto, não foi o fim. O debate prosseguiu por quarenta e seis anos. Ario e seus colaboradores foram chamados de volta do exílio dentro de três a cinco anos após o Concílio de Nicéia. Atanásio foi deposto por um grande Concílio em Tiro em 335 a.D.,  sendo deportado para Gaul.  Ario  morreu em 336. Durante os anos que se sucederam, os seguidores de Ario e Atanásio alternadamente foram banidos e chamados de volta, já que vários imperadores que governavam o império favoreciam ou uma ou outra teoria. O trinitarianismo não tornou-se a dominante e “ortodoxa” doutrina da cristandade até que Teodósio tornou-se imperador (379). Teodósio foi o imperador que fez do cristianismo a religião estatal. A união da Igreja e estado pavimentaram o caminho para a ascensão da Igreja Católica Romana.

 

Teodósio convocou um Concílio em Constantinopla, que se reuniu em 381 a.D.  Foi assistido por cerca de cento e cinqüenta bispos do oriente. No credo adotado, o trinitarianismo foi feito doutrina oficial da Igreja nas fronteiras do império. Todos os que discordaram foram expulsos de seus púlpitos e excomungados de suas Igrejas. Era o regime totalitário dos imperadores romanos e mais tarde da Igreja Católica Romana que possibilitaram a doutrina da trindade manter seu lugar numa teologia pervertida.

 

Crentes fiéis, mesmo fora da Igreja Católica Romana, continuaram a crer no ensino bíblico concernente a simples unidade de Deus. A região norte da Europa, convertida pelo grande missionário Ulfilas (Morreu em 381), abraçou  a  doutrina do Cristianismo Ariano que ensinava. Isto foi muitos séculos antes dos Ostrogodos, Visigodos, Burgúndios, Vândalos, Lombardos, e outros povos do norte Europeu terem finalmente se entregado à crença na Trindade, tornando-se eventualmente parte da Igreja Católica Romana. A história da Igreja e a história da doutrina revelam muitos crentes fiéis através de todos os vinte séculos da era Cristã que tem repudiado a teoria da trindade e insistido no ensino bíblico concernente à unidade de Deus.

 

V- TRINITARIANISMO  NOS  CREDOS

 

Durante os anos seguintes à morte dos apóstolos, muitas pessoas diziam ser cristãs mas não aceitavam os ensinos apostólicos. A fim de se determinar os verdadeiros crentes, cada Igreja local, listava certas doutrinas que os conversos cristãos deveriam crer. Estas listas de doutrinas e confissões de fé foram chamados de “credos” de ‘credo’ (Eu creio). Haviam tantos credos, quanto haviam Igrejas, muito possivelmente. O credo dos Apóstolos (Didakê), escrito muitos anos após a morte dos apóstolos e assim chamado pois pretendia incorporar os ensinamentos apostólicos, foi formulado de vários credos de várias Igrejas locais. Foi escrito para que todas as Igrejas locais pudessem ter uma confissão de fé comum.

 

O credo dos apóstolos (gr. Didakê” - ensino) não incluem a doutrina da trindade. Embora sejam mencionados sentenças referentes à Deus, Jesus, e o poder de Deus, o Espírito, a doutrina da trindade não é nem mencionada e tão pouco ensinada.

 

1-      O Credo de Nicéia - Este é o primeiro Concílio à ensinar a trindade. O credo de Nicéia foi originalmente formulado pelo Concílio de Nicéia em 325 a.D. como segue:

 

”Acreditamos em Deus, o Pai, Todo-Poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis,  e no Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, unigênito do Pai, o único, isto é, da essência do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus perfeito do Deus perfeito, gerado, não criado, sendo de uma substância com o Pai; por meio do qual, todas as coisas foram feitas, tanto na Terra como no céu; que por nós homens, e por nossa salvação, desceu e se fez carne, e foi feito homem; Ele padeceu, e no terceiro dia, levantou-se novamente, e ascendeu aos céus, de onde há de vir à julgar os vivos e os mortos; e no Espírito Santo. Mas aqueles que dizem:’Houve um tempo em que Ele não era’, e ‘Ele não era até que foi gerado’ e, ‘Ele foi feito do nada’, ou ‘Ele é de outra substância’ ou ‘essência’, ou ‘O  Filho de Deus é criado’, ou ‘mutável’ ou ‘alterável’ - estes são condenados pela santa Igreja Católica Apostólica.” (Hodge, A.A.Opcit.,pp.115-116)

 

2 -     O Credo Niceno-constantinopolitano - O credo de Nicéia como foi formulado originalmente não é o credo que por esse nome é repetido nas Igrejas hoje. O credo original foi emendado no Concílio de Constantinopla, 381 a.D., e no Concílio de Toledo, Espanha, 589 a.D. O anátema do credo original foi omitido e a porção referente ao Espírito Santo foi aumentada. A Igreja Grega rejeitou este credo porque o mesmo ensinava que o Espírito procedia tanto do Pai como do Filho. A presente forma do Credo Niceno  é a seguinte:

 

”Creio em Deus, o Pai, Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, e de todas as coisas, visíveis e invisíveis; e num Senhor, Jesus Cristo, o filho unigênito de Deus, gerado de Seu  Pai antes de todos os mundos; Deus de Deus, luz da luz, Deus perfeito de Deus, gerado mas não criado, sendo de uma única essência com o Pai, por intermédio de quem todas as coisas foram feitas; que por nós homens e por nossa salvação desceu dos céus, e fez-se carne pelo Espírito Santo, da Virgem Maria, e foi feito homem; foi crucificado também por nós, sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia, levantou-se novamente de acordo com as Escrituras; e ascendeu aos céus, e está assentado à direita de Deus Pai. E virá novamente em glória para julgar aos vivos e aos mortos; cujo reino não terá fim. E creio no Espírito Santo, Senhor e Doador da vida, que procede do Pai e do Filho, o qual juntamente com o Pai e o Filho é louvado e glorificado, que falou pelos profetas. E creio na Igreja Católica e Apostólica, reconheço um batismo para remissão dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo porvir.”

 

3 -     O Credo Atanasiano - Este credo, que é considerado pelos trinitarianos como sendo a mais profunda exposição daquela doutrina que existe atualmente, é assim denominado em honra de Atanásio. Entretanto, Atanásio não escreveu este credo, pois foi escrito muitos séculos após sua morte. Primeiramente, este credo apareceu em Gaul, na escola de Agostinho por volta do sexto ou sétimo século. Enquanto lendo este credo, note as contradições berrantes que o mesmo contém:

 

“1. Quem quer que seja salvo, antes de toda as coisas é necessário que retenha a fé católica.

2.       A qual, a menos que seja mantida íntegra e imaculada por todos, será a razão sem dúvida alguma, pela qual estará perdido para todo o sempre.

3.       Mas, esta é a fé católica: Que adoremos um Deus em trindade, e trindade em unidade.

4.       Nem confundindo as Pessoas, nem dividindo as substâncias.

5.       Pois, há uma pessoa do Pai, outra do Filho e outra do Espírito Santo.

6.       Mas, a divindade do Pai, e do Filho e do Espírito Santo é uma só: a glória igual, a majestade co-eterna.

7.       Tal como o Pai é, também são o Filho e o Espírito Santo.

8.       O Pai não foi criado, tão pouco o Filho e o Espírito Santo.

9.       O Pai é imensurável, o Filho é imensurável, o Espírito Santo é imensurável, como o Filho e o Espírito Santo.

10.     O Pai é eterno, assim como o Filho e o Espírito Santo.

11.     E, entretanto não existem três eternos, mas um eterno.

12.     E também não existem três que não foram criados, nem três imensuráveis, mas um que não foi criado e um imensurável.

13.     Assim, da mesma forma, o Pai é Todo-Poderoso, o Filho é Todo-Poderoso, e o Espírito Santo Todo-Poderoso.

14.     E entretanto, não existem três Todo-Poderosos, mas um Todo-Poderoso.

15.     Assim, o Pai é Deus, o Filho  é Deus e o Espírito Santo é Deus.

16.     Entretanto não existem três deuses, mas um Deus.

17.     Assim, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor e o Espírito Santo é Senhor.

18.     E ainda assim não existem três Senhores, mas um Senhor.

19.     Pois assim como somos compelidos pela verdade cristã a reconhecer todas as Pessoas por Si como sendo Senhor e Deus.

20.     Também somos proibidos pela religião católica de dizer que há três deuses ou três Senhores.

21.     O Pai não foi originado de nada, nem criado, nem gerado.

22.     O Filho é do Pai apenas não feito, não criado mas, gerado.

23.     O Espírito Santo é do Pai e do Filho, não feito, não criado, nem gerado mas, procedente.

24.     Portanto, há um Pai, não três Pais, um Filho, não três Filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos Santos.

25.     E nesta trindade, nenhum é antes ou depois de outro, nenhum é maior ou menor do que o outro.

26.     Mas, todas as três Pessoas são co-eternas, juntas e co-iguais.

27.     De modo que em todas as coisas, como dissemos antes, a Unidade na Trindade, e a Trindade na Unidade deve ser adorada.

28.     Aquele que portanto será salvo, deve refletir sobre a Trindade.

29.     Além disso, é necessário para a salvação eterna, que creiamos também de maneira correta na encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo.

30.     Então a fé correta é, que creiamos e confessamos que Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e homem.

31.     Deus da essência do Pai, gerado antes dos mundos; e Homem, segundo a essência de Sua mãe, nascido no mundo.

32.     Deus perfeito; Homem perfeito, de alma racional e carne humana subsistente.

33.     Igual ao Pai, no tocante à Sua natureza Divina, inferior ao Pai no tocante à Sua natureza humana.

34.     E embora Ele seja Deus e Homem, ainda assim não é dois, mas um Cristo.

35.     Um, não pela conversão da Divindade em carne, mas pela ascensão da Humanidade para Deus (para o interior).

36.     Um, todos juntos não pela confusão da essência, mas pela unidade pessoal.

37.     Pois assim como a alma racional e a carne racional é um homem, também Deus e Homem é um Cristo.

38.     Que padeceu pela nossa salvação, desceu ao Hades, levantou-se dos mortos ao terceiro dia.

39.     Ascendeu aos céus; está assentado à mão direita de Deus, o Pai Todo-Poderoso.

40.     Donde há de vir à julgar os vivos e os mortos.

41.     Em cuja vinda, todos os homens devem levantar-se novamente com seus corpos.

42.     E darão contas por suas próprias obras.

43.     E aqueles que tiverem praticado o bem entrarão na vida eterna, mas, os que houverem operado o mal, para o fogo eterno.

44.     Esta é a fé católica, a qual caso um homem não creia verdadeiramente e firmemente, não pode ser salvo.” (Curtis,W.A.”A History of Creeds and Confessions of Faith”; Schaff, Philip. “Creeds of Christendom.”)

 

VI- ARGUMENTOS  TRINITARIANOS  CONSIDERADOS

 

Chega à ser quase patético considerar os argumentos debilitados que lançam mão os trinitarianos para defender sua teoria. Eles admitem que a doutrina não está firmada na Bíblia, entretanto, se agarram à toda pequena frase nas Escrituras que possa ser usada de alguma forma para apoiar sua falsa doutrina.

 

1 - UM TEXTO ESPÚRIO

O único verso na Bíblia que aparenta ensinar a trindade   é I João 5:7, ”Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a palavra e o Espírito Santo; e estes três são um.” Geralmente é aceito entre os eruditos que este verso é espúrio, não sendo parte genuína da Bíblia, portanto, sem autoridade. Sendo pois este verso forjado, já que não consta nos melhores manuscritos, presume-se que o mesmo foi inserido por algum escriba trinitariano durante a Idade Média. Hoje em dia, trinitarianos honestos não usam este verso no ensino de sua doutrina. Quase todas as versões e traduções modernas corretamente omitem as palavras deste verso. (Obs.”O Novo Testamento Grego Analítico”- Barbara & Timothy Friberg, baseado nos antigos códices da Sociedade Bíblica Americana, também omite o verso 7, exposto acima,de I João 5.)

 

2 -  OCORRÊNCIA  DE  TRÊS  PALAVRAS  JUNTAS

Um dos principais argumentos usados pelos trinitarianos é o fato de que Deus, Jesus e o Espírito Santo são mencionados juntos em alguns versos. Dizem eles que isso prova a trindade. Isto não é  verdade. O fato de que três palavras ocorrem na mesma sentença não é indicação em si mesmo que os fatores ou pessoas mencionadas são iguais ou até necessariamente relacionadas. Eis alguns versos usados por eles:

 

Mateus  3:16,17

Batismo de Jesus

João 14:16

A promessa do Consolador

Mateus 28:19

A Grande Comissão

2 Coríntios 13:13

Benção

1 Pedro 1:2

Os Eleitos

 

a) Mateus 3:16,17 - Este texto descreve eventos ligados ao batismo de Jesus. Após Jesus ter sido imergido no Rio Jordão, Deus enviou Seu poder, o Espírito, a Jesus e declarou que Ele  era Seu Filho. Incluídos neste incidente estão Jesus, Deus e o Espírito de Deus. Isto, entretanto, não prova nem indica a trindade. O Espírito, que é o poder de Deus, desceu como pomba sobre Jesus batizado. Nada há em absoluto neste incidente que mostre que o Espírito é uma pessoa. Nada há aqui que sequer insinue a idéia de que Jesus, Deus e o Espírito são co-iguais e co-eternos. A subordinação do Filho a Seu Pai, além disso, é revelada pelo fato de que o Pai enviou o Espírito enquanto o Filho era quem o recebia. O Pai nos céus era quem falava. O Filho, saído da água, era quem o Pai reconhecera como Filho.

 

b) João 14:16 - Jesus prometeu Seus discípulos que após Ele haver ascendido aos céus, Ele receberia o Consolador de Seu Pai, e então, envia-lo-ia para eles. O Pai deu Seu poder à Jesus, por Sua vez, Cristo deu Seu poder à Seus discípulos. Esta promessa cumpriu-se no dia de Pentecostes (Atos 2:33). Deus, Jesus e o Espírito são mencionados juntos aqui. Este fato, entretanto, não prova, nem insinua a trindade. Deus, Jesus, e o amor de Deus são mencionados juntos em diversos versos. Os mesmos argumentos usados pelos trinitarianos personificaria também o amor de Deus e o transformaria numa pessoa da Divindade. O mesmo se aplicaria à sabedoria de Deus e outros atributos. Os argumentos trinitarianos resultariam em tantas pessoas da Divindade quantos atributos houvessem na natureza Divina: isto é absurdo... O fato de que uma das habilidades ou atributos de Deus é usada em conexão com Deus e Seu Filho não é indicação de que uma trindade de pessoas é por este meio ensinada. O Pai somente é Deus. Jesus é o Filho de Deus, o Espírito Santo é o poder impessoal de Deus.

 

c) Mateus 28:19 - Neste texto a palavra “nome” no original está no singular; esta palavra não refere-se a um nome pessoal: designa simplesmente autoridade. “O Pai” não é o nome pessoal de Deus, é um título, pois Seu nome pessoal é YAWEH. “O Filho” não é o nome pessoal de nosso Salvador, é também um título, pois Seu nome pessoal é Jesus. O Espírito é o poder de Deus, não é uma pessoa, portanto, não tem um nome pessoal.

 

Observação:

 

Note o seguinte:

O Pai - Nome pessoal: YAHWEH

 

O Filho - Nome pessoal: JESUS

 

O Espírito - Nome:?

 

- Por ser impessoal, o Espírito (poder de Deus) não tem nome próprio, pois quem jamais encontrou referência na Escritura sobre o nome do Espírito ?

- Pode ser dito que as palavras a versão inglesa “Holy Ghost” e Holy Spirit” (Espírito Santo) tem o mesmo significado. Ambas as palavras “ghost” e “spirit” são traduzidas do vocábulo grego “pneuma”, que significa “poder”. [Nota do Editor do Arquivo X: A tradução mais exata de “pneuma” é “fôlego”] Os tradutores não podem ter razão válida para usarem a palavra “ghost” em vez de “spirit”.

 

Este texto (Mateus 28:19), registrando a Grande comissão evangelística de Cristo, autorizou os discípulos à irem à todo mundo e pregar o Evangelho. É similar a Marcos 16:15,16. No verso anterior a este texto, lemos; ”E chegando-se Jesus, falou-lhes dizendo: É me dado todo o poder no céu e na terra.” (Mt.28:18). A palavra “poder” (Grego: exousia) aqui significa ‘autoridade’. Após ter recebido autoridade divina de Deus, Jesus autorizou Seus discípulos para irem e ensinarem todas as nações. Assim, quando os discípulos foram, ensinaram e batizaram, e eles assim o fizeram através da autoridade de que estavam investidos pelo Pai, que tinha dado toda autoridade para Seu Filho. Desta maneira, assim eles fizeram isso no “nome” ou autoridade recebida do Pai.

 

Os discípulos foram por todas as partes pregando e ensinando porque Jesus assim os tinha autorizado e instruído, para que assim agissem. Desta maneira, eles trabalharam no “nome” ou autoridade do Filho. O poder de Deus, o Espírito, foi concedido aos discípulos para que se operasse neles mudança de caráter e para que fosse possível a operação de milagres. Através dessas obras miraculosas do Espírito, Cristo estava “cooperando com eles (...) e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram”. (Marcos 16:20). O poder de Deus confirmou Sua mensagem através de milagres, revelando também que eles eram representantes de Deus e Jesus; assim os discípulos foram, ensinaram e batizaram “em nome de” ou com uma autoridade confirmada pela operação do poder de Deus, o Espírito Santo.

 

A autoridade recebida de Jesus e do Pai e revelada através do poder do Espírito foi uma autoridade divina, portanto, a palavra “nome” ou “autoridade” é singular. Nada há neste verso que ensine a trindade, como também nada que indique que o Espírito é uma pessoa ou que as três formam uma unidade composta de uma só substância e essência.

 

[Nota de Flávio Gouveia: O batismo em nome da trindade (Pai Filho e Espírito Santo), é a maior subversão já feita pelo homem dentro da Bíblia, pois tirou a primazia de Jesus Cristo como nosso salvador e mediador, para colocar o nome um Deus trino, inexistente. Vamos expor alguns dados históricos que nos levam a provar o afirmado.

No Compêndio da História da Igreja de autoria de Frei Dagoberto Romag, I Volume , intitulado a Antigüidade Cristã , Editora Vozes pág. 90-93 e 143-145, diz que a ordem do batismo escrita em Mateus 28: 19 (O Batismo em nome do Pai Filho e Espírito Santo) , saiu da Pena de Tertuliano no ano 197.

Tertuliano era natural de Cartago, filiado a doutrina da trindade de Montano. Escreveu o primeiro catecismo sobre o batismo da trindade, e acompanhado com este batismo ,o sinal da cruz, e chamava-se "A fé de Irineu e Tertuliano".

Após sua morte no ano de 220, este dogma foi introduzido no ano 255 no primeiro sinódio dirigido por Cipriano. Tertuliano foi chamado de autor do batismo da idolatria (Dicionário Prático Ilustrado, edição, 1957., Lello & Irmãos-Editores pg. 1908).

O bispo de Roma, Estêvão I, não aceitou esse batismo como nova doutrina na Igreja de Catargo, mas não o eliminou. Sisto II aceitou a comunhão com a Igreja de Catargo, e em 313 em outro sinódio foi confirmada a ordem do batismo em Nome do Pai Filho e Espírito Santo, contrária aos donatistas que batizavam em nome de Jesus Cristo (Compêndio da História da Igreja, pág. 191-193, Essência do Catolicismo, segunda Edição, pág. 173 ).

Os Donatistas protestaram contra o batismo em nome da trindade, e Constantino tirou as suas Igrejas, e confiscou os seus bens. Ario bispo da Igreja Apostólica ensinou, que Cristo é o filho primogênito e unigênito criado pôr Deus, e que a salvação consiste em crer nas duas pessoas da divindade (João 3:16-18, 14:1, 17:3), negou a trindade ensinando que o batismo para perdão de pecados é somente aquele praticado em nome de Jesus Cristo.

Em 325, foi realizado o primeiro concílio em Nicéia, para confirmar a trindade e o batismo em seu nome, e esse concílio foi presididos por Constantino, o bispo Silvestre, Ozio e Atanásio, que negaram Cristo como princípio da criação de Deus (Provérbios 8:22-31, João 1:1-3, Colossenses 2:15-17) e sem prova desta verdade, estabeleceram o Dogma que em Deus há uma só pessoa que se manifestou como Pai, Filho e Espírito Santo em substância eterna (Compêndio da História da Igreja, pág. 165-166).

A negação da divindade como duas pessoas distintas é doutrina do Anti-Cristo ( I João 1: 2-4, 2: 18-26 ) , a partir do estabelecimento da trindade como dogma, começou a perseguição para aqueles que não aceitavam esta apostasia (livro: História do Cristianismo por A . E. Knight e W. Anglin, terceira edição, pág. 192-210, livro: História da Inquisição por Antônio José Saraiva, publicações Europa Portuguesa América)

A ordem de Mateus 29.19 introduzida na Bíblia, que como já foi exposto, é contraditória a tudo o que foi praticado por Jesus e os seus Apóstolos. A Bíblia nos afirma em Lucas 24.46.48, que Jesus apareceu aos seus onze discípulos dizendo que era necessário que Cristo padecesse, mas que ressurgisse dos mortos ao terceiro dia, e que em seu nome se pregasse o arrependimento penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando pôr Jerusalém, e isto não podemos negar, sob pena de negarmos o sacrifício de Cristo na cruz por toda humanidade.

Teófilo no ano 190 d.C. emprega pela primeira vez a palavra Trindade e no ano de 197, Tertuliano emprega ela no batismo com o sinal da cruz.]

 

[Nota de Robson Ramos: O que dizer sobre Mateus 28:19?

1. Se Jesus Cristo realmente proferiu a fórmula batismal trinitariana como a encontramos ali, os discípulos, mesmo depois do Pentecostes, não a entenderam corretamente e batizaram unicamente em nome de Jesus, pois não há nenhum relato de batismo trinitário na Bíblia. (Atos 2:38; 8:16; 10:48; Gálatas 1:12; etc.)

2. Se Ele realmente a proferiu, os relatos correspondentes nos outros Evangelhos sinóticos deveriam contê-la. Veja, porém, que Marcos 16:15-17 e Lucas 24:46-47 referem-se apenas ao Seu nome.

3. Observe o contexto de S. Mateus 28:19:

v. 16 -- Discípulos vão para a Galiléia, para o monte designado.

v. 17 -- Surge Jesus. Alguns O adoram, outros se recusam.

v. 18 -- Jesus fala então aos que duvidavam: "Toda a autoridade ME foi dada no Céu e na Terra." Quer dizer, não tenham dúvida de que posso ser adorado, porque meu sacrifício foi aceito e o Pai me concedeu outra vez toda a autoridade como Filho de Deus.

v. 19 -- Jesus diz que todos eles poderiam, portanto, ir e fazer discípulos em Seu nome. (Não teria porque referir-se à trindade, uma vez que não era isso o que estava em discussão. O que os discípulos queriam saber é se Ele estava autorizado a ser adorado.)

4. Observe também o contexto dos Evangelhos, Jesus nunca ordenou que fizessem milagres nem se reunissem, em nome da trindade. Pelo contrário, diz que estará presente entre os que reúnem em Seu nome; atenderá aos que pedem em Seu nome; que os discípulos fariam milagres em Seu nome, etc. 

5. O historiador Eusébio de Cesaréia, que conheceu manuscritos mais próximos do original de Mateus, escrito provavelmente em hebraico, dezessete vezes afirma que a ordem evangélica era ir a todas as nações e fazer discípulos em Seu nome. Somente depois do Concílio de Nicéia, incluiu a fórmula trinitariana -- "batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" -- em suas referências a Mateus 28:19.

6. Em Primeiros Escritos, págs. 220-221, Ellen G. White declara que homens doutos modificaram o texto bíblico, quando havia poucos exemplares das Escrituras, e incluíram nelas expressões que favoreceram a tradição humana. Um exemplo inegável disso é João 5:7-8. Ora, não haveria necessidade de favorecem a trindade se ela realmente fosse uma doutrina bíblica! O mesmo deve ter acontecido com Mateus 28:19 (diante dos argumentos que já apresentamos acima).

7.  A nova Bíblia de Jerusalém, totalmente revisada e atualizada, lançada em agosto deste ano, admite quanto a Mateus 28:19: "É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência do uso litúrgico POSTERIORMENTE fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro de Atos fala em batizar 'NO NOME DE JESUS'. MAIS TARDE deve ter-se estabelecido a associação do batizado às três pessoas da trindade."]

 

d) II Coríntios 13:13 - Esta é outra escritura na qual o Pai, Jesus, e o Espírito Santo são mencionados juntamente. Os trinitarianos afirmam que o Pai é sempre o primeiro, o Filho  sempre o segundo, e o Espírito sempre o terceiro. Os apóstolos, entretanto, parecem jamais ter ouvido sobre a regra trinitária. Em muitos versos, o assunto da discussão exige que Jesus seja mencionado no texto antes de Deus. Na maioria dos textos do Novo Testamento onde Jesus e o Pai são mencionados juntos, o Espírito não é mencionado de forma alguma. É interessante notar que neste verso Jesus é  mencionado primeiro, Deus é mencionado em segundo, e o Espírito em  último. Neste verso, Jesus e Deus são representados como pessoas. O Espírito é revelado como o poder de Deus. Paulo não ensinou a trindade nesta bela bênção. Ele orou para que a graça divina, amor e comunhão estivessem com os Coríntios. Ele desejava que estes experimentassem os benefícios da graça de Cristo. Ele também desejava que os crentes de Corinto entrassem nas bênçãos resultantes do amor de Deus, assim como, desfrutar da comunhão espiritual com Deus, Seu Filho, e irmãos que é  feita possível através da operação do poder de Deus, o Espírito Santo.

 

IMPORTANTE: Note que Paulo mencionou a comunhão do Espírito Santo, não a comunhão com o Espírito Santo. Os crentes tem comunhão com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo (ver I João 1:3-7) porque o Pai e o Filho são pessoas, ao passo que os crentes não podem ter comunhão com o Espírito, pois este não é uma pessoa. Na verdade, os Cristãos experimentam comunhão do Espírito, mas não com o Espírito.

 

Portanto, notamos que esta benção de Paulo na realidade não ensina de modo algum a falsa doutrina da trindade.

 

O fato de que Pedro, Tiago e João são mencionados juntos repetitivamente na Bíblia não indica que eles formam uma trindade. Por que deveria isto ser mais verdade porque Deus, Jesus e o poder de Deus aparecem mencionados no mesmo verso? Outras Escrituras usadas de modo errôneo no mesmo intuito pelos trinitarianos são: Gn.19:24; Nm.27:18; Sal.51:11; Isa.34:16; 40:13; 48:16; Oséias 1:7; Ageu 2:4-5l; I Cor.12:4-6; I Ped.3:18; Apoc.1:4-6.

 

3- FRASES REPETIDAS  TRÊS  VEZES

Outro grupo de Escrituras nas quais os trinitarianos tentam ler sua doutrina inclue aqueles versos onde uma certa frase é repetida três vezes. Estes textos quando usados erroneamente deste modo, estão relacionados abaixo:

 

Isaías 6:3

Santo, Santo, Santo

Apocalipse 4:8

Santo, Santo, Santo

Números 6:24-26

O Senhor, o Senhor, o Senhor

 

a) Isaías 6:3 - O serafim adora à Deus clamando um ao outro: “Santo, Santo, Santo, é o Senhor dos Exércitos: a terra toda está cheia de Sua glória.” O fato de que o atributo divino da santidade é repetida três vezes na adoração do serafim, não indica que alguma referência é feita à três pessoas de uma trindade assentadas sobre um trono. A palavra “Santo” é  repetida três vezes para dar ênfase.

 

*Obs.: Hollenberg & Budde em sua “Gramática Elementar da Língua Hebraica” ensinam que a forma repetida de um adjetivo em Hebraico além de lhe comunicar Ênfase, também serve como superlativo absoluto, passando “Santo, Santo, Santo” à ser entendido como “Santíssimo”.

 

Repetição para Ênfase é uma prática comum entre os escritores da Bíblia. Note os seguidores exemplos: “Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor.” (Jer.22:29) Terá Jeremias ensinado uma trindade de terras? Certamente que não.” Ao revés, ao revés, ao revés a porei, e ela não será mais, até que venha aquele a quem pertence de direito, e a ele  darei.” (Ezequiel 21:27). Deus declarou que o reino de Israel seria suspenso e o trono de Davi seria posto ao revés. Este permaneceria em efeito até que o Messias viesse para reinar como rei. Neste texto a palavra “ao revés” é repetida três vezes para Ênfase.

 

b) Apocalipse  4:8 - Este verso é similar à Isaías 6:3. Aqui os quatro seres viventes “não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: “Santo, Santo, Santo” Senhor Deus Todo-Poderoso, que era, e é, e que há de vir.” O contexto deste verso nos mostra que estas palavras foram dirigidas somente ao Pai. Embora seja verdade de que o Filho é Santo e que o poder  de Deus é Santo, as palavras de adoração deste texto são endereçadas ao Pai apenas. O Filho não é incluído aqui.

 

O contexto descreve Deus assentado sobre Seu trono no Céu tendo nas mãos um livro selado com sete selos. (Apoc.5:1). Um anjo forte inquire por alguém que possa vir e abrir o livro (Apoc5:2-4). Finalmente após tornar-se claro que ninguém mais era digno, Jesus é descrito como o Cordeiro que vem e toma o livro da mão direita de Deus (Apoc.5:5-7). Jesus não era aquele que Se assentava sobre o trono, nem parte d’Ele. Aquele que se Assentava no trono não era uma trindade.

 

Em Apocalipse 4:2-3, notamos que “um” estava assentado sobre o trono. Esta pessoa única era o Pai, o Criador. Era Ele que estava assentado sobre o trono a quem as quatro criaturas viventes adoravam com as palavras: “Santo, Santo, Santo.” Este texto, assim como Isaías 6:3 absolutamente não apóia a falsa doutrina da trindade.

 

c) Números 6:24-26 - ”O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça o Seu rosto resplandecer sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o Seu rosto, e te dê a paz.” As palavras “o Senhor” são usadas como o sujeito de três sentenças consecutivas. Este fato, entretanto, não é  prova que a trindade é indicada. Nesta benção sacerdotal, Aarão referiu-se à apenas uma pessoa, o Senhor Deus de Israel. No verso seguinte, Deus fala de si mesmo, no singular, ”Assim porão o Meu nome sobre os filhos de Israel, e Eu os abençoarei.” (Núm.6:27)

 

“Os próprios Judeus severamente ressentem-se da imputação de que suas Escrituras contém alguma prova ou até mesmo intimação da doutrina da trindade ortodoxa, e Jesus e os Judeus nunca diferiram sobre este assunto, ambos mantendo de que Deus é único, e de que esta é a maior verdade revelada para o homem.” (Gifford, Ezra D. “The True God, the true Christ, the true Holy Spirit.- San Diego, Califórnia, 1912, pp.44-45)

 

*Obs.: Em Números 6:24-26, a palavra traduzida por “Senhor”  é o nome próprio de Deus, o Pai Eterno, isto é “Yahweh” o que indica claramente que a passagem refere-se somente  à Ele, o que é confirmado no verso 27.

 

4-  A  PALAVRA  PLURAL  HEBRAICA

A palavra hebraica mais comum e usada para designar Deus no Velho Testamento é “Elohim”, sendo um substantivo plural. “No princípio, criou Deus o céu e a terra.” (Gên.1:1). “Elohim” não é nome pessoal de Deus; simplesmente refere-se à Sua Divindade, Sua posição em relação às criaturas, significando originalmente “O Forte”. Esta palavra plural hebraica é usada 2470 vezes no Antigo Testamento. É aplicado a homens que exercitam autoridade, a anjos, e para os muitos deuses do paganismo, como também para o único Deus  verdadeiro. Quando aplicado ao verdadeiro e único Deus, “Elohim” geralmente é associado com verbos singulares, como também adjetivos e advérbios. Por exemplo, a palavra hebraica para “criou” em Gênesis 1:1 “bara” é singular. Elohim, designando o verdadeiro e único Deus, não indica uma pluralidade de deuses ou pluralidade de pessoas numa substância, isto é: politeísmo / triteísmo ou trinitarianismo.

 

Se o substantivo plural “Elohim” fizesse referência à uma pluralidade de pessoas ou pluralidade de deuses quando usado em referência ao único Deus verdadeiro, Ele sempre seria identificado por esta palavra plural, pensamos entretanto, que este não é o caso. A forma singular “Eloah” também  é usada em referência a Deus. Isto é especialmente verdade nos Livros Poéticos do Antigo Testamento. Quarenta e uma das quarenta e seis ocorrências de ELOAH, encontram-se no Livro de Jó. Os escritores do Antigo Testamento usaram a palavra Elohim para designar o único Deus verdadeiro, mostrando Sua infinita superioridade em relação às divindades politeístas e indicando Sua singular existência.

 

A pluralidade de atributos e poderes que o politeísmo distribui entre muitas divindades finitas, pertencem à Pessoa Infinita, o Deus verdadeiro. Divindades pagãs são não-existentes. Adoração, reverência, e sacrifícios prestados a esses deuses são mal-direcionados. O louvor total, obediência, e amor da raça humana pertencem ao único infinito Deus. Este Ser Infinito declarou, “Eu sou o Senhor (Yahweh) teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim.” (Ex.20:2,3).

 

O Plural de majestade - Quando usado em referência ao único Deus verdadeiro, o substantivo plural hebraico Elohim denota majestade, excelência, superioridade. Refere-se à infinita plenitude de Deus e ilimitada grandeza; designa mais pluralidade quantitativa do que numérica, refere-se mais à quanto (intensidade), do que  a quantos (quantidade). O uso de substantivos plurais  e pronomes em referência à pessoa de Deus é comumente conhecido como “plural de majestade”. Este pensamento é substanciado nas seguintes citações:

 

Numa nota sobre Gênesis 1:1, Joseph Bryant Rotherham faz as seguintes observações:

“Deveria ser cuidadosamente observado que, embora Elohim seja plural na forma, todavia quando, como aqui, está construído com um verbo no singular, naturalmente é singular em sentido; especialmente por que o “plural de qualidade” ou “excelência” é abundante na língua hebraica em casos onde a referência é inegavelmente à alguma coisa que deve ser compreendida em número singular.” (Rotherham, Joseph Bryant. “The Emphasized Bible”. Londres: H.R. Allenson, 1901. Vol. 1. p. 33)

 

Louis Berkhof, presidente do seminário Teológico Calvinista, faz a seguinte observação concernente à palavra Elohim:

“O nome raramente ocorre no singular, exceto em poesia. O plural deve ser considerado como intensivo, e portanto, serve para indicar plenitude de poder.” (Op. cit. p. 48)

 

O doutor William Smith da Universidade de Londres, um século atrás, foi descrito como o “mais eminente lexicógrafo do mundo de língua Inglesa.” A seguinte afirmação encontra-se no Dicionário Bíblico que o doutor Smith editou:

“A forma plural Elohim tem dado origem à muita discussão. A idéia fantasiosa de que refere-se à trindade de pessoas na Divindade, dificilmente encontra agora algum partidário entre eruditos. Ou é o que os gramáticos chamam “plural de majestade” ou então denota a plenitude da força divina, a soma de poderes revelados por Deus. (Smith, William. “A Dictionary of the Bible” Philadelphia: American Baptist Publication Society, 1863, pg. 216).

 

Embora sendo trinitariano, Dr. Augustus H. Strong mostra que a palavra Elohim frequentemente adquire a significado singular:

“Pensou-se uma vez que o estilo real de linguagem era um costume de um tempo posterior à Moisés. O Faraó não o usa. Em Gênesis 41:41-44, ele diz: “Te tenho  posto sobre toda a terra do Egito...eu sou Faraó.” Mas investigações posteriores parecem provar que o plural para Deus foi usado pelos Cananitas antes da ocupação hebraica: o Faraó é chamado “meus deuses” ou “meu deus”, indiferentemente. A palavra “Senhor” é geralmente encontrada no plural no Antigo Testamento. (cf. Gênesis 24:9, 51; 39:19; 40:1). O plural dá expressão ao sentido de temor, significa magnitude ou plenitude. Os hebreus tinham muitas formas plurais, onde deveríamos usar o singular.

Ex: “MÀ-YIM”   (água x águas) = água.

“SHAMAYIM” (Céus) = céu.  (Op. cit. pp. 318-319)

 

Strong cita Gustav Friedrich Oehler, “Old Testament Theology”, como chamado Elohim um plural quantitativo, significando grandeza ilimitada. (Ibidem, 318).

 

5 - PRONOMES PESSOAIS PLURAIS

Existem quatro escrituras no Antigo Testamento onde pronomes pessoais plurais são usados em referência à Deus. Os trinitarianos afirmam que isto ensina sua teoria. Isto não é  verdade. De maneira nenhuma estes quatro textos ensinam que existe uma pluralidade de pessoas em Deus. Os quatros textos em questão são os seguintes:

 

Gênesis 1:26

Façamos o homem à nossa imagem.

Gênesis 3:22

O homem é como um de nós.

Gênesis 11:7

Desçamos e confundamos

Isaías  6:8

Quem há de ir por nós?

 

Os pronomes pessoais plurais nestes versos referem-se à um Deus singular. Isto está claro pelo fato de que pronomes singulares são usados no contexto em referência à Deus. Em Gênesis 1:26, Deus disse, “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” No verso seguinte, entretanto, lemos: “E criou Deus o homem à Sua (Dele) imagem; à imagem de Deus os criou; macho e fêmea os criou.”  (*Obs: Note acima os verbos no singular, como também os pronomes.)

 

Em Isaías 6:8, lemos, “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Note que o Senhor disse: “A quem enviarei...?” - Deus falou de si mesmo no singular.

 

Em todo o restante da Bíblia, exceto estes quatros textos, Deus é  designado por pronomes singulares.  Quando falando de si mesmo, Deus diz: “Eu, Meu, Mim.” Quando homens falam à  respeito de Deus, dizem: “Ele, dEle, Lhe.” - Caso os pronomes plurais destes textos fizessem referência à uma pluralidade de pessoas dentro de Deus, porque então não é Deus, sempre designado por pronomes plurais? Além do mais, se estes pronomes plurais denotassem realmente pluralidade em Deus, não haveria absolutamente nada que revelasse quantos haveriam naquela pluralidade, se seriam dois, três, dez, ou mesmo mil. Aplicar pluralidade à Deus resultaria em Politeísmo, mas não trinitarianismo.

 

Estes pronomes plurais, como o substantivo plural ELOHIM, referem-se ao “plural de majestade”. Deus é representado como dizendo: “Façamos” em vez de dizer: “Vou fazer” como uma indicação de Sua glória e grandeza.

 

O Dr. William Evans, embora trinitariano, escreveu o seguinte:

“Alguns diriam que o “Façamos” em Gênesis 1:26 - “Façamos o homem,” refere-se à Deus consultando Seus anjos, com os quais Ele toma conselho antes de executar algo de importância. Mas, Isaías 40:14, diz: “Com quem tomou conselho?” mostra então, que não é este o caso; e Gênesis 1:27 contradiz esta idéia, pois repete a frase: “ à imagem de Deus”, não à imagem de anjos; também que Deus criou o homem à Sua própria imagem, à imagem de Deus (não anjos) o criou.” O “Façamos” de Gênesis 1:26, portanto, é devidamente compreendido como plural de majestade, como indicando a dignidade e majestade d’Aquele que fala. A tradução apropriada deste verso não deveria ser “Façamos”, mas “Faremos”, indicando mais a linguagem de “resolução” do que de “consulta”.  (Evans, William “The Gospel Doctrines of the Bible” - Chicago:  Moody Press, 1939, pg. 27).

 

VII- CONTRA - TRINITARIANISMO

 

A trindade como mencionamos previamente, é baseada sobre três propostas. É como uma mesa construída sobre três pernas. Caso uma das pernas seja removida, a mesa por inteiro cairá. As três propostas sobre as quais a trindade está construída são:

 

(1) A unidade composta de Deus.

(2) A divindade do Pai, do Filho e do Espírito.

(3) A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito.

 

Em caso de fracasso em se provar qualquer uma destas três propostas, isto causará o colapso desta falsa teoria. Para refutar a trindade, portanto, precisa-se estabelecer apenas um dos três fatos verdadeiros seguintes:

 

(1) A unidade de Deus não é composta.

(2) Jesus não é Deus. [Nota do Editor do Arquivo X: Entendemos que esta afirmação só é verdadeira caso a palavra “Deus” seja entendida como identificando Deus o Pai, pois, cremos na plena divindade de Cristo como o Filho de Deus, aquele que no princípio estava com “Deus” e era Deus – João 1:1]

(3) O Espírito não é uma pessoa.

 

Nas três próximas seções, planejamos considerar estes três fatos.

 

1 - A UNIDADE DE DEUS NÃO É COMPOSTA

 

Existe apenas uma pessoa que é Deus. Ele é a fonte e o Dominador do universo. Ele é o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. A unidade de Deus é simples, não composta.

 

a) Um Deus significa uma pessoa - Deus é único.

Ele é Individual e Singular, uma unidade, um único Ser. Vejamos agora uma pequena listagem que ensina que Deus é único.

Jesus fez referência à Seu Pai como “o único Deus verdadeiro” (João17:3). Moisés declarou: ”Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é um único Senhor.” (Deut. 6:4). Paulo escreveu: ”Para nós há um só Deus, o Pai.” (I Cor. 8:6)

Há um Deus (gr. “heis” - heb. echad”). Deus é singular, só, único, à parte. Ele é o único Deus (gr. “monos” - heb. “bad”). Todos os “outros” estão excluídos. Nada mais há, nenhum outro. Ele é uma pessoa única. Além d’Ele nenhum outro há. Todas estas palavras denotam unidade simples; A respeito da palavra “echad” (único, um) R. H. Judd escreveu:

 

“Esta palavra hebraica “echad” ocorre aproximadamente quinhentas vezes no Antigo Testamento, e nem um exemplo sequer pode ser produzido onde a palavra em qualquer sentido perde seu valor numérico; nem pode ser negado que esta é a base da qual todos os outros numerais tem ser valor; é  verdade que temos tais palavras como “nação”, “grupo”, “assembléia”, mas quando falamos de “uma nação” como contra duas ou mais nações, absolutamente não há alteração do valor numérico do numeral. (Judd, R. H. “One God: The God of The Ages”. Oregon , Illinois : National Bible Institution, 1949, pp. 28, 30)

 

Sobre a questão da unidade simples de Deus, citamos o seguinte do famoso Catecismo Racoviano:

“Prova-me que na única essência de Deus há somente uma Pessoa...De princípio já podemos notar que a essência de Deus é única não em tipo mas em número, pelo que não pode de modo algum conter uma pluralidade de pessoas, já que uma pessoa é nada mais do que uma essência inteligente individual. Então, onde quer que existam três pessoas numéricas, devem ser reconhecidas da mesma maneira, três essências individuais; pois, no mesmo sentido em que é afirmado que há uma essência numérica; também deve ser considerado que há apenas uma pessoa numérica.” (The Racovian Cathecism, Seção III, cap. 1.)

 

b) Pronomes Pessoais Singulares

O fato de que pronomes pessoais singulares são usados em referência à Deus é excelente testemunho da unidade Simples de Deus.

 

“Às dezenas, ás centenas, de fato aos milhares, os pronomes da Bíblia em relação à Deus permanecem como faróis em cada página do Gênesis ao Apocalipse, nos revelando a singularidade pessoal, literal e individual de Deus com uma clareza tal, que nenhum trinitariano, nem qualquer outro argumento pode negar com sucesso. ‘Eu, Mim, Meu’ e ‘Ele, Dele, Ele mesmo’, ‘Tu, Ti, Teu’, jamais foi e nunca será corretamente aplicado à mais do que uma personalidade individual; tais palavras levam consigo, uma dignidade e uma certeza que não pode ser expressa nem por um nome (de doutrina) ou de qualquer outro método.” (Judd, R. H. Op. cit. p.32)

 

c) Esta única Pessoa é o Pai

O testemunho da Bíblia é que existe uma única Pessoa que é Deus. Quem então é esta Pessoa? Ele é o Pai. Numerosos textos Bíblicos identificam o único Deus como o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Algumas destas Escrituras são as seguintes:

 

João 17:3

“... à Ti só, por único Deus verdadeiro...”

Romanos 15:6

“...glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor...”

I Cor. 8:6

“...para nós, há um só Deus, o Pai...”

I Cor. 15:24

“...à Deus, o Pai.”

II Cor. 1:3

“...o Deus e Pai de nosso Senhor...”

Efésios 1:17

“...O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo...”

Efésios 4:6

“...Um só Deus e Pai de todos...”

ITess. 3:13

“...Nosso Deus e Pai...”

Tiago 3:9

“...à Deus e Pai...”

II João 3

“...de parte de Deus Pai e  do nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai.”

 

A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma pessoa. Esta única pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

2 - JESUS NÃO É DEUS

 

[Nota do Editor do Arquivo X: Não concordamos com vários dos argumentos abaixo, mas apenas os reproduzimos para sermos honestos com a integralidade do texto da maneira como foi concebido pelo autor. Como já mencionamos, aceitamos a plena divindade do Filho de Deus tal como foi concebida por Deus o Pai e amplamente apoiada pelas Escrituras – Isa.9:6; João 1:1; Fil.2:6; Col.1:15; 2:9; Heb.1:3]

 

a) Somente uma única pessoa é Deus

Jesus não é Deus porque há somente uma pessoa que é Deus. Essa pessoa única tem sido identificada com o Pai. Jesus portanto, não pode ser também Deus. Não há outra pessoa que possa ser Deus no mesmo sentido em que o Pai é Deus. “Para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo, e para quem nós vivemos.” (I Cor. 8:6). “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e por todos, e em todos.” (Efésios 4:6). Jesus é divino, mas não divindade. Ele é o divino Filho de Deus, mas, não é a divindade, o Ser Supremo.

 

b) Jesus como mediador não pode ser o próprio Deus

“Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (I Tim. 2:5). Jesus é Mediador entre Deus e os homens, portanto, não é Ele o próprio Deus. Se o próprio Jesus fosse Deus e igual à Deus, como os trinitarianos declaram, Ele não estaria numa posição para servir como Mediador; como Mediador, alguém deve ser a terceira parte; pois caso Cristo sendo Deus ou igual à Deus, seria uma das duas partes, e não teria condições de ministrar como Mediador entre os dois - Deus e o homem. (Gál. 3:20).

 

O fato de que Jesus é um  Mediador anula a possibilidade de que Ele seja parte de uma trindade. Jesus insistiu que Ele e Seu Pai não são idênticos. Ele e Seu Pai são de personalidades separadas, essência e ser. Ele declarou que Ele e Seu Pai constituem duas testemunhas separadas: “E na vossa Lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou.” (João 8:17-18)

 

c) Jesus é o Filho de Deus

Jesus em Si mesmo não é Deus, nem parte de um Deus triuno pois Ele é o Filho de Deus. Ele não pode ser Deus e Filho de Deus ao mesmo tempo. O Pai e o Filho não são nem iguais, nem idênticos. O Pai vivia antes do Filho; o Filho recebeu Sua vida do Pai; o Pai é maior do que o Filho. Jesus foi gerado de Seu Pai e nascido de Maria; Ele é o Filho do Deus vivo. O Novo Testamento está repleto de escrituras afirmando que Jesus é o Filho de Deus.

 

d) Deus é o Deus de Jesus

Jesus reconheceu o Pai, o único Deus  verdadeiro, como seu Deus. Jesus jamais reivindicou Ele próprio ser Deus; não pretendia ser igual à Deus. Ele sempre se referiu ao Pai como sendo superior à Ele, Seu Deus. Nas seguintes Escrituras, Jesus faz referência ao Pai como Seu Deus, ou Deus é descrito como o Deus de Jesus.

 

João 20:17

“Meu Deus e vosso Deus”

Apocalipse 3:12

“Meu Deus / meu Deus / meu Deus”

Mateus 27:46

“Deus meu, Deus meu...”

Marcos 15:34

“Deus meu, Deus meu...”

Salmo 22:1

“Deus meu, Deus meu...’’

II Cor. 11:31

“O Deus e Pai de Nosso Senhor...”

Efésios 1:3

“O Deus e Pai de Nosso Senhor...”

Efésios 1:7

“O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo...”

I Pedro 1:3

“O Deus e Pai de Nosso Senhor...”

Hebreus 1:8-9

“Deus...O Teu Deus Te ungiu...”

Salmo 45:6-7

“Deus...O Teu Deus Te ungiu...”

Apocalipse 1:6

“...para Seu Deus...” (R.S.V.)

II Cor. 1:3

“Deus e Pai de Nosso Senhor...”

 

e) Jesus orou ao Seu Deus, o Pai

Jesus revelou que Ele próprio não era Deus, quando orou à Seu Pai como Deus. Caso Jesus fosse igual à Deus, porque orou Ele então à Deus? Os trinitarianos afirmam que Deus, Jesus, e o Espírito todos tem uma mesma inteligência e um propósito; caso Jesus e Deus compartilhassem um propósito, o poder de decisão, pareceria zombaria para uma pessoa de uma trindade orar  à uma outra pessoa de uma trindade. Jesus mostrou ser inferior  à Seu Pai, e que somente Seu Pai é Deus pelo fato de que Cristo orou para Ele.

 

Hebreus 5:7-8

Ofereceu orações à Deus.

Lucas 6:12

A noite toda em oração à Deus.

Mateus 11:25

ó Pai, Senhor do céu e da terra.

João 17:1

Pai, é chegada a hora.

Mateus 26:38,42

Meu Pai, se é possível...

 

f) Jesus é inferior à Deus

Jesus ocupa a mais exaltada posição no universo, junto à Deus. Jesus não é igual à Seu Pai, pois o Pai é maior do que o Filho, e este, por sua vez, é inferior  à Seu Pai. Jesus, portanto, não é Deus. Reconhecer este fato, não quer dizer que não estejamos dando a glória devida à  Cristo: é simplesmente o reconhecimento da verdadeira relação entre o Pai e Seu Filho. Jesus declarou: “Meu Pai é  maior do que Eu.” (João 14:28). Quando Jesus disse; “Eu e o Pai somos um” (João 10:30), Ele não ensinou que Ele e Seu Pai eram um em essência ou ser (como os trinitarianos afirmam) ou um em pessoa (como os Sabelios ensinam). Ele  referiu-se à unidade de propósito e perfeita concordância que existe entre Ele próprio e Seu Pai. Jesus orou para que esta mesma unidade tornasse possível entre Seus seguidores. (João 17:11,21-23). Jesus sempre reconheceu que Seu Pai é maior do que Ele. Isto claramente expõe o fato de que Jesus não pode ser parte então, de um Deus triuno.

 

João 14:28

O Pai é maior da que Eu.

João 10:29

Meu Pai...é maior do que todos.

I Cor. 11:3

A cabeça de Cristo é Deus.

I Cor. 3:23

Cristo é de Deus.

Mateus 20:23

Não me pertence dá-lo(...)mas, à Meu Pai.

I Cor. 15:24-28

O próprio Filho  sujeitou-se ao Pai.

 

Depois de haver sido completada a soberania redentora de Cristo e Deus haja posto todos os inimigos debaixo de Seus pés, Jesus continuará à ser sujeito à Deus. Deus será supremo; será tudo em todos: “Porque todas as coisas sujeitou debaixo de Seus pés. Mas quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o Filho mesmo se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.” (I Cor. 15:24-28) Jesus viveu como o Servo de Deus. Ele rendeu perfeita obediência à Seu Pai, sempre fazendo aquilo que agradava à Deus, mostrando assim, que Ele reconhecia ser inferior à Deus.

 

Zacarias 3:8

Meu servo, o Renovo.

Mateus 12:18

Eis qui o Meu Servo.

Filipenses 2:7-8

A forma de um Servo.

Hebreus 10:7,9

Eis aqui venho para fazer a Tua vontade.

João 4:34

Fazer a vontade d’Aquele que me enviou.

João 5:30

Busco (...) a vontade do Pai que Me enviou.

João 6:38

Não para fazer minha própria vontade.

João 8:29

Eu faço sempre o que Lhe agrada

Lucas 22:42

Não se faça a minha vontade, mas a Tua.

Romanos 5:19

Pela obediência de um.

 

g) Jesus é inferior à Deus em atributos

O Novo Testamento revela Jesus Cristo como inferior à Deus em atributos. Esta é  uma indicação definitiva de que Jesus em si mesmo não é  Deus; não é nem igual ou idêntico ao Pai, tão pouco parte de um Deus triuno. Deus é infinito e perfeito em todos os Seus atributos. Em todas estas coisas, Deus é imutável; Sua perfeição infinita não pode nem aumentar, tão pouco diminuir. O que Ele Tem sido, sempre será. Jesus demonstrou Ele mesmo ser inferior à Deus em Seus atributos.

 

Inferior em conhecimento - Deus é onisciente; é perfeito em conhecimento. “Conhecidas de Deus são todas as Suas obras desde o começo do mundo.” Seus conhecimentos são infinitos, eternos e completos. Jesus, por outro lado, não era onisciente. Jesus “crescia em sabedoria” (Lucas 2:52). Se Jesus era Deus com conhecimento infinito, como poderia Ele ter “crescido em sabedoria”? O conhecimento de Deus é nem adquirido nem derivado: Origina-se com Ele mesmo. “...que conselheiro o ensinou?” (Isaías 40:13). Por outro lado, Jesus recebeu Seu conhecimento de Deus. (João 8:28). O conhecimento de Deus exclui todas as coisas, presentes, passadas, e futuras; Ele conhece todas as coisas. Jesus, por outro lado, era limitado em conhecimento com relação à data de Sua volta. (Marcos 13:32). Jesus não é Deus.

 

Lucas 2:52

Jesus crescia em sabedoria.

João 5:19

O que Ele vê o Pai fazer.

João 8:28

Como o Pai me ensinou.

Marcos 13:32

Não sabe a data de Sua volta.

Atos 1:7

Na autoridade do Pai.

 

Inferior em poder - Deus é onipotente. Ele é Todo-Poderoso; tem poder infinito. “Com Deus todas as coisas são possíveis.” O poder de Deus originou-se d’Ele próprio. Através de seu poder, Deus executa todas as Suas obras. Jesus por outro lado, não era onipotente. O poder que Cristo exercia quando operava milagres era recebido de Deus. Ele disse: “O Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma.” (João 5:19). O poder que Cristo usa para realizar Sua obra na Igreja hoje, e o qual Ele usará para governar a terra em Seu reino futuro foi recebido de Deus. O poder de Deus originou-se de Si mesmo; Jesus recebeu poder de Deus. Jesus não é Deus.

 

João 5:19

O Filho por Si mesmo não pode fazer coisa alguma.

João 5:30

Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma.

João 8:28

Nada faço por Mim mesmo.

 

Inferior em vida - Deus sempre existiu. Nunca houve um tempo no qual Deus não existisse. Deus não somente viverá para sempre no futuro, mas também viveu eternamente no passado. A vida de Deus foi sem começo. A vida de Cristo, por outro lado, teve um começo definido; houve um tempo, em que Jesus não existia; Ele viverá por toda eternidade no futuro, mas não viveu por toda a eternidade no passado. Jesus é  inferior à Deus, com relação à idade e extensão anterior de vida.

 

Deus é a fonte de toda a vida. Sua existência derivou-se de nada; Possui vida em Si mesmo. Jesus, ao contrário, recebeu vida de Deus. Se não fosse por Deus, Jesus jamais teria existido; Jesus foi gerado do Pai, Sua vida foi portanto, derivada de Deus. O poder de Deus fez com que Maria concebesse e desse à luz à um filho. Se não fosse pelo santo poder de Deus, Jesus jamais teria nascido. “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; pelo que também o Santo que de ti há de nascer será chamado Filho de Deus.” (Lucas 1:35). Jesus disse, “O Pai que vive Me enviou, e Eu vivo pelo Pai.”(João 6:57).

 

Jesus também recebeu vida ressurreta do Pai. Deus levantou Jesus dos mortos através de Seu poder, o Espírito. (Atos 10:40; 13:30; Rom.10:9). Jesus voluntariamente entregou Sua vida como um sacrifício. Ele tinha autoridade para entregá-la e tornar à tomá-la novamente (João 10:17-18). Jesus não ressurgiu dos mortos por Si mesmo. Ele foi levantado da morte através do poder de Deus, pois Ele é a fonte de toda a vida; Jesus recebeu a vida de Deus, portanto, Jesus não é Deus.

 

Deus não pode morrer - Deus é imortal, e não pode estar sujeito à morte; sempre foi e será imortal, pois é impossível que Ele morra. Jesus, ao contrário, nasceu mortal, pois é sabido que experimentou a morte. Jesus tinha as características de um homem mortal. Ele experimentou: fome (Mat. 4:2), sede (João 19:28), cansaço (João 4:6), tentação (Mat. 4:1), e sofrimento (Luc.24:46). Jesus morreu (João 19:33 I Cor. 15:3). Deus não pode morrer, mas, Jesus morreu. Jesus não é Deus. Jesus tornou-se imortal quando Deus o levantou da sepultura, assim sendo, recebeu imortalidade de Deus; com isso, sabemos que Jesus jamais pode morrer novamente (Rom. 6:9). Quando Jesus  voltar, todos os verdadeiros crentes serão feitos imortais como Ele. (I Cor. 15:52-53 - Filipenses 3:20-21).

 

h) Atributos e Posições Divinas recebidas de Deus

Alguns acham que Jesus deve ser Deus porque Ele exerce certa autoridade divina, e revela certos atributos divinos. Exaltado à mão direita de Deus, Jesus recebeu autoridade e poder divinos de Deus. Isto entretanto, não prova que Jesus é igual à Deus, o próprio Deus, nem uma parte de Deus.

 

O fato que Jesus foi exaltado pelo Pai mostra que Ele é maior que Jesus. O fato de que Jesus recebe posição e obras divinas mostra que Ele é inferior à Deus. Hoje, Jesus tem sido exaltado à mais alta posição no universo, segundo apenas pelo próprio Deus.

 

Autoridade recebida de Deus - Jesus disse, “Todo o poder (autoridade) me é dado no céu e na terra” (Mat. 28:18). Jesus sempre entendeu que Seu Pai era superior à Ele em autoridade. Ele viveu em perfeita obediência à Deus. Após Sua ressurreição, Jesus recebeu autoridade divina de Deus. A autoridade de Deus é derivada do nada; é originária do próprio Deus. Deus é maior do que Jesus; Jesus é inferior à  Deus; Jesus não é Deus.

 

Reinado recebido de Deus - Jesus é designado Rei dos Reis. Deus sempre tem sido designado Rei do universo; Jesus recebeu Sua autoridade real de Deus. A base do reinado de Cristo é o fato de que Ele é o Filho de Davi (Lucas 1:31- 33) e também o Filho de Deus (Salmo 2:6-9 e Daniel :14). Jesus não tornou-se Filho de Davi e Filho de Deus até que tivesse nascido de Maria.

 

Obra de Julgamento - Deus autorizou Jesus à ser o juiz da humanidade. Deus entregou o julgamento à Seu Filho. Deus julgará a humanidade através da obra de Cristo, o juiz. Jesus recebeu esta posição e obra de Deus. (João 5:22,27 - Atos 10:42; - 17:31). O fato de que Jesus recebeu esta prerrogativa de Seu Pai, indica que o Pai é superior à Ele. Jesus não é Deus.

 

Sua presença Invisível - Embora Jesus esteja nos céus, Ele pode estar presente em todos os lugares com Seus seguidores. Ele disse: “Eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mat. 28:20). Jesus pode fazer isso através do poder de Deus, o Espírito. Jesus recebeu este poder de Deus. (João 15:26) (Atos 2:33). Durante Seu ministério terrestre? Jesus pode curar o servo do centurião (Mat. 8:5-13) mesmo estando o servo doente à uma grande distância daquele lugar que Se encontrava. Ele também podia conhecer o que havia no coração do homem. Jesus podia fazer essas coisas, não porque Ele é parte de um Deus triuno, mas, porque Deus O revestiu de poder para executar essas obras.

 

i) Quatro argumentos trinitarianos considerados

Os trinitarianos objetam o fato de que Jesus não é Deus. Os quatros mais importantes argumentos que eles costumam ensinar que Jesus é o próprio Deus são:

 

(1) Atributos divinos são atribuídos à Cristo

(2) Prerrogativas divinas são atribuídas à Cristo

(3) Certas escrituras atestam que Jesus era a imagem ou plenitude de Deus

(4) Dá-se o título de “Deus” à Jesus em certas Escrituras.

 

Já consideramos o primeiro argumento e observamos que Jesus era inferior à Deus em atributos de conhecimento, poder e vida durante Seu ministério terrestre: Ele era dependente  de Deus em todas as coisas. Em vez se provar que Jesus é  Deus, seus atributos provam que não. O segundo argumento também já foi  considerado. O fato de que Jesus exerceu ou exercerá certa autoridade divina e executará obras divinas (Rei, Juiz, etc.) não indica que Jesus é Deus, ao contrário, notamos que Jesus recebeu todas essas posições e obras  de Deus, mostrando que Ele é inferior à Deus.

O terceiro argumento usado pelos trinitarianos contra a verdade de que Jesus não é Deus, é o fato de que algumas Escrituras atestam que Jesus é a imagem de Deus. Estas Escrituras são as seguintes:

 

Filipenses 2:6

Sendo em forma de Deus.

Colossenses 1:19

N’Ele habita toda a plenitude.

Colossenses 2:9

N’Ele habita toda a plenitude da divindade.

II Cor. 4:4

Cristo, que é a imagem de Deus.

Hebreus 1:3

A expressa imagem da Sua pessoa.

João 12:45

Quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.

João 14:9

Quem me vê a mim, vê ao Pai.

 

Estas Escrituras não ensinam que Jesus é Deus. Não indicam também que Jesus é parte de uma trindade. A palavra “imagem”  significa “semelhança” ou “caráter impressionado”. Jesus era a semelhança moral de Deus. Seu caráter refletia os atributos de morais de Deus - santidade, retidão, justiça, amor, misericórdia, amabilidade, verdade, fidelidade. Jesus é  Divino. Ele é semelhante à Deus em caráter e conduta. Jesus propriamente não era Deus; Ele refletia o caráter de Deus em Sua vida perfeita.

 

[Nota do Editor do Arquivo X: O argumento acima não explica o fato de em Cristo habitar TODA a plenitude da divindade – isto é muito mais do imagem ou semelhança – nem muito menos explica o claro e direto testemunho do apóstolo João que afirmou que no princípio Jesus estava com Deus e era Deus – João 1:1]

 

O quarto argumento usado pelos trinitarianos é que Jesus é  chamado pelo título de “Deus” em algumas Escrituras. As três principais Escrituras são: João 20:28; Tito 2:13; Hebreus 1:8. Este argumento é respondido pelo fato de que a palavra de “Deus” (Heb. ‘ELOHIM’ / Gr. ‘THEOS’) às vezes é  aplicado à homens e anjos na Bíblia. Quando usada no sentido secundário, a palavra “Deus” indica alguém que é  ‘representante’ d’Aquele que é o verdadeiro e supremo Deus.

 

O termo Deus é empregado nas Escrituras principalmente em dois sentidos.

 

O primeiro destes é quando designa Aquele que governa e preside sobre todas as coisas no céu e na terra, que é reconhecido como Superior à todas as coisas...Neste sentido as Escrituras afirmam que Deus é um. O último sentido é quando designa um ser que recebeu do primeiro (o Deus único) algum tipo de autoridade superior ou no céu ou sobre a terra entre os homens, ou poder superior com relação  à todas as coisas humanas, ou autoridade para impor julgamento sobre outros homens, sendo dessa maneira, e nesse sentido considerado como um participante da Divindade do Deus único. (The Recovian Cathecism. Seção 3 Cap.I).

 

Moisés foi designado por Deus como “Deus” em relação à  Aarão (Ex. 4:16) e com relação à Faraó (Ex.7:1). Moisés foi chamado Deus (ELOHIM), mas ele não era o único supremo Deus, nem parte de uma trindade. Moisés foi o representante de Deus. Juízes, representantes humanos do único Deus verdadeiro, são designados como Deus. Em Êxodo 22:28 a palavra “deuses” refere-se à Juízes humanos; *apesar de termos “Juízes”, no original encontramos “ELOHIM” (deuses). Em Êxodo 21:6; 22:8-9; e em I Samuel 2:25, a palavra “Juízes”  é traduzido do Hebraico ‘ELHOIM’ ou Deus. Salmo 97:7 é  citado em Hebreus 1:6. Os “anjos” de Hebreus 1:6, são “deuses” no Salmo 97:7. Anjos são representantes de Deus, mas, não Ele próprio.

 

Os Israelitas foram  chamados “deuses” no Salmo 82:6-7. Jesus citou este verso para mostrar este fato. “Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa Lei: Eu disse: Sois deuses? Pois , se a Lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a escritura não pode ser anulada). Aquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vóz dizeis: Blasfemas; porque disse: Sou Filho de Deus? (João 10:34-36).

 

O fato de que a palavra Deus é usada no sentido secundário com um representante de Deus em Hebreus 1:8 é mostrado no versículo seguinte. Em Hebreus 1:9 o “único Deus verdadeiro” (João 17:3) é descrito como sendo o Deus do Filho! “Amaste a justiça, e aborreceste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.” (Hebreus 1:8-9 é uma citação de Salmo 45:6-7). Jesus não é o próprio Deus; também não é parte de uma trindade. Jesus é o Filho de Deus.

 

[Nota do Editor do Arquivo X: Não é necessário rejeitar ou combater a verdade bíblica da plena divindade do Filho de Deus para se rejeitar e combater a trindade. A plena divindade de Cristo pode coexistir perfeitamente junta com o entendimento bíblico de um só Deus o Pai e de um só Senhor, Jesus Cristo – I Cor.8:6]

 

[Nota de Ricardo Nicotra: Jesus Cristo é Deus? Antes de responder a esta questão é conveniente relembrar alguns textos que afirmam que existe um único Deus verdadeiro, o Pai. Vejamos:

“Não há outro Deus, senão um só... Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós, também por ele.” - I Coríntios 8:4 [u.p.] e 6.

“[Há]... um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos.” - Efésios 4:6.

“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” - I Timóteo 2:5.

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” - João 17:3.

De fato, os versos acima, além de afirmar que existe um único Deus, afirmam também quem é o único Deus. Somos obrigados a admitir que, de acordo com estes versos, quando se fala em o único Deus verdadeiro não está se falando do Deus-Trindade, nem de Jesus Cristo, mas sim do Pai. Dos quatro versos acima, os dois primeiros identificam o único Deus como sendo o Pai e os dois últimos versos diferenciam o único Deus de Jesus Cristo.

Como conciliar o fato incontestável de que o Pai é o único Deus verdadeiro com os vários versos onde Jesus Cristo aparece como “Deus”?

Cristo usava o título “Filho do homem” para se referir a si mesmo. Esta expressão aparece sendo usada por Jesus mais de 80 vezes nos evangelhos. Já a expressão “Filho de Deus” (juntamente com as variáveis “Filho do Deus vivo”, “Filho do Deus Altíssimo” e “Seu [de Deus] Filho”) é, sem dúvida, a mais utilizada no Novo Testamento para designar a Jesus Cristo. Há mais de 100 referências no Novo Testamento onde Cristo é identificado como o Filho de Deus. No entanto, há algumas poucas referências onde Jesus é chamado de “Deus”. Vamos citar algumas destas referências aqui:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” - João 1:1.

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o principado está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz.” - Isaías 9:6.

“Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente.” - Romanos 9:5.

“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos...” - Hebreus 1:8.

A aparente contradição entre os versos que apresentam o Pai como único Deus e os versos que mostram o Filho de Deus com o título “Deus” desafia tanto os trinitarianos como os não trinitarianos. A fim de entendermos que não existe qualquer contradição bíblica a este respeito, devemos entender qual é ou quais são os significados da palavra “Deus”.

Para facilitar nossa compreensão a respeito da palavra “Deus” vamos mostrar os possíveis significados da palavra “Homem”, para posteriormente analisar o significado da palavra “Deus”.

O que significa a palavra “homem”? Uns poderão definir “homem” como um adulto do sexo masculino. Esta definição está correta quando consideramos uma interpretação restrita (stricto sensu). No entanto, é possível interpretar o termo “homem” de forma ampla, abrangente (lato sensu). Quando dizemos que o homem tem destruído a natureza, estamos nos referindo ao gênero humano, à raça humana - homens e mulheres. Portanto, é possível usar a palavra “homem” num sentido restrito (significando adulto do sexo masculino) ou no sentido amplo (significando ser humano).

Tendo isso em mente, tente responder à seguinte pergunta: Eva foi homem? A resposta depende da abrangência que estou considerando para o termo “homem”. Se considerar o termo “homem” no sentido restrito, então a resposta é não! Eva não foi homem, mas mulher. No entanto, se o sentido amplo da palavra homem for adotado, então Eva pode ser considerada um homem, uma pessoa de natureza humana, como citado em Gênesis 5:1 e 2:

“...No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez. Macho e fêmea os criou; e os abençoou, e os chamou pelo nome de Homem, no dia em que foram criados.” - Gênesis 5:1 e 2.

É claro que a palavra homem, neste verso, tem o significado amplo, abrangente - significa ser humano. No sentido restrito, apenas Adão era homem. Mas em alguns momentos, quando a palavra homem aparece com o sentido amplo, é possível enquadrar Eva como homem.

Da mesma forma, a palavra “Deus” pode assumir um significado restrito ou amplo. No sentido restrito, é correto dizer que apenas o Pai é Deus - assim como dissemos que só Adão é homem. Mas a palavra “Deus” no sentido amplo significa ser de natureza divina (assim como “homem” no sentido amplo significa ser humano).

Neste caso é correto dizer que Jesus é Deus. Portanto, não há contradição entre o que Paulo escreve em I Coríntios 8:6 e o que Isaías e João escrevem em Isaías 9:6 e João 1:1. Paulo usa o sentido restrito da palavra “Deus” aplicando-a única e exclusivamente ao Pai. Já Isaías e João utilizam-se do sentido amplo da palavra “Deus” aplicando-a o Filho de Deus, Jesus Cristo, pois estão se referindo a sua natureza divina.

Cristo é o Filho de Deus e, por ter natureza divina, alguns versos referem-se a Cristo como Deus, mas a maioria dos apóstolos prefere chamá-lo de Filho de Deus. Eu também prefiro chamá-lo de Filho de Deus, embora esteja plenamente consciente que o Pai lhe concedeu todos os Seus atributos divinos e, por isso, não estaria errado se num sentido amplo e abrangente chamássemos o Filho também de "Deus".

Jesus é um Deus Inferior ao Pai? Vamos à Bíblia. A Palavra de Deus diz que Jesus é o Filho Unigênito; Jesus foi gerado por Deus, Não criado, mas gerado! “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” - Hebreus 5:5. Eva foi gerada de Adão, por esta razão tem a mesma natureza humana de Adão. Não é correto dizer que Eva, por ter sido gerada de Adão é um homem (ser humano) inferior ou um ser semi-humano. Eva é tão humana quanto Adão. Semelhantemente, Jesus Cristo, por ter sido gerado de Deus, é tão divino quanto o Pai. Paulo afirma que em Cristo “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” - Colossenses 2:9. Por isso Jesus não pode ser considerado um semi-Deus ou um Deus com qualidade inferior.  

Qual a diferença, se é que existe, entre Deus e Cristo? Em termos de atributos espirituais não existe diferença pois Deus concedeu a Seu Filho todo poder, toda honra, toda glória. Concedeu também que tivesse vida em si mesmo assim como o Pai tinha vida em si mesmo. Todas as concessões que o Pai fez ao Seu Filho fizeram deste uma pessoa com a mesma natureza divina.

Mas posso destacar aqui uma diferença: Cristo sujeita-se ao Pai. Há muitas citações bíblicas que expressam este conceito. Muitos crêem que tal sujeição ocorre apenas durante o período em que Cristo viveu neste mundo em carne. Mas não faltam citações que demonstram a sujeição de Cristo fora deste intervalo de aproximadamente três décadas. Um texto que mostra claramente que a sujeição de Cristo não se limitou ao período de encarnação é I Coríntios 15:24-28.

Neste texto, Paulo diz que Cristo, após destruir o último inimigo (a morte) terá finalmente todas as coisas sujeitas debaixo dos seus pés. Mas Paulo relembra que "todas", na verdade não são "todas", pois existe uma exceção. Qual é a exceção? O que não estará sujeito sob os pés de Cristo? A resposta está no final do verso 27: "Aquele que lhe sujeitou todas as coisas", ou seja, o Pai não estará sujeito a Cristo. Até ai tudo bem, dirá um trinitariano. Mas e se dissermos que após ter tudo (inclusive a morte) sob seus pés, Cristo se sujeitará a Deus, o Pai? Pois é exatamente isso que Paulo afirma no verso 28: que o "mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos." Este texto é, na minha opinião, o golpe de misericórdia naqueles que insistem que a sujeição de Cristo a Seu Pai limitou-se ao período de Sua encarnação aqui na terra. Não há como negar que Cristo, num futuro bem próximo, após sujeitar todas as coisas, sujeitar-se-á ao Pai. Ou estaria Paulo enganando os Coríntios? Esta é uma diferença significativa entre o Pai e seu Filho Jesus Cristo, não acha?

Cristo Foi Gerado. Teve Ele Um Começo? Um dos atributos do Pai e do Filho de Deus é a Eternidade. A eternidade de Deus e de Cristo é diferente da eternidade dos anjos. Os anjos estão sujeitos à sucessão do tempo, mas Cristo foi o Criador de todas as coisas, inclusive do tempo. Isaías afirma que Cristo é o “Pai da Eternidade”. Por esta razão a Eternidade de Deus e de Cristo é mais ampla do que a eternidade dos anjos. Deus e Cristo são “onipresentes no tempo”. Isto significa que Deus não está sujeito à sucessão do tempo como nós, os seres humanos. Assim como Deus e Cristo são onipresentes e não estão sujeitos à dimensão espaço, eles são eternos, criadores do tempo, e portanto não estão sujeitos ou limitados à sucessão do tempo como nós.  

Deus e Cristo estão em todos os momentos do tempo. Cristo disse: “Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, Eu Sou.” - João 8:58. Note que Cristo não disse “antes que Abraão existisse, eu já era”, mas disse “antes de Abraão, Eu Sou”. Cristo é! Cristo é o “Pai da Eternidade”, é o Criador do Tempo.  

Para ele não há diferença entre um dia ou mil anos (II Pedro 3:8). Portanto, a questão proposta não faz qualquer sentido pois tratase de uma tentativa de enquadrar a geração do Filho de Deus, o Criador de todas as coisas (inclusive do tempo), em uma linha cronológica, o que não é possível.  

A Bíblia simplesmente diz que Cristo foi gerado de Deus e “Deus enviou seu Filho Unigênito ao mundo” - I João 4:9. A questão do tempo da geração de Cristo é tão absurdo quanto uma possível questão do local da geração de Cristo, sendo ele gerado com o atributo da onipresença. Deus e Cristo são eternos e onipresentes, estão em todo o tempo em todo o lugar; não estão subordinados às dimensões espaciais e temporais às quais estão submetidos os seres humanos.  

Meu amado, irmão. É importante estudar a Bíblia a fundo por si mesmo, sem depender da igreja, pois não é difícil perceber que cada igreja ressalta alguns versos que vão ao encontro de seus dogmas, ignorando outros igualmente importantes que dariam uma visão mais abrangente e equilibrada para o assunto.]

 

3 - O ESPÍRITO NÃO É UMA PESSOA

 

O Espírito Santo não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho. O Espírito Santo é impessoal, não é portanto, parte de nenhuma trindade. É sim, a energia divina através da qual, Deus realiza Suas obras.

 

a) O Espírito é o Poder de Deus

O Espírito não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho porque é o poder de Deus. O Espírito Santo é o poder impessoal de Deus. Cada obra que Deus executa, é através de Seu poder, ou Espírito.

 

“Espírito” é traduzido do hebraico ‘ruach’ ou ‘neshamah’ e da palavra grega ‘pneuma’. Pneuma nas escrituras gregas, é  ruach nas Escrituras hebraicas. Espírito significa, ar, respirar, poder, animação, e manifestação do poder de alguém. O Espírito de Deus é o poder de Deus.

 

b) A palavra “Espírito” é neutra

O Espírito não é uma personalidade porque a palavra grega “pneuma”, traduzido Espírito, é neutra, em gênero. Artigos e pronomes referentes  à essa palavra também são neutros. (*ref.”o Novo Testamento Grego-analítico).

 

c) Símbolos Impessoais

O poder impessoal de Deus, o Espírito Santo, é designado na Bíblia por símbolos impessoais. Alguns desses são: vento (João 3:8 / Atos 2:2), fogo (Mat. 3:11), água (João 7:37-39), óleo (Sal. 45:7 / Isa. 61:1), sêlo (Ef. 1:13), pomba (Mat. 3:16), lâmpadas (Apoc. 4:5), e fôlego.

 

d) Características Impessoais

As características impessoais do Espírito revelam-no como o poder de Deus e não como uma personalidade. O Espírito é mencionado como sendo “derramado” (Isa. 32:15 / 44:3 / Joel 2:28 / Atos 2:17 / 10:45), “espargido, vertido” (Tito 3:5-6), assoprado (João 20:22), e enchendo pessoas (Atos 2:2-4) e (Ef. 5:18). Jesus foi ungido com este poder (Atos 10:38); Homens foram batizados nele (Mat. 3:11; Atos 1:5; I Cor. 12:13) e beberam dele (I Cor. 12:13); é comparado ao vento que sopra (João 3:8). O Espírito Santo, é portanto, impessoal. *Perguntamos: Qual Ser físico que pode ser: derramado, espargido, vertido, assoprado? O Espírito não é uma pessoa.

 

e) Sem um nome pessoal

O Espírito demonstra-se impessoal pelo fato dele não possuir nenhum nome pessoal. Deus é uma pessoa: Seu Nome é “Yahweh”; Nosso Salvador é uma pessoa: Seu Nome é Jesus. *Qual é o nome do Espírito? O Espírito não é uma pessoa, não tem nome pessoal. Se o Espírito é uma pessoa, porque ele não tem um nome pessoal? A palavra “nome” de Mateus 28:19 não se refere à um nome pessoal. A palavra “nome” neste verso significa “autoridade” ou “como representante de”. O Espírito não é uma personalidade.

 

f) Nenhuma prece dirigida

“O Espírito Santo não é uma pessoa, porque em toda a Bíblia não há sequer uma oração ou canção de louvor, ou exclamação à ele endereçada. Nem há um preceito sequer que autorize dentro da Bíblia tal oração ou hino de louvor.” (Gilfford. Op. cit. p.172). Miles Grant escreveu:

 

“Outro fato importante que é digno de nota, é que em nenhum lugar nas Escrituras somos nós ensinados à amar, honrar, ou louvar o Espírito Santo, ou à orar por sua assistência. Por que não, se é uma pessoa, como o Pai e o Filho?” (Grant, Miles. “Positive Theology” - Boston : Advent Christian Publications Society, p. 287).

 

O Espírito não é mencionado nos hinos de adoração no Apocalipse (Apoc. 5:13 / 7:10). Se o Espírito é uma terceira pessoa de uma trindade, por que é omitida a referência à ele?

 

g) Não incluído nas Saudações Apostólicas

O poder de Deus, o Espírito, geralmente não é mencionado juntamente com Deus e Jesus nos cumprimentos e saudações Apostólicas nas Epístolas Neo-Testamentárias. O Espírito não é mencionado em nenhuma das saudações das Epístolas de Paulo (Rom. 1:7; I Cor. 1:3; II Cor. 1:2; Gál. 1:3; Ef. 1:2; Filip. 1:2; Col. 1:2; I Tess. 1:1;  IITess. 1:2; I Tim. 1:2; II Tim. 1:2; Tito 1:4; Filemom 3.)

 

Deus e Jesus são mencionados juntos repetidamente, mas raramente é o Espírito mencionado com eles. Note também as palavras de abertura das epístolas escritas pelos outros escritores. (Tiago 1:1; II Pedro 1:2; I João 1:3; II João 3; Judas 1). Todos estes mencionam Deus e Jesus, mas não o Espírito. O Espírito é mencionado em I Pedro 1:2 mas não como pessoa: *O apóstolo simplesmente afirma que o poder manifesto de Deus, o Espírito, é o agente que santifica os eleitos. Notar-se-á também que o Espírito não é incluído em maioria das doxologias e bênçãos. Uma passagem na qual o Espírito é mencionado, (II Cor. 13:13) já foi considerada.

 

“A questão repete-se novamente. Por que não há “graça” solicitada do Espírito Santo de Deus, se é uma pessoa? Caso houvesse uma junta de três pessoas, e não houvesse menção de terceira, mas, somente das outras duas em todos os relatórios, não teria a terceira ocasião para se sentir por demais desprezada? Se Paulo sabia de uma “terceira pessoa” de quem a graça deveria ser recebida, porque não solicitou ele por isso, à  seu favor, em conexão com o Pai e Seu Filho? (Ibid. p. 288)

 

h) Não mencionado como estando entronado ou reinando

A Bíblia representa à Deus o Pai, sentado sobre Seu Trono e Jesus assentado à Sua mão direita. O Pai e o Filho são ligados no julgamento e na redenção. O reino vindouro é o reino de Deus e de Seu Cristo. Não há menção alguma do Espírito como sendo  uma pessoa ou como um assentado um trono.

 

i) Não relacionado com o Pai como uma pessoa para a outra

A relação do Espírito com o Pai não é aquela de uma pessoa para outra. A relação do Espírito com o Pai é aquela de um poder para com uma pessoa. O Espírito é o poder de Deus. O poder de Deus não é mais uma pessoa distinta de Si mesmo, mais do que o amor e sabedoria de Deus o são; *Isto é, se considerarmos o Espírito de Deus como pessoa, também deveremos considerar outros atributos de Deus como sabedoria e amor como pessoas, igualmente. O Pai e o Filho são pessoas, mas o Espírito não é uma pessoa.

 

O Pai diz: “Tu” ao Filho e o Filho diz: “Tu” ao Pai, mas, nenhum deles diz “Tu” ao Espírito. O Pai ama o Filho, e o Filho ama ao Pai, mas nenhum dEles é mencionado “amando o Espírito”. O Espírito nunca foi denominado “o terceiro” ou “a terceira pessoa” em qualquer maneira. Além do mais, o Pai nunca é chamado “a primeira pessoa” e o Filho nunca é  chamado “a segunda pessoa”.

 

j) Objeções consideradas

Os trinitarianos afirmam, baseados em Atos 5:3-4 e II Cor. 3:17, que o Espírito é Deus. Eles insistem que desde que o Espírito está diretamente identificado com Deus, o Espírito deve ser Deus e uma personalidade distinta. Nada há nestes dois versos para garantir tal afirmação. Meramente porque a Bíblia afirma que “Deus é  amor” (I João 4:8,16) ninguém está autorizado à dizer que o amor é  uma personalidade distinta do Pai e um membro de uma trindade. O Espírito é o poder de Deus. A obra do Espírito é a obra de Deus e Seu Filho. Quando alguém é cheio do Espírito, ele está cheio com o poder de Deus e Cristo. O fruto do Espírito é o resultado da obra de Cristo na vida do crente através de Seu poder. Quando a Bíblia descreve o Espírito como falando (Apoc. 2:7), está se fazendo referência  à obra de Deus falando através de Seu poder. Quando o Espírito é descrito como fazendo intercessão (Rom. 8:26-27), refere-se à intercessão que Cristo, Nosso Sumo Sacerdote faz por nós através de Seu poder. (Rom. 8:34 / Heb. 7:25). Jesus  é o Nosso único intercessor; Ele é o Nosso mediador. Quando Ananias mentiu ao Espírito Santo, ele mentiu para Deus que operava através daquele santo poder. Quando o homem “entristece” o Santo Espírito de Deus (Ef. 4:30), ele entristece ao próprio Deus que opera através de Seu Santo Espírito.

 

O Espírito é descrito como eterno e Santo porque Deus é  eterno e Santo. Quando, o Espírito, o poder de Deus, é representado como tendo certas características e desempenhando certas obras, a referência é feita ao único Deus eterno que tem estas características e faz estas obras.

 

k) Pronomes Masculinos do Grego - Nenhuma prova de personalidade

Nosso Senhor prometeu à Seus discípulos que após Ele ter ascendido aos céus Ele lhes enviaria o poder de Deus, o Espírito Santo. Através deste poder, Jesus continuaria Sua obra com e nos Discípulos. O poder foi chamado o “Consolador”, “Paráclito”, “Advogado” ou “Auxiliador”, porque Jesus pretendia trabalhar através daquele poder em favor dos crentes.

 

[Nota de Ricardo Nicotra: O Que é Uma Pessoa?  Para responder a esta questão temos que verificar o que significa a palavra “pessoa” ou “ser pessoal” na Bíblia. O que faz de mim e de você uma pessoa? Quando passamos a ser pessoas e quando deixamos de ser pessoas?  

A Bíblia relata a criação do primeiro homem, o surgimento da primeira pessoa de natureza humana: Adão.  

“Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soproulhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se alma vivente” - Gênesis 2:7.  

Uma pessoa, ou alma vivente, é formada por dois elementos: Pó da Terra (Corpo Físico) e Fôlego de Vida (Espírito). Uma pessoa deixa de existir quando estes elementos são dissociados, separados. Este é o conceito bíblico de um ser pessoal.  

Sabemos que Cristo tem Espírito e Corpo. E Deus, o Pai? Tem Ele corpo? A Bíblia dá evidências de que Deus tem um corpo. Segundo a Bíblia, o homem foi formado à imagem e semelhança de Deus, o Pai, e do Seu Filho: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” - Gên. 1:26. O autor de Hebreus diz que “o Filho é o resplendor da sua glória [de Deus] e a expressa imagem da sua pessoa.” Paulo diz sobre Cristo: “Ele é a imagem do Deus invisível”. Colossenses. 1:15. Não podemos confundir o atributo da invisibilidade com a ausência de corpo. O fato de termos sido criados a imagem e semelhança de Deus e o fato de Cristo ser a “expressa imagem da sua [de Deus] pessoa” são evidências claras de que Deus, o Pai, possui um corpo.  

Além disso, convém relembrar que os puros de coração verão a Deus (Mateus 5:8). João reafirma a promessa de Jesus relatada em Mateus:  

“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos. E todo o que tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.” - I João 3:2 e 3.  

Portanto, uma pessoa deve ter corpo e espírito. Se tivermos dúvidas com relação à pessoalidade de determinada entidade devemos fazer duas perguntas: Esta entidade tem corpo? Esta entidade tem espírito? Cristo é uma pessoa? Sim, pois ele tem corpo e espírito. A Bíblia fala do corpo de Cristo e do Espírito de Cristo.  

Deus, o Pai, é uma pessoa? Sim, pois a Bíblia dá evidências de que Deus tem um corpo e fala do Espírito de Deus.  

E o Espírito Santo, é uma pessoa? A Bíblia fala que o Espírito Santo tem um corpo? Não. A Bíblia fala que o Espírito Santo tem um espírito? Nunca li sobre o Espírito do Espírito Santo. Portanto, o Espírito Santo não é uma pessoa, mas sim o próprio Espírito do Pai e o Espírito de Cristo.  

“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todos o sempre. Amém.” - Judas 25.]

 

IMPORTANTE:

Era o próprio Jesus que seria o próprio “Advogado” ou “Paráclito”, o qual segundo João 14:26 seria enviado posteriormente. Podemos  verificar isso através de I João 2:1, onde encontramos Jesus Cristo como Advogado, em grego “Paráclito”. Foi o próprio Jesus que prometeu estar com os discípulos e os crentes através das eras, sempre, até a consumação dos séculos (Mat. 28:20), e também seria sua fonte de conforto e auxílio. Jesus disse: “Não vos deixarei órfãos: voltarei para vós” (João 14:18). A obra do Espírito de Cristo como Confortador, advogado e auxiliador não era senão a obra do próprio Cristo como confortador, Advogado, e Auxiliador através daquele poder divino.

 

A palavra grega para Confortador “Parákletos” é masculina em gênero. (João 14:16; 17:26; 15:26; 16:7-8,13-15). Portanto, os tradutores usaram pronomes masculinos para se referir ao poder de Deus nesta porção de João, muito embora aquele próprio poder fosse neutro e impessoal. O poder impessoal de Deus foi indicado por uma palavra masculina “Confortador” porque ia ser usado pela pessoa, Jesus Cristo.

 

Jesus é  uma pessoa, mas o poder, o Espírito Santo, através do qual Ele operava era impessoal. O uso de pronomes masculinos nestes versos citados não são indicações de personalidade.

 

“Espírito em grego é um substantivo neutro e  sempre representado por pronomes neutros naquele idioma. O Confortador em grego é masculino e portanto, é representado por pronomes masculinos. Mas, isto nada prova com respeito à  personalidade. Porque o uso de pronomes masculinos no grego não é prova de personalidade. O grego, diferentemente do Inglês usa pronomes masculinos e femininos com referência à coisas e qualidades, bem com à pessoas. Em grego, um campo é masculino, uma cidade é feminino, dor é  feminino, vinho é feminino, mas vinha é masculino, vento é  masculino, prata é masculino, mas uma moeda de prata é  neutro, um número é masculino, um escudo é feminino, etc. Do começo ao fim do léxico de substantivos gregos. Não é  prova em absoluto de personalidade que um objeto seja masculino ou feminino em grego. Um substantivo neutro, entretanto, nunca é usado em grego para denotar uma pessoa, exceto no caso de um diminutivo, como uma criança, uma pessoa demente, ou uma pessoa considerada não como uma pessoa, mas sim, como a um objeto. Portanto, já que o Espírito é  sempre neutro em grego, não pode ser uma pessoa, e jamais pode-se fazer referência ao Espírito por “ele, lhe, quem”, mas, sempre por pronomes neutros. (Gifford, Op. cit. 170-172)

 

A Sabedoria em Provérbios é personificada como sendo ela. Isto entretanto, não é referência de que a sabedoria seja uma mulher ou uma pessoa. Não significa que seja parte de um Deus triuno. O fato de que o Confortador é chamado “ele / dele” não indica que é uma personalidade. Várias versões e traduções do Novo Testamento usam pronomes neutros em vez de masculinos em João 14:16,17,26.

 

Entre estas versões, estão: “The New Testament: An American Translation” - Edgar J. Goodspeed; J. B. Rotherham, “The Emphasized Bible”, e Wilson , “The Emphatic Diaglott”. Miles Grant afirma que os três manuscritos mais antigos do Novo Testamento, o Sinaítico, o Alexandrino, e Vaticano, usam pronomes neutros em vez de masculinos em João 14. (Op. cit. 290-293).

 

**Gostaríamos que algum dos muitos trinitarianos sinceros pudesse responder as dez perguntas que se seguem com o intuito de esclarecermos, e revelar definitivamente a farsa que envolve a doutrina da trindade, que é uma sombra que ainda paira sobre muitas seitas denominadas cristãs. Esta sombra de Babilônia, é também parte de seu vinho de prostituição o qual ela tem dado à beber todas as nações da terra.

 

1)       Sendo I João 5:7 um texto espúrio, com sinceridade, devem os trinitarianos usá-lo para defender sua doutrina?

 

2)       O Pai é uma pessoa. Seu nome é YAHWEH ou JEOVÁ. O Filho é uma pessoa. Seu nome é JESUS CRISTO. Qual é o nome do Espírito? Não tem nome? Então é impessoal!

 

3)       Porque temos comunhão com o Pai e com Seu Filho, e desfrutamos da comunhão do Espírito? Porque não temos comunhão com o Espírito?

 

4)       A quem reconheceu Jesus Cristo como único Deus verdadeiro, à Ele mesmo, ou à Seu Pai? (João 17:3)

 

5)       Já após Sua ascensão e glória, quando da visão de João da Ilha de Patmos, como Jesus referiu-se à Seu Pai? (Apoc. 3:12).

 

6)       Cristo admitiu que nada podia senão pelo Pai: (João 5:19 / 5:30 / 8:28). Como se explica isso? Jesus sendo Deus não seria autosuficiente, completo em Si mesmo? [Nota do Editor do Arquivo X: Os não trinitarianos que crêem na plena divindade do Filho de Deus respondem esta pergunta afirmando que Jesus quando viveu como homem entre nós se limitou a sua natureza humana utilizando somente aquilo que nós seres humanos poderíamos utilizar]

 

7)       Como explicam os trinitarianos o texto de I Cor. 8:6?   “Para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo, e para quem nós vivemos.”

Obs: Jesus nunca foi chamado de Pai, mas, sim de Filho.

 

8)       Por que não há oração dirigida ao Espírito Santo, e os apóstolos raramente costumavam citá-lo em suas saudações e doxologias de suas epístolas?

 

9)       Em Apoc. 22:1 encontramos já na Nova Terra, os tronos do Pai e do Cordeiro (Jesus / João 1:36); Se Jesus é Deus por que deve Ele ter um trono separado do Pai? E o Espírito Santo...onde está seu trono, já que ele faz parte da “trindade”? [Nota do Editor do Arquivo X: O argumento quanto ao inexistente trono do espírito é válido, porém o argumento de um trono separado para o Filho como indicativo de que Ele não seria Deus é um pouco forçado. O fato do Pai ter um trono e o Filho ter um um outro a Sua direita demonstra a plena divindade do Filho de Deus]

 

10)     Sabendo-se que a “trindade” é uma refinada heresia que se infiltrou na Igreja nos primeiros séculos, através do paganismo de Constantino, deliberadamente continuariam à  propagar uma dose a mais do vinho de Babilônia?

 

NOTA: O presente estudo foi traduzido da obra: “SYSTEMATIC THEOLOGY” de Alva G. Huffer - 1976

 


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