Segue os Princípios
Fundamentais na íntegra apresentados no Year Book de 1911.
Toda a apresentação da
Doutrina Adventista está contida em apenas 5 páginas do Year Book, e começa
dizendo que os Adventistas não tem um credo, mas somente a Bíblia.
Tradução:
PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS DOS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA
Os adventistas do
Sétimo Dia não possuem credo além da Bíblia; porém, sustentam corretos pontos
bem definidos de fé, pelos quais estão preparados para dar “a todo homem que
pedir” uma razão de sua fé. As seguintes proposições podem ser entendidas como
um resumo dos principais traços de nossa fé religiosa, sobre os quais existem,
assim como é conhecida, completamente unânimes por todo o corpo. Eles crêem:
1. Que existe um só Deus, pessoal, um Ser Espiritual, o
Criador de todas as coisas, Onipotente, Onisciente, e Eterno; Infinito em
conhecimento, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável, e presente
em todos os lugares por Seu representante, o Espírito Santo.
2. Que existe um Senhor, Jesus Cristo, o Filho do Eterno Pai,
o único por quem foram criadas todas as coisas, e por meio de quem elas
existem; que ele tomou a natureza da semente de Abraão para a redenção de
nossa raça caída; que ele residiu entre os homens, cheio de graça e
verdade, viveu nosso exemplo, morreu nosso sacrifício, foi ressuscitado para
nossa justificação, ascendeu ao alto para ser nosso único mediador no santuário
celestial, onde através dos méritos de seu sangue derramado, assegurou o perdão
e absolvição dos pecados de todos aqueles que persistentemente se achegam a
Ele; e como o encerramento de parte do seu trabalho de sacerdote, antes de
assentar-se em seu trono como Rei, ele realizará a expiação por todos eles, e
todos os pecados deles cometidos fora do santuário serão apagados (atos 3:19),
como mostrado no serviço do sacerdócio levítico, o qual apontava e prefigurava
o ministério de nosso Senhor no Céu. Veja Levítico 16; Hebreus 8:4, 5; 9:6, 7.
3. Que as Santas Escrituras do Velho e do Novo Testamento
foram dadas pela inspiração de Deus, possuem uma completa revelação de Sua
vontade para o homem, e são a única e infalível regra de fé e prática.
4. O Batismo é uma ordenança da igreja cristã para acompanhar fé e
arrependimento, - uma ordenança na qual comemoramos a ressurreição de Cristo,
que por este ato demonstramos nossa fé em sua morte e ressurreição, e por meio
da qual, na ressurreição de todos os santos dos últimos dias; e que, não existe
outro meio mais adequado para representar estes fatos que as Escrituras
prescrevem, denominado, imersão.
5. Que o novo nascimento compreende uma completa mudança
necessária para nos preparar para o Reino de Deus, e que consiste de duas
partes: Primeira, uma transformação moral moldado pela conversão e uma vida
cristã (João 5:3); segunda, uma mudança corporal por ocasião da segunda vinda
de Cristo, segundo a qual, se morrermos, nós ressuscitaremos incorruptíveis, e
se estivermos vivos, seremos transformados para a imortalidade num momento, em
um piscar de olhos. Lucas 20:36; I Coríntios 15: 51, 52.
6. Que a Profecia é uma parte da revelação de Deus ao homem;
que ela está inserida nas Escrituras, a qual é proveitosa para instrução
(II Tim. 3:16); que ela é designada para nós e para nossos filhos (Deut.
29:29); que, em grande parte, sua existência está envolvida em impenetrável
mistério; é ela que constitui especialmente a Palavra de Deus numa Lâmpada para
os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sal. 119:105; II Ped. 1:19); que
uma bênção é pronunciada sobre aqueles que a estudam (Apocalipse. 1:3); e que,
conseqüentemente; ela pode ser compreendida suficientemente pelo povo de Deus
para mostrar-lhes a sua posição na história do mundo e a especial
responsabilidade colocada em suas mãos.
7. Que a história mundial possui datas marcadas no passado, o
surgimento e queda dos impérios, e a sucessão cronológica de eventos que servem
de plano de fundo do Reino Eterno de Deus, são delineadas numa grande corrente
de profecias; e que todas essas profecias estão agora se cumprindo nas cenas
finais.
8. Que a doutrina da conversão mundial e um milênio temporal é uma
mentira destes últimos dias, arquitetada para aquietar os homens no estado de
segurança carnal, induzindo-os a serem surpreendidos pelo grande dia do Senhor
como o ladrão de noite (I Tess. 5:3); que a segunda vinda de Cristo precede,
não segue, o milênio; até o Senhor aparecer, o poder papal, com todas as
suas abominações, continua (II Tess. 2:8), como o trigo e o joio crescem juntos
(Mateus 13:29, 30 e 39), e o sedutor homem da iniqüidade torna-se cada vez pior,
como a Palavra de Deus declara. II Tim. 3:1 e 13.
9. Que o erro dos Adventistas em 1844 pertenceu à natureza do
evento a expirar, não ao período de tempo, pois nenhum período profético é dado
a estender-se até a segunda vinda, mas que o mais longo período, é dos dois mil
e trezentos dias de Daniel 8:14, terminando em 1844, nos conduzindo a um
acontecimento denominado e conhecido como a purificação do santuário.
10. Que o Santuário da nova aliança é o tabernáculo de Deus no Céu,
do qual Paulo fala em Hebreus 8 e mais adiante, e do qual nosso Senhor, como o
Grande sumo-sacerdote, é ministro; que este santuário é o antítipo do
tabernáculo Mosaico, e que o ministério sacerdotal de nosso Senhor, associado a
isso, é o antítipo do ministério dos sacerdotes judeus da antiga dispensação
(Heb. 8:1-5); que este, e não a terra, é o santuário a ser purificado no final
dos dois mil e trezentos dias, a qual é denominada esta purificação, sendo
neste caso, como na figura, simplesmente a entrada do sumo-sacerdote no lugar
santíssimo, para finalizar o ministério através da obra de expiação e
eliminação dos pecados dos crentes que se encontram no santuário (Atos 3:19), e
ocupa um breve, mas indefinido período no primeiro compartimento (Levítico 16;
Heb. 9:22, 23); e que este trabalho é o antítipo, iniciando em 1844,
consistindo na atual eliminação dos pecados dos crentes (Atos 4:19), e ocupa um
breve e indefinido espaço de tempo, até à sua conclusão, no qual o período de
graça para o mundo será finalizado, e o segundo advento de Cristo chegará.
11. Que os requisitos morais de Deus são os mesmos para todos os
homens em todas as dispensações; que estes estão sumariamente contidos nos
mandamentos proclamados por Jeová do Sinai, gravados em tábuas de pedra, e
colocados na arca, a qual era chamada de “arca da aliança” ou do concerto
(Num. 10:33; Heb. 9:4, etc); que esta lei é imutável e perpétua, sendo uma transcrição
das tábuas colocadas na arca no verdadeiro santuário que se encontra no céu, o
qual é também, pela mesma razão, chamada a arca do concerto de Deus; ao soar da
sétima trombeta nós saberemos que “o Templo de Deus foi aberto no céu, e foi
vista em seu templo a arca de seu concerto.” Apoc. 11:19.
12. Que o quarto mandamento desta lei requer que nós dediquemos o
sétimo dia de cada semana, comumente chamado de Sábado, para nos abster de
nosso labor, para a realização do sagrado serviço religioso; que este é um
único Sábado declarado na Bíblia, sendo o dia que era separado antes no Paraíso
perdido (Gênesis 2:2, 3), e o qual será observado no Paraíso restaurado (Isa.
66:22, 23); que a realidade sobre a qual a instituição do Sábado está baseada
delimita-o ao sétimo dia, e nenhum outro dia como verdadeiro, e que o termo,
Sábado Judeu, é aplicado ao sétimo dia, e Sábado cristão, como aplicado ao
primeiro dia da semana, são termos de invenção humana, sem provas
escriturísticas, e falsas em seu significado.
13. Que como o homem do pecado, o papado, intentou mudar os
tempos e as leis (a lei de Deus, Dan. 7:25), e enganou a maior parte da
cristandade com respeito ao quarto mandamento, nós encontramos uma profecia
de reforma neste aspecto para ser realizada entre os crentes precisamente antes
do retorno de Cristo. Isa. 56:1, 2; I Ped. 1:5; Apoc. 14:12, etc.
14. Que os seguidores de Cristo devem ser um povo peculiar, não
seguindo o aforismo, nem andando nos caminhos do mundo; não amando seus
prazeres, nem permitindo estas coisas, considerando o que os apóstolos disseram
que “todo aquele que é” neste assunto “um amigo do mundo é inimigo de Deus”
(Tiago 4:4); e Cristo disse que nós não podemos ter dois senhores, ou, ao mesmo
tempo, servir a Deus e aos prazeres. Mat. 6:24.
15. Que as Escrituras insistem sobre a simplicidade e modéstia no
vestir como uma importante marca do discipulado naqueles que professam ser
seguidores dAquele que “é humilde e manso de coração”; que os vestidos de ouro,
pérolas, e vestes caras, e qualquer outro feito para adornar a pessoa, estimula
o orgulho do coração natural, e deve ser descartado de acordo com I Tim. 2:9,
10; I Ped. 3:3, 4.
16. Que os meios para o suporte da pregação do evangelho entre
os homens deverão ser estimulados pelo amor a Deus e às almas, não
por sorteios ou loterias de igrejas, ou ocasiões designadas para contribuir
para divertimentos frívolos, as inclinações do pecado para a satisfação do
apetite, quermesses, festivais, eventos sociais insanos, etc, as quais são uma
desgraça para a professa igreja de Cristo; que a proporção de um rendimento na
primeira dispensação não poder ser menor sob o evangelho; que ela é a mesma que
Abraão (de quem somos filhos, se nós somos de Cristo Gál. 3:29) pagou a
Melquisedeque (tipo de Cristo) quando ele deu um décimo de tudo (Heb. 7:1-4), o
dízimo é do Senhor (Lev. 27:30) e este décimo de um rendimento é também para
ser suplementado pelas ofertas daqueles que estão prontos a dar suporte ao
evangelho. II Cor. 2:9; Mal. 3: 8, 10.
17. Que o coração carnal ou natural é inimigo de Deus e de sua lei,
este inimigo só pode ser subjugado somente através de uma transformação radical
das afeições, e a substituição dos princípios não santificados por princípios
santificados; que esta transformação compreende o arrependimento e a fé, e é
uma obra especial realizada pelo Espírito Santo, que constitui a conversão ou
regeneração.
18. Que todos têm violado a lei de Deus, e não podem por si mesmos
render obediência aos Seus justos reclamos, nós somos dependentes de Cristo,
primeiro, para justificação de nossas ofensas passadas, e, segundo, através da
sua graça, podemos render-lhe uma obediência aceitável à sua santa lei, nas
horas certas que virão.
19. Que o Espírito de Deus foi prometido para manifestar-se (itself) na igreja através de certos
dons, referidos em I Cor. 12 e Efésios 4; que estes dons não são designados
para substituir, ou tomar o lugar da Bíblia, a qual é suficiente para nos fazer
sábios para a salvação, além disso a Bíblia pode nos fazer entender a posição
do Espírito Santo; em específico os vários canais de sua (its) operação, que o Espírito Santo foi feito simplesmente
provisão em relação a (its) sua
própria existência e presença com o povo de Deus para o fim dos dias a fim de
guiá-los à compreensão da Palavra a qual ele (it) inspirou, para convencer do pecado, e realizar uma obra de
transformação no coração e na vida, e aqueles que negam ao Espírito seu (it) lugar e operação, fazem claramente
uma negação da parte da Bíblia que determina a ele (it) seu trabalho e posição.
20. Que Deus, em concordância com seu relacionamento uniforme com a
raça, envia avante uma proclamação da proximidade do segundo advento de Cristo;
e que este trabalho é simbolizado pelas três mensagens de Apocalipse 14, a
última mensagem traz uma visão do trabalho de reforma sobre a lei de Deus, e
que seu povo pode adquirir uma completa preparação para o Segundo Advento.
21. Que o tempo da purificação do santuário (veja proposição
10) sincroniza-se com o tempo da proclamação da terceira mensagem (Apocalipse
14:9, 10), é o tempo do juízo investigativo, primeiro com respeito aos mortos,
segundo, com respeito aos vivos, para determinar quem dos milhares que agora
dormem no pó da terra são dignos de tomar parte na primeira ressurreição, e as
multidões dos vivos são dignos da transladação, - ponto que será determinado
antes do aparecimento do Senhor.
22. Que a sepultura, local para o qual todos tendemos a ir,
expressa pela palavra hebraica “sheol” e a palavra grega “hades”, é um lugar ou
condição, no qual não existe trabalho, artimanhas, sabedoria, nem conhecimento.
Eclesiastes 9:10.
23. Que o estado no qual somos reduzidos pela morte é um silêncio
de inatividade, e completa inconsciência. Sal. 146:4; Ecles. 9:5,6; Dan. 12:2.
24. Que a humanidade estará fora desta prisão da sepultura,
causada pela ressurreição corporal, os justos terão parte na primeira
ressurreição, que terá lugar na Segunda Vinda de Cristo, e os injustos na
segunda ressurreição, que acontecerá após o milênio. Apoc. 20:4-6.
25. Que ao soar da última trombeta, os justos vivos, serão
transformados em um momento, num piscar de olhos, e que os justos ressurretos
serão transladados ao encontro com o Senhor nos ares, então estarão para sempre
com o Senhor. Tess. 4:16,
17; I Cor. 15:51, 52.
26. Que esses imortalizados, serão levados ao céu, para a Nova
Jerusalém, para a casa do Pai, na qual existem muitas mansões (João 14:1-3),
onde eles reinarão com Cristo por mil anos, julgando o mundo e os anjos caídos,
isto é, que está preparada a punição que será executada sobre eles no final dos
mil anos (Apoc. 20:4; I Cor. 6:2,3); que durante este período a terra se
encontrará e uma desolada e caótica condição (Jer. 4:23-27), descrita como no
princípio, pelo termo grego “abusos” (abismo, septuaginta de Gen. 1:2); e que
aqui Satanás estará confinado durantes os mil anos (Apoc. 20:1, 2), e aqui será
finalmente destruído (Apoc. 20:10; Mal. 4:1); ele forjou o lugar de destruição
no universo sendo apropriadamente feito, por um período de tempo, sua prisão
sombria, e conseqüentemente o lugar de sua execução final.
27. Que no final dos mil anos o Senhor descerá com seu povo e a Nova
Jerusalém (Apoc. 21:2), e os ímpios mortos serão ressuscitados e virão sobre a
superfície da ainda não renovada terra, e se reunirão ao redor da cidade, o
acampamento dos santos (Apoc. 20:9), e o fogo de Deus descerá e os devorará.
Eles serão consumidos, raiz e ramo (Mal. 4:1), tornando com se nunca houvessem
existido (Obadias 15, 16). Nesta eterna destruição da presença do Senhor ( II
Tess. 1:9), os ímpios estarão reunidos na “punição eterna” preparada contra
eles (Mat. 25:46), a qual é a morte eterna. Rom. 6:23; Apoc. 20:14, 15. Esta é
a perdição dos homens descrentes, e o fogo o qual os consumirá será o fogo que por
seu intermédio “os céus e a terra, estão agora... reservados”, os quais os
elementos serão destruídos com intensidade, e purificará a terra da profunda
mancha da maldição do pecado. II Pedro 3:17-12.
28. Que os novos céus e a nova terra brotarão das cinzas dos antigos
céus e terra pelo poder de Deus, e esta terra renovada com a nova Jerusalém
para sua metrópole e capital serão a eterna herança dos santos, o lugar onde a
justiça residirá por toda a eternidade. II Ped. 3:13; Sal. 37:11, 29; Mat. 5:5.
Tradução: Marcelo
Gomes, Codó, MA.
A
seguir apresentaremos as declarações dos Princípios Fundamentais publicados nos
Year Books dos anos de 1912, 1913 e 1914. Obviamente elas são iguais às do ano
de 1911, pois todas trazem no topo o nome de Urias Smith que foi o redator do
primeiro folheto com a doutrina Adventista em 1872, e faleceu em 1903.